Rússia nega ter pedido apoio militar à China e Pequim acusa EUA de "desinformação"
O Kremlin negou esta segunda-feira ter solicitado apoio militar e económico à China para reforçar a ofensiva contra a Ucrânia, em curso desde 24 de fevereiro. Também Pequim já veio negar ter recebido o um pedido de assistência por parte de Moscovo.
Quando questionado pela Reuters, Dimitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, negou a notícia avançada no domingo pelo The New York Times e Financial Times, que citam fontes da administração norte-americana que tiveram acesso a documentos confidenciais.
Ao 19º dia de guerra, Peskov fez saber que a Rússia é capaz de atingir os seus "objetivos" militares na Ucrânia por conta própria e sem a assistência de outros países.
O porta-voz do Kremlin assegurou ainda que esses objetivos estão a ser cumpridos "de acordo com o planeado" e serão totalmente concluídos no prazo estabelecido.
No que se refere às sanções impostas pelo Ocidente à Rússia, o porta-voz do Kremlin prometeu que "os efeitos" do que descreve como "guerra económica contra a Rússia" vão ser "minimizados".
A reação da Rússia surge depois de a China ter acusado os EUA de "desinformação", depois de a imprensa norte-americana ter avançado que Moscovo pediu ajuda militar e económica a Pequim, em resposta às sanções ocidentais contra a guerra na Ucrânia.
"É completamente falso, é pura desinformação. A China declarou clara e consistentemente a sua posição sobre a crise na Ucrânia. Desempenhamos um papel construtivo e avaliamos a situação de forma imparcial e independente", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, em conferência de imprensa.
"Denegrir a posição da China não é aceitável", acrescentou