Em 11 de setembro de 2001, os dois aviões desviados por terroristas da Al-Qaeda e direcionados contra as Torres Gémeas causaram 2753 mortos.
Em 11 de setembro de 2001, os dois aviões desviados por terroristas da Al-Qaeda e direcionados contra as Torres Gémeas causaram 2753 mortos.Spencer Platt/Getty Images/AFP

Restos mortais de três vítimas do 11 de Setembro identificados quase 24 anos depois do atentado terrorista

O instituto de medicina legal de Nova Iorque revela que estas três identificações resultaram da evolução recente dos testes de ADN.
Publicado a
Atualizado a

Os restos mortais de três vítimas do atentado às torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, a 11 de setembro de 2001, foram identificados esta semana, quase 24 anos depois da tragédia que marcou os Estados Unidos e o mundo.

De acordo com as autoridades locais, os restos mortais agora identificados são de de Ryan D. Fitzgerald, corretor de câmbio que tinha na altura 26 anos, Barbara A. Keating, executiva reformada de uma organização sem fins lucrativos de 72 anos, e uma outra mulher cujo nome que não foi revelado a pedido da família.

Todos eles já estavam entre os milhares de mortos reportados e que constam entre os nomes no Memorial Nacional do 11 de Setembro, junto ao local onde colidiram os dois aviões desviados pelo grupo terrorista Al-Qaeda. No entanto, estas famílias, tal como muitas outras, nunca receberam os restos mortais.

Quase 3000 pessoas morreram nas torres gémeas, no Pentágono e num descampado no sudoeste da Pensilvânia, onde caíram quatro aviões desviados pelos terroristas da Al-Qaeda a 11 de setembro 2001, sendo que a maior parte das vítimas - mais de 2700 - registaram-se em Nova Iorque, onde cerca de 40% dos mortos não foram identificados através dos seus restos mortais.

Estas três identificações resultaram da evolução recente dos testes de ADN, segundo o instituto de medicina legal de Nova Iorque. “Cada nova identificação atesta a promessa da ciência e o alcance contínuo das famílias, apesar do passar do tempo”, disse o médico legista Jason Graham, em comunicado. "Continuamos este trabalho como forma de homenagear os que morreram", sublinhou.

O filho de Barbara Keating disse ao jornal New York Post que ficou surpreendido e impressionado com os esforços realizados. "É simplesmente um feito incrível, um gesto", disse Paul Keating, adiantando que o material genético que estava na escova de cabelo da sua mãe foi comparado com amostras de ADN de familiares e que um pedaço do cartão de débito da mãe foi o outro vestígio recuperado dos escombros.

Barbara Keating era passageira do voo 11 da American Airlines, que partira de Boston com destino a Los Angeles que foi desviado e depois lançado contra uma das torres do World Trade Center. Ela voltava para casa em Palm Springs, na Califórnia, após passar o verão em Cape Cod, no estado do Massachusetts.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt