Relatório aponta para corte de combustível pouco antes da queda de avião da Air Índia
Os interruptores de alimentação de combustível dos motores do Boeing da Air India que caiu pouco depois da descolagem, matando 260 pessoas, estavam na posição "desligado" pouco antes do impacto, segundo um relatório preliminar da investigação divulgado este sábado, dia 12.
O relatório, divulgado pelo Gabinete de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia (AAIB), não tira conclusões nem atribui responsabilidades, mas afirma que um piloto perguntou ao outro porque é que tinha cortado o combustível, tendo o segundo piloto respondido que não.
Um total de 241 pessoas a bordo do Boeing 787-8 Dreamliner da Air India morreram, e apenas uma sobreviveu, quando o avião se despenhou sobre casas pouco depois da descolagem na cidade de Ahmedabad, no noroeste do país.
As autoridades identificaram ainda 19 pessoas mortas em terra, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Segundo o relatório, o Boeing atingiu uma velocidade máxima de 180 nós (333 km/h) durante a descolagem, quando os interruptores de combustível passaram da posição "run" (aberto) para a posição "cutoff" (desligado) para o primeiro motor e, um segundo depois, para o segundo.
Ambos os motores começaram a perder potência.
Na gravação de voz da cabine, um piloto pergunta ao outro porque é que cortou o combustível. O segundo piloto responde que não o fez.
Menos de um minuto depois, um piloto transmitiu o sinal de socorro "Mayday, Mayday, Mayday", e o avião despenhou-se em zonas residenciais.
As imagens de vigilância do aeroporto mostram que a turbina eólica de emergência, uma pequena turbina utilizada como fonte de energia de reserva nas aeronaves, foi acionada durante a subida inicial logo após a descolagem. Não havia aves na área.
O avião começou a perder altitude ainda antes de sair do perímetro do aeroporto, segundo o relatório.
A queda do voo 171 da Air India, com destino a Londres, foi a primeira envolvendo um B-787, que entrou ao serviço em 2011.