Recém-empossado presidente do Senegal apresenta duas primeiras-damas

Recém-empossado presidente do Senegal apresenta duas primeiras-damas

O líder do país africano esteve acompanhado por Marie Khone, com quem é casado há 15 anos e tem quatro filhos, e por Diomaye Faye Absa, com quem é casado há cerca de um ano. Ou seja, o Senegal tem agora duas primeiras-damas.
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O novo presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, tomou posse na terça-feira e esteve acompanhado na cerimónia pelas… duas mulheres.

O líder do país africano esteve acompanhado por Marie Khone, com quem é casado há 15 anos e tem quatro filhos, e por Diomaye Faye Absa, com quem é casado há cerca de um ano. Ou seja, o Senegal tem agora duas primeiras-damas.

A poligamia é uma prática tradicional entre os muçulmanos senegaleses, especialmente nas zonas rurais. O Islão permite que os homens tenham até quatro mulheres, desde que tenham recursos para as sustentar e passem o mesmo tempo com cada uma. Geralmente, quando os homens decidem ter uma segunda esposa, esta é mais jovem do que a primeira.

Quando Bassirou Diomaye Faye apareceu na cerimónia ladeado pelas duas esposas, foi aplaudido pela multidão.

O governante já se afirmou orgulhoso da sua situação conjugal: “Elas são muito lindas. Agradeço a Deus porque estão sempre ao meu lado”.

Um relatório do Comité dos Direitos Humanos da ONU indicou que a poligamia contribui para a discriminação contra as mulheres.

Por outro lado, a homossexualidade no Senegal é punida com penas de um a cinco anos de prisão.

Bassirou Diomaye Faye é o quinto Presidente do Senegal desde que o país se tornou independente da França em 1960, substituindo no cargo Macky Sall, que completou o segundo e último mandato permitido pela Constituição.

A transferência de poder entre Sall e Faye em resultado de eleições é a terceira na história do Senegal e marca o fim de um braço de ferro de três anos entre o chefe de Estado cessante e a dupla vencedora das presidenciais de 24 de março: Faye e Sonko.

Bassirou Diomaye Faye, até há pouco tempo líder da oposição senegalesa, venceu as eleições presidenciais do país a 24 de março, em apenas uma volta, com 54,28% dos votos.

Pan-africanista de esquerda, Bassirou Diomaye Faye, foi eleito com a promessa de uma rutura com o sistema atual, e elegeu como primeiro tema no discurso de tomada de posse a segurança regional, apelando a uma "maior solidariedade" entre os países africanos "face aos desafios" neste domínio.

"A nível africano, a dimensão dos desafios de segurança (...) exige de nós uma maior solidariedade", afirmou o novo chefe de Estado senegalês.

"Reafirmo o empenhamento do Senegal em reforçar os esforços para promover a paz, a segurança, a estabilidade e a integração africana", acrescentou.

O novo Presidente senegalês prometeu uma "mudança sistémica" à frente do país e uma "maior soberania" do mesmo, afirmando estar "consciente" de que a sua vitória nas presidenciais exprimiu "um profundo desejo de mudança sistémica".

Faye disse ainda que ouviu "claramente a voz das elites desinibidas que afirmaram alto e bom som as [suas] aspirações a uma maior soberania, desenvolvimento e bem-estar".

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