Putin promete lançar mais ataques com novo míssil balístico, que pode atingir alvos em toda a Europa
Justin TALLIS / AFP (Arquivo)

Putin promete lançar mais ataques com novo míssil balístico, que pode atingir alvos em toda a Europa

Numa ação considerada como mais uma escalada da guerra, a Rússia lançou um novo míssil balístico hipersónico contra a Ucrânia. Putin justificou o lançamento como resposta a bombardeamentos levados a cabo por Kiev com recurso a mísseis ocidentais ATACMS e Storm Shadow.
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A NATO rejeita qualquer alteração ao apoio que tem prestado à Ucrânia na sequência do recente lançamento de um míssil de médio alcance experimental por parte da Rússia, disse hoje à Lusa uma porta-voz da Aliança Atlântica.

Uma fonte diplomática da NATO igualmente contactada pela Lusa confirmou que o recente lançamento russo será abordado numa reunião de emergência agendada para a próxima terça-feira em Bruxelas.

"A Rússia lançou um míssil balístico de médio alcance experimental contra a Ucrânia. A Rússia quer aterrorizar a população da Ucrânia e intimidar os que apoiam o país na sua defesa contra a agressão russa ilegal e iniciada de forma gratuita", disse à Lusa a porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah.

A ação por parte de Moscovo "não vai alterar as circunstâncias do conflito e também não vai dissuadir os países da NATO de apoiarem a Ucrânia", acrescentou a porta-voz de Mark Rutte, secretário-geral da Aliança Atlântica.

Uma fonte diplomática da NATO também contactada pela Lusa confirmou que na próxima terça-feira, 26 de novembro, vai realizar-se uma reunião de emergência do Conselho NATO -- Ucrânia, estrutura criada em julho de 2023 para aproximar o país do bloco político-militar, para discutir a escalada do conflito.

A reunião vai realizar-se ao nível dos embaixadores e não há indicações sobre uma eventual participação do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Em declarações feitas hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiga, afirmou esperar decisões concretas em relação à Rússia durante esta reunião com a NATO.

"Esperamos que [a reunião] conduza a resultados concretos e significativos", disse o chefe da diplomacia ucraniana, indicando ainda que Kiev pretende abordar no encontro "a questão de (como) limitar a capacidade da Rússia para produzir este tipo de armas".

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na quinta-feira que as suas forças atacaram a Ucrânia com um novo míssil balístico hipersónico de médio alcance, sem carga nuclear, num ataque à cidade de Dnipro.

Putin justificou o disparo do míssil em resposta aos dois ataques efetuados pela Ucrânia contra território russo nos últimos dias com mísseis norte-americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow, armas com um alcance de cerca de 300 quilómetros.

O Presidente russo considerou ainda que o conflito na Ucrânia tem atualmente contornos de uma "guerra mundial" e advertiu que não pode excluir a possibilidade de ataques contra "países ocidentais".

"Acreditamos que temos o direito de usar as nossas armas contra as instalações militares dos países que permitem usar as suas armas contra as nossas instalações", afirmou.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O comandante das forças estratégicas de mísseis russos, Sergei Karakayev, disse esta sexta-feira em conferência de imprensa que os mísseis poderiam atingir alvos em toda a Europa.

“Dependendo dos objetivos e do alcance desta arma, podem atingir alvos em todo o território da Europa, o que os diferencia de outros tipos de armas guiadas com precisão de longo alcance”, afirmou. 

Vladimir Putin prometeu esta sexta-feira lançar mais ataques com recurso ao míssil balístico experimental de alcance intermédio utilizado para atacar Dnipro. 

O presidente russo rejeitou, em conferência de imprensa, as alegações dos Estados Unidos de que a Rússia apenas possuía uma “mão cheia” de mísseis balísticos de alta velocidade e frisou que os militares têm os suficientes para continuar a desenvolver testes em “condições de combate”, dependendo “da situação e da natureza das ameaças que representam para a segurança da Rússia”.

“Os testes [do sistema de mísseis] foram aprovados com sucesso e felicito-vos a todos por isso”, afirmou Putin, citado pela agência de notícias Interfax. 

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que se manteve próximo de Moscovo apesar da guerra na Ucrânia, apelou hoje ao Ocidente para que não desvalorize as ameaças da Rússia, um país com "as armas mais destrutivas do mundo".

Quando "um país como a Rússia, que é diferente de nós e que faz assentar a sua política e o seu lugar no mundo em geral na força militar", se pronuncia sobre o assunto, "temos de levar [estas ameaças] a sério", declarou Orbán numa entrevista radiofónica.

Depois de um míssil balístico russo ter sido disparado contra uma fábrica de armamento ucraniana, o Presidente russo, Vladimir Putin, dirigiu-se ao país na quinta-feira à noite, afirmando que a guerra na Ucrânia assumiu agora um "caráter global" e ameaçando atacar os aliados de Kiev.

A Rússia, que afirmou estar "preparada para todos os cenários", alterou recentemente a sua doutrina nuclear para alargar a possibilidade de utilização de armas atómicas.

"Não se trata de conversa fiada" ou de "um estratagema de comunicação", as palavras do Presidente russo "têm peso" e "haverá consequências", considerou o líder húngaro, antes de recordar que Moscovo "possui um dos Exércitos mais fortes do mundo, com armas das mais modernas e com maior capacidade de destruição".

Viktor Orbán exorta regularmente a negociações de paz com a Rússia e opõe-se à ajuda militar europeia à Ucrânia, alertando com frequência para o risco de uma terceira guerra mundial.

Volodymyr Zelensky revelou hoje que a Ucrânia está a trabalhar no desenvolvimento de novos tipos de defesa aérea para combater os “novos riscos” que representam os novos mísseis de médio alcance da Rússia.

Segundo a Reuters, o presidente da Ucrânia disse, numa mensagem vídeo, que o mundo necessita de dar uma “resposta séria” para que o presidente russo, Vladimir Putin, tenha medo de expandir a guerra, mas também para que sinta as consequências reais das suas ações.

Zelensky acrescentou ainda que usar outro país para "testar novas armas para o terror" é claramente um crime internacional.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou hoje a produção em massa e a continuação dos testes de combate do novo míssil balístico hipersónico Orechnik, utilizado na quinta-feira para atacar o centro da Ucrânia.

"Vamos continuar com estes testes, especialmente em situações de combate, dependendo da situação e da natureza das ameaças à segurança da Rússia", declarou o líder do Kremlin durante uma reunião com oficiais militares transmitida pela televisão.

Após o lançamento do míssil balístico hipersónico, dirigido sem carga nuclear contra a região de Dnipro, no centro da Ucrânia, Vladimir Putin afirmou, num breve discurso à nação na quinta-feira, que o ataque foi uma "resposta ao uso de armas de longo alcance americanas e britânicas" em solo russo, advertindo que "não há forma de combater" o novo armamento de Moscovo.

"Atacam alvos a uma velocidade de Mach 10, ou 2,5 a três quilómetros por segundo. Os sistemas de defesa aérea atualmente disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimíssil criados pelos americanos na Europa não intercetam estes mísseis", observou.

Ataque russo com recurso a drones contra a cidade ucraniana de Sumy fez, esta sexta-feira, pelo menos dois mortos e 12 feridos, indicam as autoridades regionais, de acordo com a Reuters.

Terão sido usados três drones no ataque à cidade, tendo sido registados danos em 12 prédios residenciais, indicou a polícia ucraniana. 

O governador regional de Sumy, Volodymyr Artiukh, acusou as forças russas de usarem  drones com estilhaços para o ataque a uma área densamente povoada da cidade, ainda segundo a agência de notícias.

“Esta arma é usada … exclusivamente (para matar) pessoas”, disse Artiukh. “Não para uma instalação, mas para destruir mais pessoas", frisou o governador.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiga, afirmou hoje esperar decisões concretas contra a Rússia durante a sua reunião com a NATO, um dia depois de Moscovo ter disparado um novo míssil hipersónico contra a Ucrânia.

"Esperamos que [a reunião] conduza a resultados concretos e significativos", disse o chefe da diplomacia ucraniana numa conferência de imprensa em Kiev.

A NATO e a Ucrânia vão reunir-se em Bruxelas na próxima terça-feira para discutir a utilização por Moscovo, contra território ucraniano, de um míssil balístico de alcance intermédio (até 5.500 quilómetros), concebido para transportar uma ogiva nuclear.

O ministro acrescentou que Kiev iria ainda levantar "a questão de (como) limitar a capacidade da Rússia para produzir este tipo de armas".

Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, justificou o disparo do míssil em resposta aos dois ataques efetuados pela Ucrânia contra território russo nos últimos dias com mísseis norte-americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow, armas com um alcance de cerca de 300 quilómetros.

O Presidente russo considerou que o conflito na Ucrânia tem atualmente contornos de uma "guerra mundial" e advertiu que não pode excluir a possibilidade de ataques contra "países ocidentais".

"Acreditamos que temos o direito de usar as nossas armas contra as instalações militares dos países que permitem usar as suas armas contra as nossas instalações", afirmou.

O ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, garantiu hoje que a Suécia vai continuar a apoiar a Ucrânia sem se intimidar com as "provocações e ameaças" do Presidente russo, Vladimir Putin, ao Ocidente.

"As recentes escaladas e provocações russas são uma tentativa de nos assustar para que não apoiemos a Ucrânia, e vão falhar", disse Jonson durante uma conferência de imprensa com o homólogo ucraniano, Rustem Umerov, em Estocolmo.

"A Rússia não conseguirá impedir-nos de continuar a apoiar a Ucrânia", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.

Depois de a Rússia ter disparado um novo míssil hipersónico contra a Ucrânia na quinta-feira, Vladimir Putin responsabilizou o Ocidente pela escalada do conflito.

Num discurso ao país, Putin afirmou que a guerra na Ucrânia assumiu agora um "caráter global" e ameaçou atacar qualquer país cujos mísseis de longo alcance fossem usados contra território da Rússia.

A Rússia avisou hoje que o lançamento do seu novo míssil hipersónico demonstra que pode responder às armas ocidentais de longo alcance e que está certa de que os Estados Unidos compreenderam a mensagem.

"O lado russo demonstrou claramente as suas capacidades", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Peskov disse que as ações de apoio à Ucrânia do Ocidente, que classificou como insensatas, "não podem passar em branco pela Rússia".

Afirmou estar certo de que os Estados Unidos, principal apoiante militar de Kiev, compreenderam a mensagem do Presidente Vladimir Putin, que na quinta-feira anunciou o disparo de um novo tipo de míssil contra a Ucrânia e ameaçou o Ocidente.

"O discurso de ontem foi muito, muito abrangente, claro e lógico", disse Peskov aos jornalistas durante a sua conferência de imprensa telefónica diária.

"Por isso, não temos dúvidas de que a atual administração de Washington teve a oportunidade de se familiarizar com esta declaração e de a compreender", acrescentou, segundo a agência francesa AFP.

Num discurso transmitido pela televisão ao país, Putin avisou que os sistemas de defesa aérea dos Estados Unidos serão impotentes para deter o novo míssil.

Disse que o novo míssil, a que chamou "Oreshnik", voa a uma velocidade 10 vezes superior à do som e poderá ser utilizado para atacar qualquer aliado ucraniano cujos mísseis sejam usados contra território da Rússia.

"Acreditamos que temos o direito de usar as nossas armas contra as instalações militares dos países que permitem usar as suas armas contra as nossas instalações", disse Putin, citado pela agência norte-americana AP.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que o disparo de um míssil balístico hipersónico pela Rússia contra a Ucrânia constitui "uma terrível escalada" no conflito mas recomenda prudência no apoio militar a Kiev.

"Não queremos fornecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro capazes de penetrar em território russo", reiterou o chanceler alemão, sublinhando que "a prudência e o apoio claro à Ucrânia são indissociáveis".

O chanceler falava perante uma reunião de autoridades locais de Berlim.

A NATO e a Ucrânia vão reunir-se em Bruxelas na próxima terça-feira para discutir a utilização por Moscovo, contra território ucraniano, de um míssil balístico de alcance intermédio (até 5.500 quilómetros), concebido para transportar uma ogiva nuclear.

Na quinta-feira, o Presidente russo justificou o disparo em resposta aos dois ataques efetuados pela Ucrânia contra território russo nos últimos dias com mísseis norte-americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow, armas com um alcance de cerca de 300 quilómetros.

Vladimir Putin considerou que o conflito na Ucrânia tem atualmente contornos de uma "guerra mundial" e advertiu que não pode excluir a possibilidade de ataques contra "países ocidentais".

Enfraquecido pela desagregação da coligação governamental e em campanha para as eleições legislativas antecipadas de fevereiro, Olaf Scholz intensificou, nas últimas semanas, o discurso de contenção no apoio militar à Ucrânia.

O líder do Partido Social-Democrata (SPD) alemão tem insistido na recusa em fornecer à Ucrânia mísseis alemães de longo alcance Taurus "para evitar uma guerra entre a Rússia e a NATO".

"Só no SPD (...) é que a prudência e o apoio claro à Ucrânia andam de mãos dadas", insistiu num discurso que pretende marcar diferenças em relação aos conservadores democratas-cristãos da CDU posicionados à frente nas sondagens.

O Parlamento ucraniano cancelou a sessão de hoje devido ao risco acrescido de um ataque russo, um dia depois de a Rússia ter disparado um novo míssil balístico, disseram vários deputados.

A sessão ordinária com a participação de funcionários do governo "foi cancelada", disse a deputada do partido presidencial Yevheniia Kravchuk à agência francesa AFP, confirmando informações de outros deputados.

"Há sinais de um risco acrescido de ataques contra o quartel-general do governo nos próximos dias", acrescentou a deputada do partido Servo do Povo.

"O facto de o presidente russo, Vladimir Putin, ter utilizado um míssil de médio alcance para atingir o território ucraniano é uma escalada terrível”. A afirmação foi feita esta sexta-feira pelo chanceler alemão.

Olaf Scholz, citado pela AFP, referiu que o lançamento de uma nova arma, um míssil hipersónico, pela Rússia contra a Ucrânia mostrou “o quão perigosa é esta guerra”.

Rússia afirmou esta sexta-feira ter frustrado a campanha militar ucraniana para 2025, após um discurso do presidente russo, Vladimir Putin, a afirmar que o conflito ucraniano tinha agora toda a aparência de uma guerra "mundial".

"Praticamente descarrilámos toda a sua campanha para 2025", disse o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, segundo um vídeo divulgado pelo exército russo, durante uma inspeção às forças russas envolvidas nos combates.

Esta afirmação foi feita, segundo esta fonte, durante uma deslocação do ministro a um posto de comando não especificado do agrupamento militar Sever, destacado nomeadamente na região russa de Kursk, onde a Ucrânia ocupa, desde agosto, centenas de quilómetros quadrados.

Beloussov afirmou que o exército russo tinha "destruído as melhores unidades" da Ucrânia e saudou um "avanço" das forças russas na frente, que "agora acelerou".

O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, destacou quinta-feira que a presença de soldados norte-coreanos ao lado das forças russas "muda a situação" na guerra na Ucrânia, instando Moscovo a "reconsiderar a sua posição" que representa uma escalada.

"Vladimir Putin pode mudar as coisas reconsiderando a sua posição sobre a Coreia do Norte, mas é uma escalada e, obviamente, teremos de lutar contra esta escalada por todos os meios", frisou Sébastien Lecornu, no canal francês CNews.

Para o ministro, "o compromisso das forças norte-coreanas com as forças armadas russas altera a situação" porque "o facto de uma potência tão desestabilizadora como a Coreia do Norte, proliferando no campo nuclear, mobilizar mais de 10 mil homens, o que , na gramática militar, é um sinal absolutamente importante, (...) é um enorme 'game changer'", insistiu.

"Portanto, não devemos pensar que Washington e que as várias forças aliadas vão deixar isto passar, porque claramente é uma escalada", acrescentou.

Segundo o ministro da Defesa francês, a decisão do presidente russo Vladimir Putin "reflete uma subestimação do impacto que isto pode ter não só nos europeus, mas especialmente nos americanos".

Os Estados Unidos autorizaram a Ucrânia pela primeira vez a utilizar mísseis norte-americanos contra território russo na segunda-feira.

Vladimir Putin pôs fim a horas de especulações ao revelar, em discurso televisivo aos russos, a identidade do míssil que atingiu Dnipro nas primeiras horas de quinta-feira, em conjunto com outros sete mísseis de cruzeiro Kh-101 e um hipersónico Kinzhal. “Os nossos engenheiros chamaram-lhe Oreshnik”, contou o líder russo, ao dizer que se trata de um novo míssil balístico de médio alcance hipersónico - e “invencível”.

Horas antes, o presidente ucraniano criticou a “loucura” de Moscovo, que faz da Ucrânia “um campo de testes”, e o secretário-geral das Nações Unidas mostrou-se preocupado com este novo desenvolvimento.

A Rússia forneceu mísseis antiaéreos à Coreia do Norte em troca do envio de tropas para a Ucrânia, disse esta sexta-feira o diretor da segurança nacional da Coreia do Sul.

"Foi estabelecido que equipamento antiaéreo e mísseis destinados a fortalecer o vulnerável sistema de defesa aérea de Pyongyang foram entregues à Coreia do Norte", disse o principal conselheiro de segurança de Seul, Shin Won-sik.

Num programa da televisão sul-coreana SBS, Shin acrescentou que a Rússia também prestou assistência económica diversificada à Coreia do Norte.

A Coreia do Sul tem alertado para um aumento significativo da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, na sequência da assinatura de um acordo de parceria estratégica entre os dois países.

O acordo, que inclui uma cláusula de defesa mútua em caso de ataque, foi assinado depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano Kim Jong-un, se terem encontrado em setembro no extremo leste da Rússia.

Seul calcula que Pyongyang já tenha enviado 11 mil soldados para a Rússia, dos quais cerca de três mil se encontram no oeste do país.

Na quarta-feira, os serviços secretos sul-coreanos confirmaram um aumento do envio de armas norte-coreanas para a Rússia para serem utilizadas na guerra contra a Ucrânia.

A Aliança Atlântica e a Ucrânia vão reunir-se em Bruxelas na terça-feira para discutir o ataque russo com mísseis balísticos hipersónicos contra território ucraniano, disseram fontes diplomáticas à Agência France Presse.

Trata-se de uma reunião ao nível de embaixadores e foi pedida pelo Governo de Kiev, disseram as mesmas fontes. 

Na quinta-feira, a Ucrânia disse que a Rússia disparou "um míssil balístico intercontinental" sem ogiva nuclear, declarações que foram corrigidas mais tarde por um alto responsável norte-americano, que descreveu a arma como míssil "experimental de médio alcance".

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky instou na quinta-feira a comunidade internacional a reagir, após Moscovo ter reivindicado o disparo de um novo míssil balístico hipersónico contra a Ucrânia, que aumenta a "escala e brutalidade" da guerra entre os dois países.

"O mundo deve reagir. Neste momento, não há uma reação forte", lamentou Zelensky numa mensagem nas redes sociais.

"Temos de reagir. Temos de exercer pressão. Temos de empurrar a Rússia para uma paz real, que só é possível pela força", insistiu.

Zelensky defendeu ainda que Putin deve "sentir o custo das suas ambições doentias".

Segundo o chefe de Estado ucraniano, este lançamento de um míssil balístico de médio alcance sobre a Ucrânia é "uma prova de que a Rússia não quer absolutamente a paz".

"Este é um aumento claro e sério na escala e na brutalidade desta guerra", frisou ainda Zelensky.

O presidente russo Vladimir Putin confirmou o disparo de um míssil "Orechnik", uma nova arma que elogiou e classificou como imparável.

A Roménia assinou na quinta-feira um contrato com os Estados Unidos para a compra de 32 caças furtivos 'F-35', um investimento militar histórico para este país vizinho da Ucrânia, que se torna o 20.º membro de um círculo de compradores em expansão.

Avaliada em 6,5 mil milhões de dólares (6,1 mil milhões de euros) pelo parlamento romeno, esta aquisição "reforçará consideravelmente as capacidades de defesa" do país, declarou o primeiro-ministro da Roménia, Marcel Ciolacu, numa cerimónia em Bucareste.

"Infelizmente, a atual situação geopolítica demonstra a necessidade premente de meios de dissuasão sólidos, tanto a nível da aliança atlântica como a nível nacional", acrescentou.

O país da Europa de Leste, que tem estado na linha da frente da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) desde o lançamento da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, está a redobrar esforços para modernizar a sua defesa.

A embaixadora dos Estados Unidos em Bucareste, Kathleen Kavalec, que esteve presente na reunião, saudou a compra, considerando-a "um passo importante que dará uma contribuição significativa [...] para a segurança coletiva".

O Departamento de Estado norte-americano aprovou a venda em setembro.

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