Tribunal russo condena basquetebolista americana Brittney Griner a nove anos de prisão

Jogadora, bicampeã olímpica, foi considerada culpada de tráfico de estupefacientes e terá ainda de pagar multa de 16.500 dólares
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Um tribunal russo condenou esta quinta-feira (4) a jogadora de basquetebol norte-americana Brittney Griner a nove anos de prisão, considerando-a culpada de tráfico e armazenamento de estupefacientes.

Griner passará um "total de nove anos numa colónia penal russa", disse a juíza Anna Sotnikova em tribunal, acrescentando que a atleta de 31 anos também terá que pagar uma multa de 1 milhão de rublos (16.590 dólares).

A juíza deu assim provimento aos argumentos dos promotores russos, que tinham pedido que a norte-americana fosse condenada a nove anos e meio de prisão devido a acusações de tráfico de drogas.

"Peço ao tribunal que considere Griner culpada e a condene a nove anos e seis meses de prisão", disse o promotor Nikolay Vlasenko, que solicitara também uma multa de um milhão de rublos para atleta de 31 anos, informou a AFP a partir de um tribunal na cidade de Khimki, nos arredores de Moscovo.

A defesa da jogadora já anunciou que vai apresentar recurso da "irrazoável" sentença.

Também o presidente norte-americano, Joe Biden, já se pronunciou sobre a sentença de prisão do tribunal russo à jogadora norte-americana. "É uma decisão inaceitável e peço a libertação imediata de Brittney, para que possa voltar a estar com a sua esposa, amigos, familiares e entes queridos", afirmou, prometendo "fazer tudo" para repatriar a basquetebolista e outros presos norte-americanos na Rússia.

Griner foi acusada de tráfico de drogas por possuir frascos com óleo de canábis que foram encontrados na sua bagagem num aeroporto da capital russa.

Vlasenko disse que Griner "deliberadamente" passou pelo corredor verde na alfândega e afirmou que não tinha nada a declarar "para esconder" a substância.

A basquetebolista, bicampeã olímpica, jogou na Rússia e foi detida em fevereiro, poucos dias antes do início da guerra na Ucrânia.

Griner considerou-se culpada mas disse que não tinha qualquer intenção criminosa em fazer entrar o óleo de canábis na Rússia durante a temporada em que devia jogar na liga de basquetebol da Rússia.

A sentença chega numa altura em que as diplomacias de EUA e Rússia têm encetado contactos para uma eventual troca de prisioneiros.

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