O presidente checo Petr Pavel revelou que um posicionamento pró-União Europeia e pró-NATO serão fatores determinantes para as negociações que levarão à nomeação do próximo primeiro-ministro na sequência das eleições legislativas deste fim de semana, ganhas pelo movimento populista ANO, liderado pelo antigo chefe de governo Andrej Babis, que, durante a campanha, rejeitou abandonar qualquer uma destas organizações. “Estes são certamente parâmetros que irei monitorizar em todas as minhas discussões que levem à formação de um novo governo”, garantiu o chefe de Estado checo. “Há certas prioridades que continuarei a enfatizar. A principal é uma direcção pró-Ocidente para o nosso país, ou seja, permanecer na UE e na NATO”, afirmou Pavel. “As minhas outras prioridades incluem a preservação de todas as instituições de um Estado democrático, seja o papel dos meios de comunicação públicos, das universidades públicas, dos serviços de segurança e a sua independência, ou a independência do poder judicial e do Ministério Público”.De acordo com a legislação checa, o presidente, logo após as eleições, reúne-se com os líderes partidários para explorar possíveis coligações, sendo dada prioridade ao vencedor. Mas, a palavra final é, neste caso, de Petr Pavel, que escolherá aquele que tem maior probabilidade de obter a maioria entre os 200 lugares do Parlamento. Contados os votos, o movimento de Babis elegeu apenas 80 deputados, estando já em negociações com outros partidos. Durante as suas consultas com as forças políticas eleitas para o Parlamento, que decorreram no domingo e ontem, Petr Pavel apelou aos partidos para que não ponham fim à iniciativa checa de entrega de munições à Ucrânia, alertando que prejudicaria o país, mas também a defesa da Ucrânia. Um programa que Babis já disse querer terminar, alegando que é demasiado caro e pouco transparente. “Presumo que, tanto com Andrej Babis como com os representantes das outras partes, teremos em mente, acima de tudo, os interesses da Chéquia, dos nossos aliados e parceiros, como a Ucrânia, e não os prejudicaremos nem a nós próprios”, afirmou esta segunda-feira, 6 de outubro, Petr Pavel, um antigo general ao serviço da NATO..Babis, o magnata que ameaça virar a Chéquia contra a Ucrânia