A polícia japonesa está autorizada a disparar contra ursos a partir desta quinta-feira, 13 de novembro, na sequência dos vários ataques daqueles animais à população que já fizeram 13 mortos nas províncias de Iwate e Akita, para onde foram enviados vários agentes antimotim que receberam treino especializado.A situação é bastante preocupante, uma vez que os ursos têm invadido casas, escolas e supermercados naquelas regiões do norte do Japão, onde se têm registado ataques quase diários.No entanto, as autoridades das regiões de Iwate e Akita disseram à agência AFP que as armas disponibilizadas aos policiais para o abate dos ursos não são suficientemente potentes, pelo que defendem a necessidade de que seja feita uma alteração à lei de armas no país para que possam ser utilizadas nestes casos armamento mais potente. Ainda assim, foram formadas duas equipas de atiradores de elite que têm como prioridade proteger as populações e só em caso de necessidade abater o animal.Desde abril, pelo menos 13 pessoas morreram devido ao ataque dos ursos, o que representa o maior número de sempre em tão pouco tempo. Ainda este mês um homem de 50 anos foi internado na província de Fukushima depois de ter sido atacado por um urso. Segundo a polícia local, a vítima sofreu cortes na nuca na cidade de Aizubange, tendo sido salvo porque conseguiu esconder-se numa casa.Em outubro, um outro homem morreu quando estava a limpar uma banheira ao ar livre numa estância de águas termais, em Kitakami, na província de Iwate.Desde o início de novembro, o Japão enviou militares para o norte da província de Akita para tentar conter um aumento destes ataques mortais de ursos, uma vez que tinham aumentado aos avistamentos daqueles animais, que já iam em mais de 8.000 só este ano.Os especialistas revelaram que a população de ursos-negros-asiáticos triplicou desde 2012 devido às restrições à caça e aos invernos mais amenos.