“Pedófilo perigoso, implacável e cruel” condenado a prisão perpétua após abusar de pelo menos 70 crianças online
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“Pedófilo perigoso, implacável e cruel” condenado a prisão perpétua após abusar de pelo menos 70 crianças online

Uma rapariga de 12 anos acabou por cometer suicídio. Juiz disse que "nunca antes houve um caso em que o acusado tenha utilizado as redes sociais em tamanha escala para praticar danos tão terríveis".
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Um norte-irlandês de 26 anos que abusou de pelo menos 70 crianças utilizando redes sociais na Internet, levando mesmo uma delas a cometer suicídio, foi condenado a prisão perpétua, com uma pena mínima de 20 anos, num caso que causou graves danos a raparigas em todo o mundo. A polícia chamou-lhe um “pedófilo perigoso, implacável e cruel” 

Alex McCartney admitiu em tribunal 185 acusações de que era alvo, incluindo chantagem, incitamento de uma criança a praticar atividades sexuais e produção e distribuição de imagens indecentes de crianças.

Numa das maiores investigações de catfishing e extorsão sexual de que há memória, a polícia da Irlanda do Norte encontrou vítimas com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos no Reino Unido, outros países da Europa, Austrália e Nova Zelândia. Os procuradores revelaram que cerca de 3500 crianças foram alvo deste homem, embora nem todas com o mesmo grau de gravidade.

O homem fez-se passar por uma jovem rapariga para fazer amizades online e ganhar confiança com outras raparigas na rede social Snapchat antes de as chantagear.

Em tribunal, o juiz foi perentório na hora de divulgar a sentença: "Na minha opinião, é difícil encontrar um predador sexual que represente maior risco do que este. Nunca antes houve um caso em que o acusado tenha utilizado as redes sociais em tamanha escala para praticar danos tão terríveis a raparigas, incluindo a morte de uma menina de 12 anos. O arguido foi implacável. Ignorou múltiplas oportunidades para parar e vários pedidos de misericórdia. Ele mentiu e mentiu e depois voltou a mentir.”

Alex McCartney foi condenado a prisão perpétua pelas acusações de homicídio voluntário e de fazer com que raparigas menores de 13 anos se envolvessem em atividades sexuais. Recebeu ainda uma série de outras penas que variam entre 10 anos por 45 atos de vários graus de gravidade devido a atividade sexual com raparigas menores de idade, seis anos em cada acusação por 29 acusações de posse de imagens indecentes, entre outras.

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