As forças rebeldes lideradas por islamitas radicais já tomaram o palácio presidencial em Damasco, capital da Síria, dá conta a Al Jazeera. .Os rebeldes sírios anunciaram este domingo na televisão estatal a queda do presidente Bashar al-Assad e a “libertação” do país do regime controlado pela família Assad há 53 anos. Entretanto, a bem-sucedida ofensiva relâmpago que tomou o controlo de Damasco, levando multidões para as ruas, já terá ocupado o palácio presidencial..Segundo testemunhas contactadas pela AFP, várias dezenas de pessoas reuniram-se na Praça Umayyad, no centro de Damasco. Há tiros de celebração e ouvem-se invocações religiosas nos altifalantes das mesquitas..Bashar al-Assad deixou a capital no momento em que as forças opositoras tomaram a capital. O paradeiro do Chefe de Estado deposto permanece desconhecido. .De acordo com a agência Reuters, que cita duas fontes séniores do exército sírio, Bashar al-Assad saiu de Damasco, capital da Síria. “Assad deixou a Síria através do aeroporto internacional de Damasco antes de os membros das forças armadas e de segurança abandonarem” o local, reportou também a AFP, citando o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane. Até ao momento, não se sabe se o presidente da Síria abandonou Damasco com a mulher Asma e os dois filhos.Segundo a Reuters, um avião da Syrian Air descolou do aeroporto da capital quando a cidade foi tomada pelas forças rebeldes. Com base no site Flightradar, a agência anglo-saxónica escreveu que o avião em causa voou em direção à região costeira da Síria, para uma zona da fação alauíta de Assad, tendo mais tarde invertido a trajetória. Depois, o avião desapareceu do radar..As duas fontes sírias citadas pela Reuters defendem "que existe uma grande probabilidade" de o avião ter caído e de Assad ter morrido. “Desapareceu do radar, possivelmente o transponder foi desligado, mas acredito que o mais provável é que o avião tenha sido abatido”, disse uma das fontes..Há mais de uma década que a Síria atravessa um conflito entre forças do regime de Assad e opositores. A revolta contra o regime gerou conflitos em diferentes zonas do país, desde 2011, e já envolveu outros países. Com o apoio militar da Rússia, do Irão e do movimento Hezbollah, al-Assad reconquistou uma grande parte do país em 2015 e a totalidade de Alepo em 2016, cuja parte oriental tinha sido tomada pelas forças rebeldes em 2012..A oposição no exílio já anunciou estar a trabalhar pela transição de poder.