Nove pessoas detidas na sequência da derrocada de edifício no centro da China

O proprietário foi acusado de adicionar, de forma ilegal, vários andares extra e de fazer modificações à estrutura do prédio.
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A polícia chinesa deteve nove pessoas por poderem ter responsabilidade na derrocada de um edifício na sexta-feira em Chansha, deixando dezenas de pessoas soterradas ou desaparecidas, anunciou a polícia e a comunicação social local.

A polícia disse ter detido três pessoas responsáveis pelo projeto e construção do edifício e outras cinco que alegadamente terão realizado uma falsa avaliação de segurança para a pensão, que funcionava no prédio que colapsou, avança a agência de notícias Associated Press (AP).

No sábado, as autoridades tinham detido o proprietário do edifício, onde funcionava também um cinema, lojas, restaurantes e apartamentos, segundo a Agência de Notícias oficial da Xinhua.

O proprietário foi acusado de adicionar, de forma ilegal, vários andares extra e de fazer modificações à estrutura do prédio.

Segundo a polícia local, a empresa Hunan Xiangda Engineering Testing Co. terá emitido um falso relatório de segurança em 13 de abril.

Até ao final do dia de sábado, as autoridades tinham conseguido resgatar cinco pessoas, continuando 20 presas e outras 39 desaparecidas.

Nas operações de resgate permanecem mais de 700 soldados, tendo sido enviado para o local um alto funcionário do Partido Comunista chinês, o que pode ser um sinal da gravidade do desastre.

O líder chinês Xi Jinping pediu "todos os esforços possíveis" para salvar as pessoas ainda soterradas e ordenou uma investigação ao desastre.

As autoridades chinesas lançaram uma campanha nacional para reduzir os riscos representados pelos edifícios construídos de forma ilegal.

Este tipo de desastre ocorre com alguma frequência na China, devido ao incumprimento das regras de segurança e ao facilitismo dos serviços de inspeção que deveriam garantir a correta aplicação das normas de construção.

Em janeiro, uma explosão desencadeada por uma alegada fuga de gás causou o colapso de um prédio na cidade de Chongqing, no oeste do país, matando mais de uma dúzia de pessoas.

Em julho de 2021, 17 pessoas morreram num desabamento de um hotel numa área turística de Jiangsu, no leste da China.

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