A equipa de negociadores israelita parte na tarde desta segunda-feira (6 de outubro) para o Egito, onde já estão os representantes do Hamas, para acertar os pormenores do acordo de 20 pontos para a paz apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.As negociações vão decorrer no resort de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho.O Hamas aceitou libertar todos os reféns, mas há ainda questões em relação ao desarmamento. O grupo terrorista quer ainda que palestinianos fiquem à frente do Governo da Faixa de Gaza..Trump afirma que Hamas sofrerá "destruição total" se insistir em continuar no poder.A delegação israelita inclui representantes das secretas (Mossad e Shin Bet), além do conselheiro de Política Externa do primeiro-ministro, Ophir Falk, e o coordenador para os reféns, Gal Hirsch. O principal negociador, o ministro dos Assuntos Estratégicos Ron Dermer, só deverá juntar-se mais para a frente na semana, dependendo do avanço do diálogo, segundo oficiais israelitas citados pelo The Times of Israel. A delegação do Hamas é liderada pelo líder no exílio, Khalid Al-Hayya, que sobreviveu no mês passado ao bombardeamento israelita em Doha, no Qatar, que tinha como alvo precisamente os negociadores do grupo terrorista. .Khalil Al-Hayya: o líder do Hamas alvo principal de Israel em Doha - e que terá sobrevivido .Os negociadores do Hamas querem clareza sobre o mecanismo para alcançar uma troca dos 48 reféns que ainda estão na Faixa de gaza - dos quais 20 estarão vivos e 28 mortos - por prisioneiros palestinianos detidos em Israel, bem como uma retirada militar israelita do enclave e um cessar-fogo. Um dos pontos-chave será também a questão do desarmamento, que Israel insiste que tem que acontecer e o Hamas alega que não pode acontecer até Israel pôr fim à ocupação e haver um Estado palestiniano, segundo disse uma fonte do grupo à Reuters. Outro responsável disse que as negociações arrancam esta segunda-feira, mas não devem ser rápidas, apesar de Trump ter dito para que "andem rápido".