NATO continua a apoiar a Ucrânia, diz Rutte
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NATO continua a apoiar a Ucrânia, diz Rutte

Aliados já prometeram a Kiev mais de 20 mil milhões de euros em assistência de segurança para 2025.
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) garantiu esta quarta-feira que os aliados continuam a apoiar a Ucrânia, país que considera ser um parceiro-chave e que verá a sua situação discutida na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos seus 32 Estados-membros, que se realiza quinta e sexta-feira em Bruxelas. “Reunimo-nos num momento particularmente crucial para a nossa segurança partilhada. Com desafios demasiado grandes para qualquer um de nós enfrentar sozinho”, referiu ainda Mark Rutte, numa alusão à divisão entre Estados Unidos e os restantes aliados que se verifica desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca, nomeadamente em relação à Ucrânia.

Por isso, o neelandês aproveitou também para agradecer ao presidente dos Estados Unidos “por quebrar o impasse” em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia, garantindo que apoia “plenamente os esforços empreendidos pelos EUA para pôr um fim justo e duradouro a esta terrível guerra.” Não se esquecendo igualmente de elogiar “os esforços do Reino Unido, da França e de outros países para contribuir para garantir uma paz duradoura quando chegar a altura.”

No que diz respeito ao apoio a Kiev, Mark Rutte lembrou que “nos primeiros três meses deste ano, os aliados já prometeram mais de 20 mil milhões de euros em assistência de segurança para 2025 e o nosso comando em Wiesbaden [na Alemanha] continua a coordenar a prestação de assistência de segurança e formação à Ucrânia.” Nestes dois dias de reunião - o primeiro no qual participará o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio - realizar-se-á o Conselho NATO-Ucrânia, durante o qual o líder da diplomacia ucraniana, Andrii Sybiha, irá informar os aliados sobre a situação atual no terreno e as suas perspetivas sobre o processo de paz.

Esta reunião tem ainda lugar um dia depois do presidente ucraniano ter apelado aos Estados Unidos e restantes aliados a pressionarem a Rússia, depois de um míssil russo ter atingido uma empresa em Kryvyi Rih, a terra natal de Volodymyr Zelensky, matando pelo menos quatro civis e deixando outros 14 feridos, incluindo crianças. “Em todo o mundo, tais ataques são chamados pelo mesmo nome, terror. A única maneira de parar isto é aplicando pressão suficiente sobre Moscovo, sobre o sistema russo, forçando-os a abandonar a guerra e o terror”, afirmou Zelensky no X, partilhando fotografias do rescaldo do ataque em que se podem ver corpos a sangrar e um edifício em chamas.

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