"Não acredito que vá afetar muito os tubarões". Trump recupera palhinhas de plástico
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"Não acredito que vá afetar muito os tubarões". Trump recupera palhinhas de plástico

Para o presidente norte-americano as palhinhas de papel "não funcionam".
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"Estamos a voltar aos palhinhas de plástico", anunciou na segunda-feira Donald Trump ao assinar perante os jornalistas uma ordem executiva que acaba com os esforços da administração anterior de incentivar o uso de palhinhas de papel e eliminar gradualmente os plásticos de utilização única e combater o desperdício.

Para o presidente norte-americano as palhinhas de papel "não funcionam". Por isso, traz de volta as de plástico e incentiva o governo dos EUA e os consumidores a comprar as de plástico, apesar de haver outras soluções no mercado.

"Não acredito que o plástico vá afetar muito os tubarões, uma vez que estão a devorar o oceano", disse Donald Trump.

A decisão tinha sido anunciada pelo presidente dos EUA na semana passada. "Assinarei uma ordem executiva na próxima semana para acabar com a iniciativa ridícula de Biden a favor das palhinhas de papel, que não funcionam. DE VOLTA AO PLÁSTICO!", escreveu na Truth Social.

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A ordem executiva de segunda-feira fez parte de um enfraquecimento mais amplo dos compromissos ambientais por parte de Trump, que num dos primeiros atos do seu segundo mandato, retirou os Estados Unidos do acordo climático de Paris pela segunda vez.

Trump revogou também uma política do governo de Biden que pretendia acabar com a utilização de todos os produtos plásticos de utilização única em terras federais até 2032.

Dezenas de países impuseram proibições a vários tipos de plásticos de utilização única, usados em garrafas, sacos ou palhinhas. No entanto, as negociações para um tratado global falharam no ano passado, com os principais países produtores de plástico a mostrarem-se relutantes em comprometer-se com limites de produção vinculativos.

Segundo a Reuters, a quantidade de resíduos plásticos despejados no ambiente deverá aumentar de 81 milhões de toneladas métricas em 2020 para até 119 milhões de toneladas em 2040, de acordo com um inquérito da OCDE publicado no ano passado.

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