Depois do assalto de 19 de outubro, o museu do Louvre encerrou temporariamente uma das suas galerias como medida de precaução, depois de uma auditoria ter revelado fragilidades estruturais em algumas das vigas do edifício.Em causa a Galeria Campana, que alberga nove salas dedicadas à cerâmica grega antiga e vai manter-se encerrada enquanto decorrem as investigações sobre “algumas vigas que suportam os pavimentos do segundo piso”, de acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira, 17 de novembro.Este encerramento não está relacionado com o recente assalto, mas é mais uma notícia invejável para um museu que tem enfrentado severas críticas pelas suas deficiências de segurança.Recorde-se que há quase um mês um grupo de quatro homens invadiu o Louvre em plena luz do dia, com recurso a uma escada extensível e rebarbadoras, e fugiu com joias avaliadas em cerca de 88 milhões de euros.Antes do roubo, o administrador-chefe do museu já havia alertado para as condições precárias no interior do antigo palácio real, que recebeu 8,7 milhões de visitantes no ano passado. Num memorando de janeiro, a diretora do Louvre, Laurence des Cars, escreveu sobre uma “proliferação de danos nos espaços do museu, alguns dos quais em mau estado de conservação”. Algumas zonas “já não são impermeáveis, enquanto outras sofrem variações significativas de temperatura, pondo em risco a preservação das obras de arte”, afirmou na altura.A Galeria Campana está localizada no primeiro piso da Ala Sully, no extremo este do complexo, tendo o piso superior sido identificado pelo museu como apresentando problemas estruturais.A área afetada é utilizada como escritório, informou o museu. As 65 pessoas que normalmente lá trabalham estão a ser colocadas noutros locais enquanto são realizadas novas investigações. “Durante estas investigações, a Galeria Campana… permanecerá encerrada ao público como medida de precaução”, refere o comunicado.