A França defendeu hoje que os acordos anunciados pela Casa Branca, com destaque para uma trégua de Kiev e Moscovo no mar Negro, são "um passo na direção certa", mas ainda insuficientes para um "cessar-fogo duradouro" no conflito.A suspensão de ataques a infraestruturas energéticas ou a trégua no mar Negro "são passos na direção certa, mas não são suficientes para estabelecer um cessar-fogo duradouro e sólido, muito menos um acordo de paz", segundo fontes da presidência francesa em videoconferência com os jornalistas.As mesmas fontes indicaram que a França se opõe à exigência da Rússia de que as sanções às suas exportações agrícolas sejam suspensas como condição para a trégua, afirmando que a União Europeia não sancionou nem os envios de alimentos nem de fertilizantes, que estão, no entanto, a ser prejudicados pelos efeitos da guerra lançada por Moscovo em fevereiro de 2022.O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai acolher na quinta-feira uma reunião de líderes de 31 países "sobre a paz e a segurança na Ucrânia", na qual será discutida uma potencial força a destacar para o país, bem como a ajuda militar imediata e a longo prazo a Kiev e ainda os esforços para alcançar um cessar-fogo permanente, anunciaram fontes do Palácio do Eliseu.Macron vai encontrar-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no Palácio do Eliseu na quarta-feira à tarde, para ambos se prepararem para a reunião no dia seguinte.As fontes do Eliseu, na teleconferência com os jornalistas, insistiram que tudo está a ser feito "com total transparência", mas não em coordenação com os Estados Unidos..A Rússia afastou hoje a possibilidade de a central nuclear de Zaporijia, situada na região sul da Ucrânia ocupada por Moscovo, ser devolvida a Kiev ou passar para o controlo dos Estados Unidos."O regresso da central ao setor nuclear russo é um facto consumado que a comunidade internacional deve reconhecer. A entrega das instalações da central nuclear de Zaporijia ou o controlo sobre as mesmas à Ucrânia ou a qualquer outro país é impossível", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.A diplomacia de Moscovo reagia a notícias publicadas em vários meios de comunicação social sobre a possível transferência da central nuclear para a Ucrânia, os Estados Unidos ou representantes de organizações internacionais, reafirmando que as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia foram incorporadas na Rússia em 2022, depois de referendos, embora não reconhecidos por uma grande maioria dos Estados."Em 05 de outubro de 2022, foi assinado o decreto presidencial russo 'Sobre as Especificidades do Controlo Legal sobre o Uso de Energia Atómica na Região de Zaporijia', estabelecendo o estatuto legal desta central nuclear como uma instalação sob jurisdição russa", insistiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros, no dia em que a Casa Branca anunciou uma trégua de Moscovo e Kiev no mar Negro, mas sem avanços concretos sobre ataques a infraestruturas energéticas.A diplomacia russa acrescentou que "todos os funcionários da unidade são cidadãos russos" e "não se pode brincar com as suas vidas, especialmente devido aos atos bárbaros que foram e continuam a ser cometidos pelos ucranianos em território russo".A operação conjunta da central nuclear de Zaporijia com outro país "é também inaceitável", disse Moscovo, alegando que "não há precedentes destas operações na prática global" e este cenário levantaria "questões de segurança física e nuclear"."De acordo com a lei internacional, incluindo as convenções-chave da indústria, a responsabilidade primária pela segurança física e nuclear cabe aos Estados em cujos territórios se encontram as centrais. No caso da central nuclear de Zaporijia, é a Rússia, e mais ninguém", concluiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo..A Rússia colocou hoje o levantamento das sanções ocidentais impostas ao setor agrícola como condição para a cessação das ações militares no Mar Negro, informou o Kremlin em comunicado.Estas incluem a reconexão do banco agrícola russo, Rosselkhozbank, ao sistema internacional de transferências bancárias SWIFT, o levantamento das sanções sobre peças sobressalentes e equipamento para maquinaria agrícola e o desbloqueio do serviço a navios mercantes envolvidos na exportação de alimentos e fertilizantes russos.No comunicado, o Kremlin sublinha que os acordos anunciados por Washington relativos a uma trégua no Mar Negro entre Kiev e Moscovo só entrarão em vigor quando as restrições ocidentais ao comércio de cereais e fertilizantes russos forem "levantadas".Por outro lado, prosseguiu o Kremlin, Moscovo e Washington congratulam-se com os esforços de "países terceiros" para facilitar a aplicação dos acordos sobre a navegação no Mar Negro e os ataques a instalações energéticas na Rússia e na Ucrânia anunciados pela Casa Branca."A Rússia e os Estados Unidos congratulam-se com os bons ofícios de países terceiros para apoiar a implementação de acordos nos domínios energético e marítimo", afirmou a Presidência russa no comunicado, enquanto os europeus continuam a ser mantidos fora das discussões sobre a Ucrânia. .O presidente da Ucrânia saudou hoje o acordo com a Rússia para uma suspensão das hostilidades no mar Negro, e defendeu que o entendimento, alcançado na Arábia Saudita, deverá ter supervisão de "países terceiros".Em conferência de imprensa, após o anúncio da Casa Branca de que Moscovo e Kiev concordaram com uma trégua nas hostilidades no mar Negro, Volodymyr Zelensky referiu-se a "boas medidas" no resultado das discussões e comprometeu-se a implementá-las e a manter uma atitude construtiva, defendendo o envolvimento de outros países."Não é algo mau, por exemplo, que alguém na Europa, ou, por exemplo, na Turquia, possa estar envolvido na situação no mar [Negro], e talvez alguém do Médio Oriente em relação às questões energéticas", sustentou.Ao mesmo tempo, Zelensky opôs-se a qualquer "enfraquecimento das sanções" internacionais contra a Rússia, depois de a Casa Branca ter referido que Washington está pronta para ajudar Moscovo a facilitar o acesso dos produtos agrícolas e fertilizantes russos ao mercado global."Acreditamos que se trata de um enfraquecimento das sanções", comentou o líder ucraniano, indicando que esta possibilidade não estava na agenda da delegação ucraniana e foi levantada pelos Estados Unidos durante as negociações em Riade, acrescentou.O presidente da Ucrânia deixou ainda uma nota de condenação às palavras controversas do enviado especial norte-americano, Steve Witkoff, divulgadas em vésperas das negociações em Riade sobre a sua análise do conflito, acusando de coincidirem com as posições do Kremlin..Os Estados Unidos anunciaram hoje um acordo com as delegações ucraniana e russa para uma trégua dos combates no Mar Negro, no âmbito das negociações na Arábia Saudita sobre o conflito na Ucrânia.Os dois países concordaram "garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no Mar Negro", afirmou a Casa Branca, que fez o anúncio do acordo com Kiev e Moscovo em duas declarações separadas.Nos textos, Washington indicou também que as partes deram o seu acordo para "desenvolver medidas" com vista a proibir os ataques às instalações energéticas russas e ucranianas.Em relação à Rússia, os Estados Unidos comprometeram-se a ajudar a restaurar o acesso ao "mercado global de exportações agrícolas e de fertilizantes", bem como a facilitar o acesso aos portos e aos sistemas de pagamento destas transações.Sobre a Ucrânia, a administração do presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu "ajudar a concretizar a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis e o regresso de crianças ucranianas transferidas à força" para território russo.O Governo norte-americano reiterou a Moscovo e a Kiev a necessidade de "travar os assassínios" como um passo para alcançar uma "paz duradoura"."Os Estados Unidos vão continuar a facilitar as negociações entre os dois lados para alcançar uma solução pacífica, consistente com os acordos alcançados em Riade", declarou ainda a Casa Branca, após as negociações com os representantes de Kiev e Moscovo, que se iniciaram, no domingo, na capital saudita, Riade.Entretanto, a Rússia exigiu já "garantias claras de segurança" à Ucrânia para retomar a implementação da Iniciativa do Mar Negro, que vigorou no primeiro ano do conflito, em 2022.A Iniciativa do Mar Negro, uma trégua marítima assinada em junho de 2022 e em vigor durante um ano, com envolvimento das Nações Unidas e da Turquia, permitiu a exportação de milhões de toneladas de cereais e outros produtos alimentares dos portos ucranianos, bloqueados com o início da invasão russa.O ministro da defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, disse que concordou em "garantir uma navegação segura, eliminar o uso da força e impedir o uso de embarcações comerciais para fins militares no Mar Negro".Umerov acrescentou que Kiev sustenta que qualquer movimento de embarcações militares russas fora da parte oriental do Mar Negro constituirá uma violação do espírito deste acordo: "Neste caso, a Ucrânia terá pleno direito de exercer o direito à autodefesa.""Todas as partes concordaram em desenvolver medidas para implementar o acordo para proibir ataques contra instalações de energia da Ucrânia e da Rússia", referiu ainda.Lusa/Nuno Fernandes.Os sites russos que se fazem passar por meios noticiosos, mas que divulgam desinformação sobre a Ucrânia estão a aumentar, com o objetivo de minar a confiança do público nos verdadeiros meios de comunicação social, revela um estudo da NewsGuard.Segundo o estudo da NewsGuard, citado pela agência de notícias AFP, foram identificados 1.265 'sites' que se apresentam como meios de comunicação neutros, mas que na realidade, são apoiados por organizações partidárias ou governos como a Rússia ou o Irão."Os envolvidos na desinformação exploram a credibilidade dos meios de comunicação social de confiança para maximizar as hipóteses de as informações falsas serem amplamente divulgadas", alertou a organização NewsGuard.A difusão de mentiras na internet contribui para a desconfiança do grande público em relação aos verdadeiros meios de comunicação social.Os 'sites' de propaganda costumam usar autores reais, mas as ferramentas de inteligência artificial (IA) permitem-lhes agora produzir conteúdos difíceis de distinguir da informação real, de forma muita mais rápida e barata, revela a AFP.Outras das técnicas utilizadas é atribuir informações falsas a meios de comunicação social reais, explorando a credibilidade dessas organizações, de forma a aumentar as hipóteses de que a falsa narrativa se espalhe amplamente e com aparente credibilidade.A NewsGuard é uma organização especializada na luta contra a desinformação que explora notícias e a forma como a desinformação se espalha 'online', com o objetivo de descobrir as forças que moldam as narrativas falsas disseminadas na internet.Lusa.O Ministério da Defesa da Rússia acusou hoje a Ucrânia de novos ataques às infraestruturas energéticas russas e considerou que tais ataques tornam impossível qualquer acordo com Kiev."Ao continuar os ataques diários contra as infraestruturas energéticas russas, [o Presidente Volodymyr] Zelensky confirma a sua incapacidade de negociar", afirmou o Ministério da Defesa num comunicado citado pela agência espanhola EFE.O ministério acusou também Zelensky de "falta de controlo sobre os atores externos para garantir o cumprimento de qualquer possível acordo".Os Estados Unidos têm estado a discutir separadamente com a Ucrânia e a Rússia a possibilidade de uma trégua na guerra iniciada em fevereiro de 2022, mesmo que seja limitada a infraestruturas de energia.O ministério russo acusou Kiev de ter atacado na segunda-feira uma estação do operador da rede elétrica em Krasnodar (sul) e uma estação de distribuição de gás na região de Lugansk (sudeste), anexada pela Rússia em 2022.As forças ucranianas também tentaram atacar na segunda-feira uma instalação subterrânea de armazenamento de gás na Crimeia, mas as defesas antiaéreas abateram os 'drones' antes de se aproximarem do alvo, segundo o ministério.Os militares russos já tinham denunciado um novo ataque ucraniano à estação de bombagem de petróleo bruto "Kropotskinskaya" do Consórcio do Oleoduto do Cáspio (COC) em Krasnodar.Foi a segunda vez em pouco mais de um mês que esta infraestrutura foi atacada, depois de em 17 de fevereiro um 'drone' ter atingido a estação e obrigado à interrupção do funcionamento para trabalhos de reparação.A estação situa-se a 200 quilómetros a sul da cidade russa de Rostov-on-Don e é uma das mais potentes do gasoduto terrestre entre Tenguiz (Cazaquistão) e o porto russo de Novorossiysk, no Mar Negro.O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em 18 de março que tinha ordenado unilateralmente a suspensão dos ataques às infraestruturas energéticas ucranianas em resposta a uma iniciativa de Washington."Até ao momento, não houve outras ordens do Presidente. As nossas forças armadas estão a cumprir todas as instruções do comandante supremo", disse na segunda-feira o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov.Lusa.O ministro dos Negócios Estrangeiros russo admitiu esta terça-feira a possibilidade de Moscovo aceitar um acordo sobre a segurança do transporte marítimo no Mar Negro.Sergei Lavrov disse, no entanto, que tal só será possivel se os EUA ordenarem Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, a respeitar um possível entendimento com Moscovo. Para Lavrov, essa ordem daria as garantias de que a Rússia precisa para assinar o acordo."Precisamos de garantias claras. E dada a triste experiência de acordos apenas com Kiev, as garantias só podem ser o resultado de uma ordem de Washington a Zelensky e à sua equipa para fazer uma coisa e não outra”, disse Lavrov em declarações a uma estação de televisão russa, segundo a Reuters. Referindo-se a Zelensky, segundo a EFE, o ministro russo afirmou: "A nossa posição é simples: não podemos confiar na palavra dessa pessoa".De acordo com Lavrov, os EUA "compreendem que só Washington pode obter resultados positivos no sentido de parar os ataques terroristas, parar o bombardeamento de infraestruturas civis, infraestruturas energéticas não relacionadas com o complexo militar-industrial". Ministro dos Negócios Estrangeiros russo exigiu igualmente que a Rússia deixasse de ser excluída do mercado mundial de fertilizantes e cereais devido às sanções ocidentais por ter invadido a Ucrânia em fevereiro de 2022.O ministro disse que a Rússia é "a favor da retoma da iniciativa do Mar Negro sob uma forma mais aceitável para todos".Referiu que a questão foi debatida como uma prioridade nas conversações com representantes dos Estados Unidos que decorreram na segunda-feira na Arábia Saudita.Lavrov afirmou que Moscovo quer que "o mercado dos cereais e o mercado dos fertilizantes sejam previsíveis" para que ninguém tente retirar a Rússia destes mercados.Segundo Lavrov, a Rússia está preocupada com a situação alimentar em África e noutros países do Sul global que disse terem sofrido com "os jogos do Ocidente", de acordo com a agência russa TASS. .Representantes da Ucrânia e dos Estados Unidos terminaram hoje uma segunda reunião em Riade destinada a informar Kiev das conversações russo-americanas de segunda-feira, disse uma fonte da delegação ucraniana.O conselheiro do gabinete presidencial ucraniano, Serguei Leshchenko, disse que a reunião de hoje se destinou a informar a parte ucraniana sobre o que os Estados Unidos tinham previamente negociado com os russos.As negociações tiveram como tema a possibilidade de declarar uma trégua no bombardeamento do sistema de energia e nos ataques no Mar Negro, acrescentou Leshchenko, citados pela agência espanhola EFE.Uma fonte da delegação ucraniana disse à agência francesa AFP que "todos os pormenores serão anunciados mais tarde".A reunião realizou-se depois de a delegação norte-americana ter passado 12 horas na segunda-feira a negociar com os emissários do Kremlin (presidência russa) os termos de um possível cessar-fogo para avançar para um fim negociado da guerra.O presidente norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira que nas reuniões em Riade também se estava a discutir, entre outros temas, a divisão do território entre os dois países e "linhas de demarcação".A Rússia, que saudou as conversações como úteis, foi acusada por Kiev de estar a ganhar tempo para obter uma vantagem na linha da frente, segundo a AFP.Ucrânia e Estados Unidos já se tinham reunião em Riade no domingo, antes das conversações russo-americanas.A delegação russa deixou a Arábia Saudita, noticiou a agência estatal Ria Novosti.O Kremlin disse hoje que ainda estava a analisar o resultado da reunião de segunda-feira.Desde o início, no domingo, das conversações que envolvem Washington, Moscovo e Kiev, o vaivém norte-americano entre as partes beligerantes não resultou numa trégua, mesmo parcial, nem num consenso sobre uma moratória de certos ataques aéreos.As agências russas tinham anunciado na segunda-feira à noite que os Estados Unidos e a Rússia iriam emitir uma declaração conjunta sobre o resultado das suas negociações.Mas o porta-vos do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou hoje que o conteúdo das trocas de impressões "não será certamente tornado público".Embora os contactos com os norte-americanos continuem, não foi fixada uma data precisa para uma nova reunião, acrescentou Peskov.Donald Trump conseguiu, através de pressões, obter o acordo de princípio de Kiev para um cessar-fogo incondicional de 30 dias.O Presidente russo, Vladimir Putin, embora tendo o cuidado de não rejeitar a proposta de Trump, enumerou uma série de exigências e disse que queria limitar as tréguas apenas aos ataques às infraestruturas energéticas."Foi um diálogo intenso, não fácil, mas muito útil para nós e para os americanos", disse hoje o senador Grigori Karassin, um dos negociadores russos, à agência oficial russa TASS.Karassim afirmou que "foram debatidos muitos problemas"."Estamos longe de ter resolvido tudo, mas parece-me que uma conversa como esta é muito oportuna", disse Karassin."Vamos continuar a fazê-lo, envolvendo a comunidade internacional, sobretudo as Nações Unidas e alguns países", acrescentou..A Rússia anunciou hoje que estava a analisar as conversações sobre a guerra na Ucrânia que manteve na segunda-feira com os Estados Unidos na Arábia Saudita e que nenhuma ata da reunião seria tornada pública."Os resultados das discussões que tiveram lugar foram comunicados às capitais. Estão a ser analisados", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.Peskov disse que o conteúdo das conversas em Riade "não será certamente tornado público".Referiu também que "os contactos vão continuar", mas que ainda não havia uma indicação precisa sobre um novo encontro.A agência russa TASS tinha noticiado no final das conversações que Moscovo e Washington iriam divulgar hoje uma declaração conjunta sobre o encontro.As conversações russo-americanas na capital da Arábia Saudita duraram mais de 12 horas.Ao longo da reunião, os negociadores fizeram três pausas para descansar ou realizar consultas com as respetivas capitais, de acordo com fontes próximas da delegação russa.Lusa .Um dia depois das conversações entre os EUA e a Rússia, é esperada esta terça-feira uma nova reunião entre as delegações norte-americana e ucraniana. "Ainda estamos a trabalhar com os norte-americanos", disse fonte da delegação ucraniana à AFP, após as conversações entre os representantes de Washington e Moscovo, que se realizaram em Riade, na Arábia Saudita. .Pelo menos duas pessoas ficaram feridas num ataque russo durante a madrugada desta terça-feira, segundo as autoridades ucranianas. As forças de Moscovo lançaram 139 drones e um míssil balístico Iskander-M, informou a força aérea da Ucrânia, dando conta que abateu 78 drones e que outros 34 não atingiram seus alvos.O ataque russo provocou um incêndio num hangar de uma empresa na região de Poltava, ferindo duas pessoas, tendo danificado duas instalações de armazenamento na região de Kiev, de acordo com as autoridades locais, citadas pela Reuters.Foram também danificadas linhas de energia ferroviárias e o ataque russo causou um incêndio que abrangeu 8.400 metros quadrados em Izium, na região de Kharkiv, adiantaram as autoridades regionais. .Está prevista para esta terça-feira uma nova ronda de negociações entre os EUA e a Ucrânia em Riade, na Arábia Saudita. Em cima da mesa vai estar uma proposta de cessar-fogo parcial nas infraestruturas energéticas, que poderá abranger o Mar Negro.Na segunda-feira, uma delegação de Washington reuniu-se com representantes de Moscovo e, após 12 horas de conversações, a Rússia destacou um "diálogo intenso", que "não foi fácil", mas revelou ser "muito útil" para os dois países. De acordo com a imprensa internacional, será divulgado em breve uma declaração conjunta dos EUA e da Rússia após negociações em Riade. .Moscovo saúda "diálogo útil" com Washington que deve prosseguir com ONU.A Rússia saudou esta terça-feira um "diálogo útil" com Washington, manifestando a esperança de que este prossiga com o envolvimento da ONU, após doze horas de conversações na Arábia Saudita na véspera, sobre uma possível trégua na Ucrânia."Falámos de tudo, foi um diálogo intenso, não foi fácil, mas muito útil para nós e para os americanos", disse um dos negociadores russos, Grigori Karassin, à agência oficial russa Tass.Durante as conversações à porta fechada, em que Karassin representou a Rússia juntamente com Sergei Besseda, um executivo do FSB (serviços de segurança russos), "foram discutidos muitos problemas", afirmou."É claro que estamos longe de ter resolvido tudo, de ter chegado a acordo sobre todos os pontos, mas parece-me que uma conversa como esta é muito oportuna", disse Karassin."Vamos continuar a fazê-lo, envolvendo a comunidade internacional, sobretudo as Nações Unidas e alguns países", disse, sublinhando ter ficado com a impressão de "um diálogo construtivo que é necessário e indispensável".Doze horas de negociações EUA-Rússia sem resultados anunciados