Vaticano anuncia que Papa morreu devido a AVC e insuficiência cardíaca. Marcelo lembra "amigo de Portugal"

O Pontífice, de 88 anos, havia aparecido este domingo na janela do basílica de São Pedro para a bênção Urbi et Orbi, numa altura em que recuperava da sua infeção respiratória.
Francisco em 2013, ano em que se tornou Papa
Francisco em 2013, ano em que se tornou PapaCLAUDIO PERI/EPA

Vaticano anuncia que o Papa morreu devido a um AVC e consequente insuficiência cardíaca

O Vaticano acaba de anunciar que o Papa Francisco morreu os 88 anos devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e consequente insuficiência cardíaca.

Na prática, o derrame cerebral colocou Jorge Bergoglio em coma, tendo a insuficiência cardíaca sido irreversível.

Recorde-se que o Papa Francisco sofria de uma doença pulmonar crónica e teve parte de um dos pulmões removida quando ainda era jovem. Os problemas de saúde afetaram os últimos anos da sua vida, tendo sido internado no hospital Gemelli a 14 de fevereiro devido a uma crise respiratória aguda, que evoluiu para pneumonia bilateral.

O Papa esteve internado durante 38 dias. No domingo de Páscoa, um dia antes de morrer, reapareceu em público para abençoar milhares de pessoas na Praça de São Pedro.

Morreu esta segunda-feira o Papa Francisco, aos 88 anos.

O anúncio foi feito pela Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano.

"Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele ensinou-nos a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente a favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão pelo seu exemplo como verdadeiro discípulo de Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino", indica a nota lida pelo cardeal Kevin Joseph Farrell.

Francisco em 2013, ano em que se tornou Papa
Jorge Bergoglio, o solitário passivo que se tornou no pioneiro Francisco

O Papa Francisco havia aparecido este domingo na janela do basílica de São Pedro para a bênção Urbi et Orbi, numa altura em que recuperava da sua infeção respiratória.

Francisco em 2013, ano em que se tornou Papa
Papa regressa entre um breve encontro com Vance, apelos à paz e um banho de multidão

Francisco não participou nos ritos da Semana Santa por estar ainda em convalescença, após ter passado 38 dias no hospital devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

O pontífice, que ficou sentado na cadeira de rodas, desejou uma "Boa Páscoa" e pediu ao mestre de cerimónias que lesse a sua mensagem de Páscoa perante as 35.000 pessoas reunidas na praça de São Pedro para a missa do domingo de Páscoa.

Francisco em 2013, ano em que se tornou Papa
Do selo do camerlengo ao 'Habemus papam'. Como se escolhe um novo Papa

Morreu o Papa Francisco. Tinha 88 anos

Aguiar-Branco destaca pontificado de fraternidade, paz e misericórdia

O presidente da Assembleia da República manifestou hoje profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, considerando que o seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia.

Em declarações à agência Lusa, José Pedro Aguiar-Branco expressou “profunda tristeza pela morte do Papa Francisco”.

“O seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras continuam a ser um exemplo”, acrescentou o presidente da Assembleia da República.

Carlos Moedas fala no "Papa que ficará sempre no coração de Lisboa"

Carlos Moedas recordou a visita de Papa Francisco a Lisboa no âmbito das Jornadas Mundiais da Juventude de 2023, assim como a visita do autarca ao Vaticano cem dias antes do evento.

"Lembro-me como se fosse hoje das primeiras palavras que o Papa Francisco me dirigiu: 'Obrigado pela tua resistência. Obrigados aos lisboetas'. Foi no Vaticano a 22 de abril de 2023, a cem dias da JMJ. Desde então tornou-se no Papa que ficará sempre no coração de Lisboa: que aqui deixou uma marca que não esqueceremos, que connosco partilhou momentos únicos que fizeram de Lisboa a cidade de 'todos, todos, todos'. Acima de tudo, transmitiu-nos esperança. Em Lisboa saberemos honrar o seu legado, o legado do Papa da esperança", escreveu na rede social X.

Macron lembra "homem do povo" sempre se posicionou ao lado dos mais frágeis

O presidente francês, Emmanuel Macron, recordou aos jornalistas que, durante o seu pontificado, o Papa Francisco sempre se posicionou ao lado dos mais vulneráveis ​​e frágeis, e que o fez com muita humildade.

“Neste tempo de guerra e brutalidade, ele tinha um sentido para o outro, para os mais frágeis”, afirmou, tendo agradecido as várias visitas a França e expressado as condolências "aos católicos em todo o mundo".

Primeiro-ministro neerlandês lembra "modelo para muitos católicos e não católicos"

O primeiro-ministro neerlandês, Dick Schoof, afirmou que o "Papa Francisco era, em todos os sentidos, um homem do povo".

"A comunidade católica global despede-se de um líder que reconheceu os problemas candentes dos nossos dias e chamou a atenção para eles. Com o seu estilo de vida sóbrio, atos de serviço e compaixão, o Papa Francisco foi um modelo para muitos, católicos e não católicos. Lembramo-nos dele com grande respeito", escreveu na rede social X.

JD Vance: "Fiquei muito feliz por vê-lo ontem"

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, que este domingo esteve com o Papa Francisco no Vaticano, dedicou algumas palavras ao sumo pontífice.

"Acabo de saber da morte do Papa Francisco. O meu coração está com os milhões de cristãos em todo o mundo que o amavam. Fiquei feliz por vê-lo ontem, embora estivesse obviamente muito doente. Mas sempre me lembrarei dele pela homilia abaixo que fez nos primeiros tempos da Covid. Era realmente muito bonito. Que Deus o tenha em paz", escreveu na rede social X.

Pedro Nuno Santos lembra "voz corajosa em defesa da justiça social, da dignidade humana e da paz"

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, diz que foi com "profunda consternação" que recebeu a notícia da morte do Papa Francisco e recordou o papel do líder da Igreja Católica na defesa "dos que não têm voz".

"Foi com profunda consternação que recebi a notícia da morte de Sua Santidade o Papa Francisco. Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco foi uma voz corajosa em defesa da justiça social, da dignidade humana e da paz. A sua liderança espiritual transcendeu fronteiras religiosas e políticas, tornando-se uma referência ética e moral para milhões em todo o mundo. Foi um Papa dos pobres, dos excluídos, dos que não têm voz. Um defensor incansável do ambiente, da solidariedade entre os povos e da necessidade de uma economia mais justa. O seu legado ficará para sempre inscrito na história do nosso tempo", escreveu na rede social X, tendo expressado o mais sentido pesar, em nome próprio e do PS, "à Igreja Católica, à comunidade católica portuguesa e ao Vaticano".

"Que a sua memória continue a inspirar todos aqueles que acreditam num mundo mais humano, mais justo e mais fraterno", prosseguiu.

Presidente de Israel lamenta a morte de Francisco

O Presidente israelita, Isaac Herzog, lamentou hoje a morte do Papa Francisco, recordando-o como "um homem de fé profunda e compaixão sem limites".

"Envio as minhas mais profundas condolências ao mundo cristão e especialmente às comunidades cristãs de Israel, à Terra Santa, pela perda do seu grande pai espiritual, sua santidade o Papa Francisco”, declarou Herzog num comunicado.

O Presidente israelita destacou o trabalho de Francisco em "apoiar os pobres e clamar pela paz num mundo conturbado".

"Ele viu, com razão, uma grande importância em fomentar laços fortes com o mundo judaico e em promover o diálogo inter-religioso como um caminho para uma maior compreensão e respeito mútuo", acrescentou o chefe de Estado israelita.

"Espero sinceramente que as suas orações pela paz no Médio Oriente e pelo regresso seguro dos reféns sejam atendidas em breve", afirmou ainda Herzog na nota.

Uma das últimas declarações do Papa, no domingo, teve como objetivo pedir a paz na Faixa de Gaza, onde Israel trava há mais de um ano e meio uma ofensiva militar que já custou a vida a mais de 51.200 pessoas, e o regresso dos 59 reféns ainda detidos pelas milícias islâmicas palestinianas.

Luís Montenegro: "Francisco foi um Papa extraordinário"

O primeiro-ministro escreveu na rede social X que "Francisco foi um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas".

"As suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade", salientou Luís Montenegro, que apresentou as "mais sentidas condolências do Governo de Portugal à Santa Sé e a todos os Católicos do mundo, entre os quais tantos milhões de portugueses".

Jornadas Mundiais da Juventude em 2023
Jornadas Mundiais da Juventude em 2023Leonardo Negrão

"A melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia-a-dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo", concluiu.

Paulo Rangel fala em "Profeta do Exemplo"

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que o Papa Francisco "era o Profeta do Exemplo" e fez alusão a uma frase que o líder da Igreja Católica utilizou aquando das Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa, em 2023.

"Rezo pelo Papa Francisco. Como pessoa, como cristão, como católico, devo-lhe tanto. Devemos-lhe tanto. Em Janeiro, tive a graça de estar com ele mais de meia hora a sós. Francisco era o Profeta do Exemplo. Todos, todos, todos, sentiremos, não a sua falta, mas a sua presença", escreveu na rede social X.

Governo vai decretar luto nacional

O Governo vai decretar luto nacional em memória do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.

A mesma fonte não adiantou, contudo, o período abrangido pelo luto nacional.

FPF quer que legado de fraternidade de Francisco seja seguido e honrado

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lamentou a morte, hoje, do Papa Francisco, aos 88 anos, ambicionando que “o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado”.

Numa mensagem divulgada no seu sítio oficial na Internet e assinada pelo presidente da FPF, Pedro Proença, o organismo que rege o futebol em Portugal sublinhou que “o seu percurso e exemplo jamais serão esquecidos”.

“Em meu nome e da FPF, associo-me ao lamento e consternação pelo falecimento do Papa Francisco. Um Homem de causas que, com a sua simplicidade e humildade, teve a capacidade de tocar o Mundo, acima de qualquer credo religioso. Que o seu legado de fraternidade seja seguido e honrado, assim como o seu ideal de uma Igreja para todos”, escreveu o antigo árbitro.

Chanceler alemão diz que mundo perde "um defensor dos frágeis"

O chanceler alemão afirmou que, com a morte do Papa Francisco, “a Igreja Católica e o mundo perdem um defensor dos frágeis, uma pessoa reconciliadora e afetuosa”.

“Agradeci muito a sua visão clara dos desafios que enfrentamos. As minhas condolências à comunidade religiosa em todo o mundo”, escreveu Olaf Scholz na rede social X.

Marcelo fala ao país sobre a morte do Papa às 20h

O Presidente da República vai falar esta segunda-feira ao país, sobre a morte do Papa Francisco, pelas 20h00, anunciou a Presidência da República no seu site oficial.

Leonardo Negrão

Von der Leyen: "Ele inspirou milhões, muito para além da Igreja Católica"

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lamentou no X a morte do Papa Francisco.

"Ele inspirou milhões, muito para além da Igreja Católica, com a sua humildade e amor tão puro pelos menos afortunaos", escreveu, deixando uma palavra de consolo para "todos os que sentem esta perda profunda".

"Que encontrem consolo na ideia de que o legado do Papa Francisco continuará a guiar-nos para um mundo mais justo, pacífico e compassivo", acrescentou.

António Costa: "Que as suas ideias nos continuem a guiar para um futuro de esperança"

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, escreveu no X que se junta "com tristeza às milhares de pessoas que choram a morte de Sua Santidade o Papa Francisco".

O português apontou para um homem "profundamento compasivo, que se preocupou pelos grandes desafios mundiais do nosso tempo, desde a migração às alterações climáticas, a desigualdade ou a paz, mas também pelas lutas diárias da gente comum".

António Costa lembou ainda, numa mensagem em inglês e em espanhol, a sua última mensagem para a Jornada Mundial da Paz, em que "Francisco propôs três ações concretas: o perdão da dívida externa, a abolição da pena de morte e a criação de um fundo mundial para a eliminação definitiva da fome".

"Que as suas ideias nos continuem a guiar para um futuro de esperança", indicou.

Patriarca de Lisboa recorda "abraço caloroso" e "alegria contagiante" de Francisco

O patriarca de Lisboa, Rui Valério, recordou hoje o “abraço caloroso, os gestos incansáveis, a alegria contagiante” do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude que teve lugar na capital portuguesa em agosto de 2023.

Numa mensagem sobre a morte do pontífice argentino, ocorrida hoje no Vaticano, aos 88 anos, Rui Valério escreve que foi “com dor” que foi recebida a notícia do óbito.

“O seu magistério [de Francisco] e os seus gestos permanecem na nossa memória e elevamos a Deus um hino de gratidão por estes anos em que a Igreja foi pastoreada pelo seu esmero e dedicação incansáveis, como todos pudemos testemunhar”, escreve o patriarca de Lisboa, sublinhando a “misericórdia que o Papa não se cansou de anunciar ao longo de todos estes anos”.

Rui Valério convoca “todos os diocesanos do Patriarcado de Lisboa para uma missa em sufrágio na Sé de Lisboa, hoje, dia 21 de abril, segunda-feira, às 21:00”.

“Peço também a todos os sacerdotes que, ao longo do dia, sejam tocados os sinos das igrejas, assinalando a morte do Papa Francisco”, escreve o bispo de Lisboa, sublinhando ser “necessário, também, que ao longo dos próximos dias sejam celebradas missas em sufrágio pelo Papa Francisco”.

“Que tudo isto seja ocasião para renovarmos a esperança cristã, esta mesma esperança que o Papa Francisco achou tão necessária para revivermos neste ano jubilar”, exorta ainda o patriarca de Lisboa.

Conferência Episcopal Portuguesa elogia caminhos de esperança que Francisco abriu

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, considerou que o pontificado de Francisco, que hoje morreu, abriu caminhos de esperança para a Igreja e para o mundo.

“O pontificado de Francisco, para mim, é uma abertura de caminhos e de esperança para a Igreja e para o mundo”, afirmou à agência Lusa José Ornelas, também bispo da Diocese de Leiria-Fátima.

José Ornelas salientou que “a mensagem final, das poucas palavras que ele disse, já o último fôlego a partir da balaustrada de São Pedro, foi precisamente para anunciar a Ressurreição e anunciar a paz e pedir o dom da paz”.

O presidente da CEP adiantou ter recebido uma notícia “profundamente triste, mas também cheia de grande esperança”.

“Pensei logo ‘segunda-feira de Páscoa, é o tempo de viver a Páscoa e depois de celebrá-la’. Eu acho que caracteriza muito aquilo que foi o Papa Francisco e aquilo que deixa à Igreja”, declarou.

Destacando o processo sinodal desencadeado por Francisco, José Ornelas notou que o que caracterizou a vida e o ministério do Papa Francisco foi querer “mudar o ser Igreja”.

“Escutar o povo de Deus, de voltar às raízes fundamentais daquilo que é a Igreja, para caminhar juntos, um caminho de conjunto dentro da Igreja”, referiu, considerando que a morte de Francisco não tira força a este processo, pois “a esperança está sempre para além da vida de cada um”.

O presidente da CEP admitiu ainda ter pensado ser uma pena Francisco não terminar o Jubileu da esperança.

“Depois disse ‘não é que pena’. Ele abriu caminhos de esperança”, frisou, desejando que a Igreja Católica os continue.

Funeral dentro de nove dias e conclave previsto para daqui a um mês

O funeral do Papa Francisco será realizado dentro de nove dias e o conclave para eleger o seu sucessor dentro de um mês, anunciou hoje o Vaticano após a morte do pontífice.

Adiados jogos da Liga italiana marcados para esta segunda-feira

Os quatro jogos da 33.ª jornada da Liga italiana de futebol que estavam marcados para hoje foram adiados devido à morte do Papa Francisco, anunciou hoje a organização.

“Na sequência do desaparecimento do Santo Padre, a Liga anuncia que os jogos dos campeonatos da primeira divisão [Serie A] e reservas vão ser adiados para datas ainda a determinar”, explicou a Liga italiana, em comunicado.

A receção da Juventus, em Turim, ao Parma é um dos jogos adiados, juntamente com as visitas da Lazio ao Parma, do Torino à Udinese e do Cagliari à Fiorentina.

Grande Oriente Lusitano lembra homem de exceção e adepto fervoroso da fraternidade

O grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), Fernando Cabecinha, apresentou hoje as suas condolências aos dignitários da Igreja Católica pelo falecimento do Papa Francisco, considerando que foi um homem de exceção e adepto fervoroso da fraternidade.

“Na qualidade de grão-mestre do Grande Oriente Lusitano apresento as minhas condolências aos dignitários da Igreja Católica e aos Cristãos pelo falecimento do Papa Francisco. Era um homem de exceção, defensor da dignidade do ser humano e um adepto fervoroso da fraternidade entre os homens”, escreveu Fernando Cabecinha, numa nota que enviou à agência Lusa.

Keir Starmer: "Ele nunca perdeu a esperança alimentada pela fé de um mundo melhor"

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, lembrou os "esforços incansáveis" do Papa Francisco "para promover um mundo mais justo para todos", acreditando que deixará "um legado duradouro".

"O Papa Francisco era um Papa para os pobres, os oprimidos e os esquecidos. Estava próximo das realidades da fragilidade humana, encontrando-se com cristãos em todo o mundo que enfrentam a guerra, a fome, a perseguição e a pobreza. Ele nunca perdeu a esperaça alimentada pela fé de um mundo melhor", escreveu num comunicado, partilhado no X.

"Com a sua morte, somos lembrados uma vez mais do seu apelo a que cuidemos uns dos outros independentemente das diferentes religiões, origens, nações e crenças", acrescentou.

Santuário destaca marcas profundas que Francisco deixou em Fátima

O Santuário de Fátima, onde o Papa, que hoje morreu, esteve por duas vezes, uma das quais para canonizar os pastorinhos Francisco e Jacinta, destacou a devoção de Francisco à Virgem e as marcas profundas que deixou na Cova da Iria.

“Fátima chora o falecimento do Santo Padre. Francisco sempre foi um devoto expresso de Nossa Senhora e, na Cova da Iria, deixou marcas profundas”, referiu o santuário numa nota publicada no seu sítio na Internet, através da qual também se salienta que “estabeleceu com a Cova da Iria uma ligação muito estreita”.

Javier Milei diz ter sido "uma verdadeira honra" conhecer o Papa Francisco

O presidente argentino, Javier Milei, começou a sua mensagem no X com um simples "adeus" ao Papa nascido na Argentina.

"Foi com profunda tristeza que soube esta manhã que o Papa Francisco, Jorge Bergoglio, morreu hoje e descansa agora em paz", indicou.

"Apesar das diferenças que hoje parecem pequenas, ter podido conhecê-lo na sua bondade e sabedoria foi uma verdadeira honra", referiu.

"Como presidente, como argentino e, fundamentalmente, como homem de fé, despeço-me do Santo Padre e estou ao lado de todos que hoje lidamos com esta triste notícia", concluiu.

PCP "assinala a ação do Papa Francisco a favor do diálogo e contra a intolerância"

O Partido Comunista Português lamentou esta segunda-feira a morte do Papa Francisco, "um Papa que marcou a Igreja, os católicos e outros cristãos nesta fase da história da humanidade com uma grande proximidade às causas da Paz, de defesa dos direitos económicos e sociais e de justiça para os excluídos desta sociedade 'submetida a interesses financeiros'.

"As suas Encíclicas, designadamente Laudato Si’ e Fratelli Tutti, constituem um avanço importante na doutrina social da Igreja", salientam os comunistas.

"O PCP, que tem uma história de décadas e uma intervenção atual relevante com católicos e outros crentes, em diversas frentes de intervenção progressista, e onde tantos católicos participam nas lutas pela Paz e a transformação social, assinala a ação do Papa Francisco a favor do diálogo e contra a intolerância, e lamenta o seu falecimento e apresenta as suas condolências a todos os católicos e à Igreja Católica", conclui o PCP numa nota enviada às redações.

Roberta Mersola lembra "Papa do povo"

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recorda o "Papa do povo" na sua mensagem no X, partilhando uma foto de um encontro onde ambos aparecem a rir. Metsola lembrou precisamente "o seu sorriso contagiante" que "conquistou o coração de milhões de pessoas em todo o mundo".

Escreve ainda que Francisco "será recordado pelo seu amor à vida, esperança pela paz, compaixão pela igualdade e justiça social".

Mariana Mortágua: "Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança"

A coordenadora do Bloco de Esquerda recordou as últimas intervenções do Papa Francisco e alguma das lutas do líder da Igreja Católica durante o seu pontificado.

"Pediu a Paz. Nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento. Condenou o ódio contra imigrantes e a "economia que mata". Fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum. Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança", escreveu Mariana Mortágua na rede social X.

Ventura fala em "dia de tristeza e sofrimento para os cristãos do mundo inteiro"

O líder do Chega diz que "hoje é um dia de tristeza e sofrimento para os cristãos do mundo inteiro".

"O Papa Francisco deixa uma marca inspiradora de proximidade e simplicidade que a todos tocou profundamente. Que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública!", escreveu André Ventura na rede social X.

Espanha declara três dias de luto

O governo espanhol declarou três dias de luto pela morte do Papa Francisco, lamentando "a morte de um homem bom e um grande Papa", nas palavras do ministro da Presidência, Justiça e Relações com as Cortes, Félix Bolaños.

"Lamento o falecimento do Papa Francisco. O seu compromisso com a paz, a justiça social e os mais vulneráveis deixa um legado profundo. Descanse em paz", escreveu o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no X.

Cardeal Américo Aguiar com a "profunda tristeza" de um filho que perde o pai

O cardeal Américo Aguiar disse hoje “sentir uma profunda tristeza” pela morte do Papa Francisco, comparando essa tristeza à “de um filho que perde a presença, mesmo que distante, do seu pai”.

Reagindo à morte do Papa Francisco, ocorrida hoje, aos 88 anos, no Vaticano, o mais jovem cardeal português, que participará no conclave para a eleição do novo pontífice, numa mensagem enviada à agência Lusa, mostrou-se, no entanto, certo de que “a eternidade é o (…) destino, o fim da (…) estrada, o encontro face a face com Jesus Ressuscitado”.

“Reconhecendo esta Verdade, pela qual entreguei a minha vida, não consigo deixar de sentir uma profunda tristeza pela partida do nosso amado Papa Francisco. A palavra morte é pequena para este momento. Prefiro falar de uma partida, de um filho que corre para os braços do Pai, de um irmão que se encontra em Cristo com todos os seus irmãos que já conhecem a eternidade”, escreveu Américo Aguiar na mensagem.

O cardeal, que nos últimos anos teve múltiplos encontros com Francisco, no âmbito da organização da Jornada Mundial da Juventude que decorreu em Lisboa em 2023, recorda esses momentos: “Durante a preparação da JMJLisboa2023, foi o meu maior confidente, o amigo que me animou, que me deu forças e me revelou uma confiança que ainda hoje me comove”.

“A Francisco, o homem em quem o mundo confia, o homem que o mundo respeita, o homem que o mundo lê, procurando em cada uma das suas palavras uma luz que nos ilumine, peço (…) que nos ajude a construir este presente, tão atribulado, tão incerto”, acrescenta Américo Aguiar.

O bispo de Setúbal anuncia ainda que hoje, às 21:30, será celebrada uma missa na Sé de Setúbal pelo Papa Francisco.

Presidente timorense diz que religiões perderam alguém de grande importância

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou hoje que não foram apenas os católicos que perderam com a morte do Papa Francisco, mas todas as religiões e a humanidade.

“Todas as religiões, toda a humanidade, perdeu alguém de grande importância”, disse o Presidente timorense, numa mensagem de vídeo em tétum, a partir de Sofia, Bulgária, onde se encontra em visita oficial.

Na mensagem, o também prémio Nobel da Paz, considera que o “Papa Francisco foi um dos papas com maior impacto na história do mundo”, que “abraçou os pobres, os frágeis”.

“Um Papa que não hesitou em falar contra os poderes mundiais que promovem a guerra em vez da paz”, disse Ramos-Horta, lembrando que Francisco denunciou também os poderes que ignoram os pobres e exploram os mais fracos.

O chefe de Estado timorense recordou também as palavras do Papa Francisco, quando terminou a visita a Díli, em setembro de 2024.

“Segurou na minha mão e disse para cuidarmos bem deste povo querido”, lembrou.

Uma das últimas viagens feitas pelo Papa Francisco foi a Timor-Leste durante a qual esteve reunido com o Presidente timorense com as autoridades religiosas, sociedade civil e corpo diplomático acreditado no país.

Aos timorenses pediu para continuarem a construir e a consolidar as instituições do país para que “estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste” e para que os “cidadãos se sintam efetivamente representados”.

“A fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro”, disse o Papa, lembrando que agora Timor-Leste tem um “novo horizonte, com céu limpo, mas com novos desafios a enfrentar e novos problemas a resolver”.

Durante a visita, de três dias, Francisco encontrou-se com representantes religiosos e deu uma missa campal, onde participaram cerca de 600.000 pessoas.

No último dia da visita, antes de deixar Díli, o Papa encontrou-se com a jovens.

“Não me vou esquecer mais dos vossos sorrisos”, disse o Papa Francisco aos jovens timorenses, que representam cerca de 70% da população do país.

Aquela foi a segunda vez que um Papa visitou Timor-Leste, país onde 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos. A primeira ocorreu em 1989 quando João Paulo II visitou o território, ainda sob ocupação indonésia.

Núncio apostólico de Angola diz que Francisco deixou um bom exemplo como pastor da Igreja Universal

O núncio apostólico de Angola e São Tomé disse, em Luanda, que o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, deixou um bom exemplo como pastor da Igreja universal e ensinou valores do Evangelho com “fidelidade e coragem”.

“No centro da celebração pascal, quando cantamos Aleluia, chegou a mensagem triste de que hoje o Papa regressou à casa do pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor da sua igreja, ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Rezemos pelo Papa que retornou à casa do pai”, disse hoje Kryspin Dubiel.

Em declarações à Emissora Católica de Angola, em Luanda, sobre a morte de Francisco, hoje em Roma, o arcebispo e representante diplomático do Papa em Angola referiu que o líder da Igreja Católica deixou um bom exemplo como pastor da Igreja Universal.

“Ele deixou-nos um bom exemplo como pastor da Igreja Universal, atento à casa pessoa e desejo de dar apoio a todos que seguem Jesus como mestre, teve sempre o coração e olhos abertos como Jesus”, disse.

De acordo com o arcebispo Dubiel, a vida de Francisco “foi um evangelho vivo praticado e mostrou a todo o mundo que é possível aplicar o evangelho a cada momento da vida de um cristão”.

Putin lembra Papa que promoveu a "cooperação construtiva entre a Rússia e a Santa Sé"

O presidente russo, Vladimir Putin, já enviou as suas condolências ao Vaticano pela morte do Papa Franscisco.

"Ao longo dos anos do seu pontificado, promoveu ativamente o desenvolvimento do diálogo entre as igrejas Ortodoxa Russa e Católica, assim como uma cooperação construtiva entre a Rússia e a Santa Sé", indicou Putin numa mensagem ao cardeial Kevin Joseph Farrell, o camerlengo da Igreja Católica.

"Nesta hora triste, gostaria de transmitir-lhe a si e a todo o clérigo católico as minhas palavras de simpatia e apoio", disse ainda o presidente russo.

Rui Rocha lamenta "profundamente" a morte do Papa

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha lamentou “profundamente a notícia da morte do Papa Francisco”.

“Os meus pensamentos estão com a nossa comunidade católica, com a Igreja Católica, com o Vaticano e com aqueles que o Papa Francisco inspirou em todo o mundo. A todos, apresento as mais sentidas condolências”, lê-se numa publicação na rede social X.

Volodymyr Zelensky: "Ele sabia como dar esperança"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu também no X à morte do Papa Francisco.

"A sua vida foi dedicada a Deus, às pessoas e à Igreja. Ele sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos", lembrou.

"Lamentamos juntamente com os católicos e todos os cristão que procuraram apoio espiritual no Papa Francisco", indicou.

Francisco recordado por confissões religiosas em todo o mundo

As várias confissões religiosas, em todo o mundo, expressaram condolências pela morte do Papa Francisco referindo-se ao percurso e ao legado do chefe da Igreja Católica.

O chefe interino da Igreja de Inglaterra recordou a inteligência, a compaixão e o empenho do Papa Francisco em melhorar as relações entre as religiões do mundo.

O arcebispo de York, Stephen Cottrell, disse hoje que a vida de Francisco se centrou no serviço aos pobres, na compaixão pelos migrantes e requerentes de asilo e nos esforços para proteger o ambiente.

"Era espirituoso, animado, era bom estar com ele, e o calor da sua personalidade e o interesse pelos outros brilhavam nele", disse hoje o arcebispo de York.

O patriarca da Igreja Ortodoxa da Roménia, enviou as condolências pela morte de Francisco referindo que deixou uma marca profunda no catolicismo.

"É com profunda tristeza que recebemos a notícia da morte do Papa Francisco, uma figura venerável e renomada do cristianismo contemporâneo, cujo pontificado deixa uma marca profunda na história recente da Igreja Católica Romana", disse o patriarca ortodoxo, através do portal oficial.

Na mesma mensagem, o patriarca Daniel diz que a Igreja Ortodoxa Romena partilha a dor da perda e envia as condolências a toda a Igreja Católica.

O rabino de França, Haim Korsia, elogiou o empenho do Papa Francisco na luta contra o antissemitismo frisando que foi um homem que criou laços de confiança em todo o mundo.

"Simbolicamente, o último discurso de ontem [domingo de Páscoa] foi uma recordação forte e firme do empenhamento da Igreja na luta contra o antissemitismo, que ele [Papa Francisco] viu com desolação espalhar-se pelo mundo", acrescentou o representante da sinagoga da capital de França.

De forma crítica, a Conferência para a Ordenação das Mulheres afirmou hoje ter ficado frustrada com a falta de vontade de Francisco em promover a ordenação das mulheres.

"Enquanto continuaremos a experimentar os dons da abertura do Papa Francisco à reforma, lamentamos que isso não se estenda a uma abertura à possibilidade de mulheres no ministério ordenado", refere um comunicado da Conferência para a Ordenação das Mulheres, citado pela Agência France Presse.

O organismo católico anglo-saxónico diz ainda que a política do Papa Francisco manteve as "portas fechadas" sobre a ordenação de mulheres frisando que se tratou de uma posição "dolorosamente incongruente" com a natureza pastoral.

"Isto tornou-o uma figura complicada, frustrante (...) para muitas mulheres”, afirmou a Conferência para a Ordenação das Mulheres.

Liga Portugal emite nota de pesar

A Liga Portugal manifestou "o seu mais profundo pesar" pela morte do Papa Francisco.

"Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco afirmou-se como uma voz serena e firme na defesa da paz, da inclusão e da dignidade humana. A sua liderança espiritual destacou-se pela promoção constante do diálogo entre culturas, religiões e nações, deixando um legado de humildade, coragem e esperança", pode ler-se numa nota de pesar enviada às redações.

"A sua ligação a Portugal permanece viva na memória coletiva, em especial pela mensagem de unidade deixada durante as Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, no verão de 2023 — evento ao qual a Liga Portugal se associou, com enorme orgulho, através da Fundação do Futebol. Apaixonado pelo Desporto, e pelo Futebol em particular, acompanhava-o com entusiasmo, reconhecendo na sua essência valores que o próprio sempre promoveu: respeito, fraternidade e superação", acrescenta o comunicado.

“Foi um homem de coragem e de convicções. Um verdadeiro defensor de causas humanas, próximo dos que mais precisam e exemplo de liderança pela palavra, pelo gesto e pelo coração. Deixa uma marca profunda no nosso tempo” sublinha Reinaldo Teixeira, Presidente da Liga Portugal.

Giorgia Meloni: "Os seus ensinamentos e legado não serão perdidos"

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, lamentou também no X a morte do Papa Francisco. "Deixa-nos um grande homem e um grande pastor", indicou.

"Tive o privilégio de desfrutar da sua amizade, dos seus conselhos e dos seus ensinamentos, que nunca falharam, mesmo nos momentos de provação e sofrimento", escreveu.

"Nas meditações da Via Sacra, recordou-nos o poder do dom, que faz com que tudo volte a florescer e é capaz de reconciliar aquilo que aos olhos do homem é irreconciliável. E pediu ao mundo, mais uma vez, a coragem para mudar de rumo, para seguir um caminho que “não destrói, mas cultiva, repara, protege”. Caminharemos nesse sentido, para procurar o caminho da paz, perseguir o bem comum e construir uma sociedade mais justa e equitativa", disse a primeira-ministra italiana, garantindo que "os seus ensinamentos e legado não serão perdidos".

Rei Carlos III com "coração pesado"

O rei Carlos III manifestou-se "profundamente triste" pela morte do Papa, lembrando que Francisco serviu o mundo com "devoção durante toda a sua vida".

O monarca disse, no entanto, que o seu "coração pesado" estava "um tanto aliviado" pelo facto de o Papa ter podido, no domingo, "compartilhar uma mensagem de Páscoa com a Igreja e o mundo”.

O rei, que também é o chefe da Igreja da Inglaterra, disse ainda estar "muito comovido" por ter podido visitar Francisco no Vaticano, no passado dia 09 de abril.

Comunidade Israelita de Lisboa lamenta morte e apela à escuta da última mensagem

A Comunidade Israelita de Lisboa expressou hoje o seu “profundo pesar” pela morte do Papa Francisco e exorta os líderes mundiais a escutarem a sua última mensagem, em que alertou para o crescente clima de antissemitismo no mundo.

Numa nota enviada à agência Lusa, a direção da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) destaca a “figura notável” do Papa Francisco, “pela sua dedicação à paz, ao diálogo inter-religioso e ao respeito pela dignidade humana”.

A CIL recorda, com especial reconhecimento, as suas derradeiras palavras públicas, constantes na mensagem ‘Urbi et Orbi’ de domingo, na Basílica de São Pedro, “e a sua preocupação expressa” em relação ao “crescente clima de antissemitismo que se está a espalhar por todo o mundo”.

“Que a sua última mensagem pública seja escutada pelos líderes de todo o mundo e que possa materializar-se na promoção constante do entendimento entre povos e religiões e no fortalecimento dos laços históricos e espirituais entre as comunidades judaica, católica e muçulmana”, salienta.

A direção da CIL assinala este momento de “consternação e de necessária reflexão sobre o legado de um homem bom que dedicou uma vida de serviço à sua fé” e envia as suas “sinceras condolências aos seus irmãos católicos e a todos aqueles que, em todo o mundo, foram tocados pela mensagem inspiradora de amor, tolerância, respeito e fraternidade universal defendida pelo Papa Francisco”.

“Que a sua memória continue a ser fonte de inspiração para todos os que, não sendo católicos, desejam a construção de um mundo mais justo, pacífico e inclusivo”, sublinha a Comunidade Israelita de Lisboa.

Patriarcado Latino de Jerusalém expressou condolências a toda a Igreja

O Patriarcado Latino de Jerusalém, representante da Igreja Católica na Terra Santa, expressou condolências a toda a Igreja pela morte do Papa.

O prelado do Patriarcado Latino de Jerusalém é considerado como um dos possíveis candidatos ao conclave em que será escolhido o sucessor do Papa Francisco.

"Sua Beatitude Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, e todos os bispos, clérigos e fiéis da Terra Santa apresentam as mais profundas condolências a toda a Igreja pela morte do Santo Padre o Papa Francisco. Que Deus o acolha no seu reino e na sua glória”, lê-se no texto divulgado hoje pelo Patriarcado Latino de Jerusalém.

Esta circunscrição da Igreja Católica em Jerusalém despediu-se de Francisco com uma frase do livro de Josué (1,9): "O que vos ordeno é que sejais corajosos e valentes. Não tenhas medo e não te assustes, porque o Senhor teu Deus está contigo em tudo o que fizeres".

Cardeal Manuel Clemente destaca atitude de Francisco de "ir ao encontro do outro"

O cardeal Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa, destacou hoje a atitude “evangélica de ir ao encontro do outro” como uma marca do pontificado do Papa Francisco, que hoje morreu aos 88 anos, no Vaticano.

O Papa Francisco “colocou-nos constantemente nas fronteiras do Evangelho, ou seja, naquelas fronteiras que, muitas vezes, são descuidadas por nós, dos mais pobres, dos conflitos que nunca acabam, de tudo aquilo que são tristezas de muita gente”, disse o cardeal Manuel Clemente, em declarações divulgadas pela agência Ecclesia.

O patriarca emérito de Lisboa, que é um dos quatro cardeais portugueses que irão participar na eleição do sucessor de Francisco, considera, também, que Francisco foi “um construtor”, com “um papado que também deixa muitas marcas nesse sentido, demolindo aquilo que era preciso demolir e reconstruindo aquilo que era preciso reconstruir”.

Manuel Clemente recorda ainda a passagem do pontífice argentino por Lisboa, em 2023, para a Jornada Mundial da Juventude, para destacar “a troca de olhares entre o Papa e aquelas multidões” de jovens que participaram no encontro mundial.

“Era impressionante ver, quer do lado dele, quer do lado, digamos, das multidões, que eram milhares e milhares de pessoas ao longo das ruas, [quer] essa troca de olhares estava cheia de evangelho, quer na expectativa, quer na resposta. Na expectativa de uns, quer na resposta dele, um olhar que falava por si”, disse Clemente.

Também em declarações à agência Ecclesia, a diretora da Obra Portuguesa das Migrações (OCPM), Eugénia Quaresma destacou a atenção dada pelo Papa Francisco aos migrantes e aos mais frágeis.

“Para as migrações é um legado gigante. Foi colocar as migrações no centro, não só no centro da agenda da igreja, mas também do mundo”, afirmou, sublinhando que o Papa teve também a capacidade de “ajudar a trazer para o centro todos aqueles que estavam mais esquecidos”.

Para Eugénia Quaresma, o Papa deixa a “marca da humildade, (…) da firmeza, (…) da fidelidade ao Evangelho (…) e da oração”.

Missionário católico em Roma apanhado de surpresa com morte de Francisco

O missionário português Tony Neves, da direção dos Espiritanos, mostrou-se hoje surpreso com a morte do Papa Francisco, com quem esteve ainda no domingo, na Praça de São Pedro.

“Fui colhido de surpresa com a notícia, até porque eu ontem [domingo]estive na Praça de São Pedro e ele passou à minha beira de carro sorridente a saudar toda a gente, a abraçar os bebés que iam chegar ao papamóvel”, recordou o dirigente dos espiritanos.

Na ocasião, “só disse duas coisinhas ‘Bonna Pascoa’ e ‘Em nome de nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’”, naquela que foi a sua “última bênção”.

“O que eu guardo dele é esta coragem mesmo na fragilidade”, ao ter decidido aparecer em público, mesmo com a saúde muito precária”, disse.

“Ele achou que numa semana com uma Semana Santa era para aparecer e ele apareceu: no domingo de ramos, na quinta-feira Santa para ir à prisão e no domingo quis inclusivamente dar a volta” à praça de São Pedro.

Em Roma há sete anos e conselheiro há quatro, Tony Neves passa grande parte da vida em visitas às missões da ordem, que tem 2.500 elementos ativos e mil jovens em formação, com presença em 63 países de cinco continentes.

Sobre o seu sucessor e o futuro da Igreja, Tony Neves não tem dúvidas: “o caminho que ele lançou é um caminho sem retorno a dinâmica da sinodalidade tem que continuar, tem que ser aprofundada e aplicada”.

O caminho sinodal é um projeto de Francisco que implica diálogo interno em todos os setores da Igreja e em todo o mundo para discutir o futuro da instituição, que se debate com uma tensão interna entre movimentos mais conservadores e progressistas.

“A abertura desta igreja para todos, todos, todos”, mostra uma “proximidade muito grande aos pobres, um combate sem tréguas à às economias que matam”, acrescentou Tony Neves, que elogia a “perspetiva de ecologia integral do Papa Francisco”.

“Muitas vezes estamos todos na mesma barca a enfrentar a mesma tempestade: ou nos afogamos todos ou nos salvamos todos”, acrescentou o missionário, considerando que são “legados enormes que é preciso aprofundar e, sobretudo, aplicar” na Igreja.

Conferência Episcopal moçambicana diz que mundo perdeu a "voz dos pobres e marginalizados"

A Conferência Episcopal de Moçambique afirmou hoje que o mundo perdeu um “pastor incansável e voz dos pobres e marginalizados” com a morte do Papa Francisco, que vai ser lembrado pelos moçambicanos pelo seu “carinho e solidariedade”.

“Homem de fé firme, pastor incansável e voz profética dos pobres e marginalizados, o Papa Francisco foi um verdadeiro irmão da igreja em Moçambique. A sua proximidade, carinho e solidariedade com o nosso povo foram manifestados não apenas nas palavras, mas também nos gestos concretos, como a inesquecível visita apostólica que realizou ao nosso país em setembro de 2019”, disse o bispo auxiliar de Maputo e secretário-geral da conferência episcopal, Osório Afonso.

Em conferência de imprensa em Maputo, o responsável da igreja católica lembrou um Papa Francisco que visitou o país em 2019, tendo ensinado à igreja católica a ser comprometida com a “reconciliação, paz e cuidado da casa comum”.

Já, o arcebispo de Maputo, presente na mesma conferência de imprensa, disse que a igreja católica em Moçambique foi “colhida de surpresa” com a morte do Papa Francisco, apontando que o mesmo tinha uma “ligação muito estreita” com “estima particular” pelo país.

“É um momento de dor, mas é um momento também de ação de graças por esta grande figura que foi o santo Papa (…) Tinha sempre uma estima por Moçambique durante os momentos difíceis que enfrentámos, do facto de não nos entendermos entre os moçambicanos, muitas vezes ele interveio”, disse João Carlos Nunes.

”Soube amar e viver pela igreja e era um homem também dos pobres, daqueles que não têm voz e nem vez”, concluiu o responsável da igreja católica em Maputo.

Em setembro de 2019, Francisco visitou Moçambique, numa viagem apostólica pela África Oriental.

O momento mais marcante da vista a Moçambique foi a celebração de uma missa no Estádio Nacional do Zimpeto, o principal do país.

"Moçambique possui um território cheio de recursos naturais e culturais (…) mas apesar destas riquezas, uma quantidade enorme de população vive abaixo do nível de pobreza (…)por vezes, parece que aqueles que se aproximam com suposto desejo de ajudar, têm outros interesses. É triste quando isto se verifica entre irmãos da mesma terra, que se deixam corromper ", referiu, na altura, Francisco, durante a homilia numa missa campal acompanhada por milhares fiéis nos arredores de Maputo.

Reitor do Cristo Redentor e capelão da Embaixada do Brasil em Portugal lamenta morte

Reitor do Santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e capelão oficial da capela da Embaixada do Brasil em Lisboa, padre Omar Raposo lamenta a morte do Papa. Ao DN Brasil, o religioso afirma que o legado de Francisco "será contínuo e eterno, pois está fundamentado no amor e em Jesus Cristo nosso redentor".

O padre destaca o compromisso que o Papa Francisco teve ao longo de sua missão à frente da Igreja Católica. "O Papa Francisco assumiu ao longo da sua vida o pontificado com o compromisso universal pelo bem comum. Além disso, intensificou o olhar e as ações da Igreja para os mais vulneráveis e excluídos da nossa sociedade", afirma o brasileiro.

Francisco em 2013, ano em que se tornou Papa
Reitor do Cristo Redentor e capelão da Embaixada do Brasil em Portugal, padre Omar lamenta morte do Papa

Grupo VITA grato a Francisco por "caminho de transformação" traçado na Igreja

O Grupo VITA expressou hoje "enorme gratidão pelo caminho de acolhimento, coragem e transformação" traçado na Igreja Católica pelo Papa Francisco e deixou às vítimas de abuso sexual a convicção de que o percurso é irreversível.

"O Grupo VITA expressa a sua profunda tristeza pela perda do Papa Francisco, e também a enorme gratidão pelo caminho de acolhimento, coragem e transformação que traçou na Igreja Católica", refere, em comunicado, a entidade criada pela Conferência Episcopal Portuguesa para acompanhar situações de abuso sexual na Igreja Católica.

Na nota, a coordenadora do grupo lembra que Francisco "desde sempre revelou uma especial atenção aos mais frágeis e necessitados, incentivando a abordagem de temas tão difíceis e ocultos, como a violência sexual contra crianças e adultos vulneráveis".

"A todas as vítimas que nos têm procurado ao longo de quase dois anos de existência, o Grupo VITA deixa uma palavra de esperança. Acreditamos que este caminho de acolhimento e desocultação seja irreversível e que a Igreja Católica em todo o mundo, e em Portugal em particular, irá continuar este percurso de mudança, rumo a uma Igreja mais segura e protetora", conclui Rute Agulhas.

Cavaco Silva destaca “enorme coragem" em defesa de idosos, doentes e imigrantes

O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva destacou hoje a "enorme coragem" inerente à mensagem do Papa Francisco contra a marginalização dos imigrantes e o abandono dos doentes e idosos, realçando a sua afabilidade e naturalidade.

“Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da morte do Papa Francisco. Tive a honra de, com a minha mulher, representar Portugal na missa de início do seu pontificado, em março de 2013”, escreveu o antigo primeiro-ministro de Portugal (1985/1995) e antigo chefe de Estado (2006/2016).

Na sua nota, Aníbal Cavaco Silva afirma que lhe surpreendeu logo em Francisco “a sua naturalidade e afabilidade, diferente da dos dois papas que antes conhecera”. Nesse encontro, o antigo primeiro-ministro português conta que felicitou o Papa pela eleição e convidou-o para visitar Portugal para o centenário das aparições de Fátima.

“Ao longo dos seus 12 anos de pontificado, o Papa Francisco surpreendeu-nos com palavras fortes e imagens desconcertantes que desafiaram convenções e acomodações. A mensagem de enorme humanidade do Papa Bergoglio foi-nos alertando para a forma como lidamos com os mais desfavorecidos da sociedade, sempre no centro das suas preocupações, e para a forma como lidamos com o Mundo, que devemos preservar da destruição”, sustenta Cavaco Silva.

Para o antigo Presidente da República, “num tempo tão propício ao abandono dos idosos e dos doentes e à marginalização dos imigrantes, a mensagem de Francisco foi de enorme coragem e fundamental para despertar consciências”.

“A interpelação do Papa Francisco à benevolência e compaixão e uma Igreja mais atenta às periferias geográficas e sociais serão o seu grande legado para várias gerações de católicos que, nesta segunda-feira de Páscoa, estão de luto pela morte de um grande Papa”, acrescenta no seu texto.

Igreja angolana diz que Francisco abriu portas para a fraternidade e paz mundial

O líder da Igreja Católica em Angola disse hoje que o Papa Francisco foi um homem “dedicado ao bem, à concórdia e à paz” e que abriu às portas para a fraternidade, a paz mundial e valores da ecologia.

José Manuel Imbamba, que lamentou a morte de Francisco e convidou os cristãos a unirem-se em oração em prol do Papa, considerou que o líder da Igreja católica foi um “pastor fiel à Jesus Cristo, que procurou encarnar o princípio da pobreza, abraçou os valores do evangelho como o seu ser missionário e é uma figura que encantou o mundo no seu todo”.

“Ele [Papa Francisco] abriu as portas do diálogo, abriu as portas para a fraternidade, abriu as portas para a paz mundial, abriu as portas para a preocupação do mundo da ecologia, por isso essas memorias serão marcantes, porquanto foi alguém que procurou proporcionar um ambiente de diálogo saudável para todos”, afirmou o arcebispo, em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA).

Segundo o presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Francisco foi um homem dedicado ao bem, à concórdia e à paz.

“Convido todos os cristãos a unirem-se em oração em prol do Papa”, frisou o clérigo, assinalado que o Papa argentino primou, no decurso do seu pontificado, pela amizade social, amizade inclusiva, por um mundo onde todos se sentissem “responsáveis, ativos”.

José Manuel Imbamba manifestou igualmente gratidão pelas lições do Pontífice da Igreja Católica: “Estamos agradecidos por este legado que nos deixou, agradecidos, sobretudo pela lição de amor, lição de desprendimento, lição de fraternidade, de acolhimento e de solidariedade, sobretudo para com as camadas mais vulneráveis e desprezadas no nosso contexto social”.

O também arcebispo de Saurimo afirmou, por outro lado, que as reformas implementadas pelo Papa Francisco continuarão a ser implementadas pelo seu sucessor, observando que a Igreja “é sempre um caminho e está num processo de reforma permanente”.

“Por isso mesmo, os que virão depois dele vão procurar dar continuidade à missão evangelizadora, porque os pastores universais procuram ler os sinais dos tempos, os sinais da história, os sinais do mundo e do momento que estamos a viver”, realçou.

Toda a reforma iniciada Papa Francisco “é para continuar e este trabalho, venha o Papa que vier, não poderá retroceder todo esse caminho sinodal que está em curso e o caminho sinodal leva à renovação, ao compromisso e à conversão tudo em prol do bem que se quer no seu interior e para a sociedade”, concluiu o presidente da CEAST.

Rito de certificação da morte e deposição do corpo em urna ao fim da tarde

O corpo do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, será depositado numa urna ao final da tarde na capela da residência de Santa Marta, no Vaticano, onde vivia desde a sua eleição, anunciou a Santa Sé.

“Esta noite, segunda-feira 21 de abril, às 20:00 locais (19:00 em Lisboa), a sua eminência o reverendíssimo cardeal Kevin Joseph Farrell, cardeal camerlengo da Santa Igreja Romana, presidirá ao rito de certificação da morte e à colocação do corpo na urna”, acrescentou o Vaticano num comunicado.

O cardeal camerlengo é uma figura dominante em toda esta fase chamada sede vacante, o período em que não há Papa na Igreja Católica. Durante esta fase, cabe-lhe gerir o quotidiano do palácio apostólico, em que não podem ser tomadas decisões de relevo.

Arcebispo de Díli afirma que todos os timorenses sentem morte de Francisco

O arcebispo de Díli, Virgílio do Carmo da Silva, afirmou hoje que todos os timorenses sentem a morte de Francisco, lembrando que a visita do Papa a Timor-Leste foi um momento comovente e especial.

“Cada timorense sente esta perda, mas temos de ter coragem para continuar a rezar pelo Papa”, afirmou o único cardeal timorense, durante uma conferência à imprensa na Conferência Episcopal de Díli.

“Ficámos muito ligados ao Papa em setembro. O Papa levou os timorenses no coração e o Papa está no coração de cada timorense. Ficou esta proximidade. Esse momento foi comovente, especial, histórico”, salientou.

África recorda luta de Francisco por um mundo justo e pacífico

Os chefes de Estado e de Governo africanos lamentaram hoje a morte do Papa Francisco, a quem reconheceram o seu compromisso para com os mais vulneráveis, a sua luta pela inclusão, justiça e promoção da paz:

- Umaro Sissoco Embaló (Presidente da Guiné-Bissau): Recordou o Papa Francisco como "um grande homem de paz, de fé e de justiça", e enviou as suas condolências e "pensamentos afetuosos" aos seus entes queridos e aos católicos de todo o mundo.

- Samia Suluhu (Presidente da Tanzânia): Descreveu o Papa Francisco como um "professor e líder" que "ensinou e inspirou o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas". Suluhu destacou os esforços do pontífice na promoção da paz e transmitiu as suas condolências aos fiéis católicos na Tanzânia e em todo o mundo.

- Faure Gnassingbé (Presidente do Togo): Elogiou o pontífice como um "incansável artesão da paz, da justiça e da fraternidade", afirmando que deixa uma "marca profunda" na humanidade. "O seu compromisso com os mais vulneráveis e o seu apelo constante à dignidade humana ficarão gravados na nossa memória", disse Gnassingbé na rede social X.

- Évariste Ndayishimiye (Presidente do Burundi): Expressou as suas condolências à Igreja Católica e recordou a mensagem de fé e humanidade que o Papa transmitiu durante a sua visita ao Vaticano em março de 2022.

- Hakainde Hichilema (Presidente da Zâmbia): Recordou o Papa como um homem de "grande humildade e compaixão", que conduziu a Igreja Católica "pelo seu exemplo".

- William Ruto (Presidente do Quénia): Destacou a liderança do pontífice na Igreja Católica, bem como a sua humildade, o seu "empenho inabalável" na inclusão e na justiça e a sua "profunda compaixão" pelos mais vulneráveis. "As suas fortes convicções éticas e morais inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente da sua fé ou origem", afirmou Ruto nas redes sociais.

Brice Clotaire Oligui Nguema (Presidente do Gabão): Enviou as suas "sinceras condolências a toda a comunidade católica do Gabão e de outros países" e declarou nas redes sociais que a mensagem do Papa de fé, paz e humildade "continuará a ser uma fonte de inspiração"

Abiy Ahmed (primeiro-ministro da Etiópia): Manifestou a esperança de que o legado de "compaixão, humildade e serviço à humanidade" do Papa continue a inspirar as gerações futuras.

Presidente moçambicano lembra líder espiritual de “compromisso incansável” com paz e justiça

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, endereçou hoje condolências à igreja católica pela morte do Papa, lembrando um líder espiritual com um “compromisso incansável” com a paz e justiça social.

“Neste momento, com corações em choque juntamo-nos ao mundo na despedida de um líder cuja luz brilhou intensamente, iluminando caminhos de fé e esperança”, disse Daniel Chapo, numa mensagem divulgada hoje pela Presidência moçambicana.

Para Chapo, o Papa Francisco foi um líder espiritual que lutou pelos marginalizados, dedicando a sua vida ao “compromisso incansável” com a justiça, paz e fraternidade.

“Um pastor para todos, transcendeu as fronteiras da Igreja Católica, tocando a alma da humanidade com a sua mensagem de amor a Deus e ao próximo. A sua voz, um verdadeiro clamor por justiça, ecoou em cada canto do planeta, inspirando a construção de pontes entre culturas e religiões”, acrescentou o chefe de Estado moçambicano.

O Presidente moçambicano lembrou a visita do Papa a Moçambique em setembro de 2019, numa viagem apostólica pela África Oriental.

“A sua visita apostólica a Moçambique, em setembro de 2019, permanece como um momento acarinhado na historiografia nacional. Chegando a Maputo em meio aos desafios da recuperação pós-ciclones e das tensões em Cabo Delgado, a sua presença foi um símbolo poderoso de esperança”, acrescentou Chapo.

O momento mais marcante da vista a Moçambique foi a celebração de uma missa no Estádio Nacional do Zimpeto, o principal do país.

"Moçambique possui um território cheio de recursos naturais e culturais (…) mas apesar destas riquezas, uma quantidade enorme de população vive abaixo do nível de pobreza (…) por vezes, parece que aqueles que se aproximam com suposto desejo de ajudar, têm outros interesses. É triste quando isto se verifica entre irmãos da mesma terra, que se deixam corromper ", referiu, na altura, Francisco, durante a homilia numa missa campal acompanhada por milhares fiéis nos arredores de Maputo.

Governo timorense diz que Francisco foi líder espiritual de inestimável impacto para a humanidade

O Governo timorense afirmou hoje que o Papa Francisco foi um líder espiritual de inestimável impacto para a humanidade e que durante a visita a Timor-Leste, em setembro de 2024, conquistou os corações e alma do país.

“Foi com enorme consternação e profundo pesar que Timor-Leste recebeu a notícia do falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco, um líder espiritual de inestimável impacto para a humanidade, defensor incansável dos mais vulneráveis e promotor da paz, da justiça e da fraternidade entre os povos”, destacou em comunicado o Governo timorense.

O Governo de Timor-Leste recordou também Francisco pela sua “inabalável dedicação à justiça social e ao diálogo inter-religioso”, mas também por sua uma “voz firme na promoção dos direitos humanos e da dignidade dos povos”, e a sua visita a Díli.

“Foi muito mais do que uma simples visita. Foi um encontro profundo com um povo que muito sofreu para conquistar a sua liberdade e independência. O Santo Padre chegou a Timor-Leste e conquistou os corações e a alma de uma nação”, afirmou o porta-voz do Governo e ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira, citado no comunicado.

Agio Pereira disse também que Timor-Leste será “eternamente grato pelo esforço do Santo Padre” por ter visitado o país e ter “concedido aquele encontro, aquela união sagrada”.

No comunicado, o Governo timorense informa também que realiza terça-feira uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para decretar luto nacional e o hastear da bandeira a meia haste por um período de sete dias.

Uma das últimas viagens feitas pelo Papa Francisco foi a Timor-Leste, durante a qual esteve reunido com o Presidente timorense com as autoridades religiosas, sociedade civil e corpo diplomático acreditado no país.

Aos timorenses pediu para continuarem a construir e a consolidar as instituições do país para que “estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste” e para que os “cidadãos se sintam efetivamente representados”.

“A fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro”, disse o Papa, lembrando que agora Timor-Leste tem um “novo horizonte, com céu limpo, mas com novos desafios a enfrentar e novos problemas a resolver”.

Durante a visita, de três dias, Francisco encontrou-se com representantes religiosos e deu uma missa campal, na qual participaram cerca de 600.000 pessoas.

No último dia da visita, antes de deixar Díli, o Papa encontrou-se com a jovens.

“Não me vou esquecer mais dos vossos sorrisos”, disse o Papa Francisco aos jovens timorenses, que representam cerca de 70% da população do país.

Aquela foi a segunda vez que um Papa visitou Timor-Leste, país onde 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos. A primeira ocorreu em 1989 quando João Paulo II visitou o território, ainda sob ocupação indonésia.

Reitor de igreja portuguesa em Roma diz que Francisco deu "novo rosto da Igreja ao mundo"

O reitor da Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, comparou hoje o Papa Francisco à figura do bom pastor, que procurou “dar um novo rosto da Igreja ao mundo de hoje”.

“Penso que o Papa Francisco encarnou na sua vida precisamente essa figura do bom pastor, sucessor de São Pedro”, procurando “dar um novo rosto da Igreja ao mundo de hoje, mostrando que a igreja precisa de ser reconstruída”, que “se renova, nunca deixando ninguém de fora”, afirmou Agostinho Borges, à agência Lusa.

Francisco, que morreu hoje, quis uma “igreja de portas abertas, onde entram os mais esfarrapados”, onde “entramos todos e onde todos temos um lugar”.

Agostinho Borges, que dirige há 29 anos a igreja portuguesa de Roma, destino de peregrinos nacionais e espaço de representação do Estado português na Santa Sé, compara Francisco com os seus antecessores e reconhece diferenças.

“Quando um papa morre, fica sempre um testamento espiritual, que não é só para a Igreja, mas também para o mundo”, salientou o sacerdote.

Francisco foi um homem “que tentou lançar pontes, que alertou a sociedade para aqueles que eram os menos protegidos, através da atenção aos imigrantes, com atenção ao mundo e à natureza”.

Sobre o seu sucessor, Agostinho Borges considera que os cardeais eleitores vão escolher alguém que não será badalado na comunicação social”, esperando que o futuro Papa seja “o que Deus quiser”.

Governo declara três dias de luto nacional

O Governo declarou três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco.

O primeiro-ministro considerou que o sumo pontífice foi "um exemplo para todos, todos, todos" e "o rosto sereno da fé" enquanto transformou a igreja num local para "todos".

Luís Montenegro salientou o "grande esforço para abençoar duas crianças" na missa de Páscoa, este domingo, realçando que "nenhuma imagem podia explicar melhor o legado" o argentino deixou.

"Uno-me a todos os católicos portugueses e do mundo que se despedem com gratidão", frisou o líder do Governo.

Montenegro realçou ainda a relação de amizade de Francisco com Portugal, país que visitou por duas vezes, no centenário das aparições de Fátima e na Jornada Mundial da Juventude. "Os portugueses despedem-se do Papa com gratidão", afirmou, salientando que o argentino será fonte de inspiração para as gerações futuras.

Reitor do Santuário de Fátima destaca preocupação pela paz e ambiente

O reitor do Santuário de Fátima destacou a preocupação pela paz e pelo ambiente do Papa Francisco, que hoje morreu, e salientou que não teve medo de rasgar novos horizontes e de abrir caminhos de renovação da Igreja.

“Creio que é de destacar a profunda preocupação do Papa pela paz. Percebeu-se claramente que, nestes últimos anos do seu pontificado, o drama da guerra na Ucrânia e a guerra, mais recentemente, em Israel e na Palestina, tocaram profundamente o coração do Papa”, afirmou aos jornalistas, no santuário, o padre Carlos Cabecinhas.

A propósito da guerra na Ucrânia, o reitor referiu que, pouco depois do início da guerra na Ucrânia, é em Fátima que “o Papa decide fazer, juntamente com Roma, a consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, procurando assim uma oração pela paz”.

Quanto à preocupação do Papa com o ambiente, que “sublinhou de forma muito particular”, Carlos Cabecinhas observou que esta “é uma das grandes novidades e um dos legados deste pontificado”.

Expressando “profunda gratidão” pelo “testemunho de vida e o ministério do Papa”, o reitor admitiu que, não obstante o conhecimento da fragilidade da sua saúde, a notícia da morte o surpreendeu, dado que no domingo Francisco tinha saudado os peregrinos na Praça de São Pedro, em Roma.

O padre Carlos Cabecinhas realçou ainda “os caminhos de renovação que o Papa abriu à Igreja desde o primeiro momento” e que “não teve medo de rasgar novos horizontes”.

Quanto à ligação ao santuário, o reitor referiu que Francisco já tinha ligação a Fátima ainda antes de se tornar Papa.

“Mas sabemos que, no momento da sua eleição, foi ele que pediu ao cardeal-patriarca de Lisboa, na altura, D. José Policarpo, que consagrasse aqui o seu pontificado em Fátima, o que aconteceu em 13 de maio de 2013”, referiu.

O responsável do santuário lembrou depois as deslocações ao santuário mariano, em 2017, por ocasião do centenário dos acontecimentos de Fátima e da canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, e, em 2023, no âmbito da Jornada Mundial a Juventude (JMJ).

No caso da JMJ, notou “o quanto o Papa sublinhou o santuário como imagem da Igreja”, pois “olhava para a Capelinha, que não tem portas nem paredes, para dizer que a Igreja tem de ser este espaço aberto a todos”.

Quanto a 2017, disse que “o Papa, ao descer o recinto de oração, saiu do papamóvel para percorrer parte do percurso” junto dos peregrinos.

“O Papa Francisco gostava de estar próximo das pessoas, procurava esse contacto e creio que esse é também um dos legados que nos deixa, nomeadamente com este pedido de que a Igreja seja cada vez mais próxima do povo de Deus, que a Igreja seja cada vez mais próxima de todos aqueles que nos procuram”, adiantou.

Carlos Cabecinhas adiantou que Francisco foi “uma figura particularmente próxima da mensagem deste lugar”.

“Em 2017, deixou-me pessoalmente duas recomendações: que o santuário fosse sempre lugar de acolhimento, acolhimento de todos os que aqui vêm, e que, por outro lado, que todos os sacerdotes que aqui trabalham fossem sempre imagem de misericórdia”, declarou.

Questionado sobre se o legado de Francisco se vai manter em futuros pontificados, o reitor disse estar convencido de que o caminho aberto pelo Papa, “em termos de renovação da Igreja, é um caminho sem volta atrás”.

“Fátima teve sempre o apoio e a atenção especial do Papa e do bispo de Roma. Portanto, a minha confiança é a de que continuará a ser assim, isto é, que Fátima continuará a contar, independentemente do Papa que for escolhido, com esta atenção especial”, acrescentou.

Casa Branca despede-se do Papa

Com uma curta mensagem na rede social X, na qual se pode ler "Descanse em paz, Papa Francisco" e ver fotografias do sumo pontífice com o presidente norte-americano Donald Trump e o vice JD Vance, a Casa Branca assinalou a morte do líder da Igreja Católica.

Cabo Verde decreta dois dias de luto nacional

O Governo de Cabo Verde vai decretar dois dias de luto nacional, terça e quarta-feira, pela morte do Papa Francisco, anunciou hoje o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva.

"O Governo vai decretar dois dias de luto nacional", referiu o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas na cidade da Praia.

Associação Zero recorda papel do Papa na área da sustentabilidade

A associação ambientalista Zero recordou hoje, véspera do Dia Mundial da Terra, o papel do Papa Francisco nas questões da sustentabilidade do planeta e das alterações climáticas.

Num comunicado onde pede energia mais renovável e que não se retroceda nas políticas ambientais (a propósito do Dia Mundial da Terra), a Zero lembra a importância do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, na necessidade de se cuidar da “casa comum” que é o planeta Terra.

Recorda nomeadamente o papel do Papa apelando ao “urgente desafio de proteger a nossa casa comum” na encíclica “Laudato si”, que completa 10 anos a 24 de maio.

“O que escreveu foi determinante em 2015, ano em que se aprovaram os 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável e o Acordo de Paris. O Papa mencionou que ´uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo´”, diz a associação.

A Zero recorda ainda que na encíclica o Papa refere que os jovens exigem uma mudança e interrogam-se como é que se pode construir um mundo melhor sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos.

“Lanço um convite urgente a renovar o diálogo sobre a maneira como estamos a construir o futuro do planeta. Precisamos de um debate que nos una a todos, porque o desafio ambiental, que vivemos, e as suas raízes humanas dizem respeito e têm impacto sobre todos nós. (…) Precisamos de nova solidariedade universal”, dizia o Papa na encíclica hoje recordada pela Zero.

No comunicado a associação diz que o 55.º Dia Mundial da Terra é vivido em tempo de incertezas e transformações aceleradas, de uma crise ambiental e climática que se intensifica, ou de reforço de investimentos em combustíveis fósseis, e diz ser fundamental evitar o retrocesso do Pacto Ecológico Europeu e de outros compromissos globais na área da sustentabilidade.

No Dia Mundial da Terra de terça-feira apela-se a cidadãos, governos, empresas e instituições, para se juntarem num compromisso comum: o de triplicar a geração de energia renovável até 2030.

“Quando a Europa está a aquecer duas vezes mais depressa do que qualquer outra região do planeta” reduzir a queima de combustíveis fósseis e efetuar uma rápida transição para fontes renováveis “é indispensável”, diz a Zero, que destaca que 32% da produção de eletricidade mundial e 45% da produção de eletricidade europeia é já garantida por fontes de energia limpa. Em Portugal esse valor em 2024 foi de cerca de 70%.

Para que Portugal atinja os objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) para 2030 tem de “elevar significativamente a ambição no que respeita à instalação de energia solar descentralizada em zonas residenciais, industriais e de serviços”, sendo também indispensável investir no armazenamento de energia elétrica, devendo criar-se um Plano Nacional para o Armazenamento de Energia, diz ainda.

Universidade Católica expressa pesar e afirma compromisso com legado

A Universidade Católica Portuguesa expressou hoje “o seu profundo pesar” pela morte do Papa Francisco, lembrando a visita à instituição por altura da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e afirmando o compromisso com o seu legado.

Em comunicado, a instituição universitária ligada à igreja católica afirmou que a morte de Francisco “deixa uma dor profunda nos crentes e em todos aqueles que encontraram nas suas palavras, gestos e ações um testemunho luminoso de humildade, generosidade, proximidade e esperança”.

Citada no comunicado, a reitora Isabel Capeloa Gil recordou o legado de esperança, “uma mensagem particularmente relevante num mundo de dissidência e contradições, onde o Papa Francisco foi o derradeiro líder ético”.

A visita à Universidade Católica por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em 2023 é recordada como “um momento inesquecível e profundamente marcante para toda a comunidade académica”, durante a qual o Papa Francisco desafiou os jovens “a lutar contra a complacência e o medo” e exortou a conjugar “a excelência académica com o compromisso ético e social”.

“Neste momento de luto, reafirmamos o nosso compromisso com o legado do Papa Francisco. Que a sua vida, dedicada ao serviço dos mais pobres, ao diálogo inter-religioso, à justiça climática e à cultura do encontro, continue a inspirar o nosso caminho como Universidade Católica. Que o seu testemunho de ternura e firmeza, de simplicidade e sabedoria, nos ajude a ser, como ele pediu, “artesãos do futuro””, lê-se no comunicado.

Também a Universidade Nova de Lisboa manifestou “profundo pesar” pela morte do Papa Francisco, “figura incontornável do nosso tempo” que será recordada pelo “compromisso inabalável com a justiça social, o diálogo inter-religioso e a dignidade humana” e que deixa um legado que “transcende fronteiras e continuará a inspirar gerações”, afirmou João Sàágua, citado em comunicado.

A Universidade Nova de Lisboa recorda o papel do Papa Francisco na “defesa dos mais vulneráveis”, no “apelo constate à paz” e na preocupação com questões como alterações climáticas, inclusão social e renovação da igreja “num espírito de proximidade e humildade”.

“A sua visão humanista e reformadora ressoou fortemente no meio académico, incentivando a reflexão e o debate sobre os grandes desafios do nosso tempo”, destacou a Universidade Nova de Lisboa em comunicado.

Lula da Silva diz que Francisco procurou de forma incansável levar amor onde existia ódio

O Presidente do Brasil lamentou hoje a morte do Papa Francisco e destacou que o líder da Igreja Católica procurou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio.

"A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou no seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", salientou Luiz Inácio Lula da Silva.

"Assim como ensinado na oração de São Francisco, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incasável levar o amor onde existia o ódio. A união onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo numa mesma casa, o nosso planeta", acrescentou.

O chefe de Estado decretou sete dias de luto oficial no Brasil e lembrou que Francisco também trouxe a questão das mudanças climáticas ao Vaticano e "criticou vigorosamente os modelos económicos que levam a humanidade a produzir tantas injustiças".

"[Francisco] mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdades entre países e pessoas e sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas preconceito", frisou o governante.

Primeira oração pública ao início da noite na Praça de São Pedro


A primeira oração pública pelo Papa Francisco será realizada esta segunda-feira na Praça de São Pedro às 19:30 locais (18:30 em Lisboa), anunciou o Vaticano.

Milhares de fiéis são esperados para esta oração do rosário, que será presidida pelo cardeal italiano Mauro Gambetti, segundo o gabinete de imprensa do Vaticano, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Causa da morte do Papa será divulgada esta noite

A causa da morte do Papa Francisco será divulgada ainda esta noite, disseram fontes do Vaticano, citadas pela Sky News, acrescentando que a data do funeral do pontífice deve ser anunciada amanhã.

Segundo um porta-voz do Vaticano, o corpo do Papa pode ser transferido para a Basílica de São Pedro na quarta-feira.

Guterres lamenta morte de mensageiro da "esperança e humanidade"

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamentou a morte do Papa Francisco, que recordou como "um mensageiro da esperança, humildade e humanidade".

“Junto-me ao mundo para lamentar o falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco, mensageiro da esperança, da humildade e da humanidade”, afirmou num comunicado, no qual sublinha que o pontífice “foi uma voz transcendental em defesa da paz, da dignidade humana e da justiça social”.

Na nota, o secretário-geral da ONU sublinhou que Francisco “deixa um legado de fé, serviço e compaixão para todos, especialmente para aqueles que estão marginalizados ou presos pelos horrores do conflito”.

"Foi um homem de fé para todas as fés, trabalhando com pessoas de todas as fés e origens para iluminar um caminho a seguir", acrescentou.

Comunidade Hindu diz que liderança de Francisco transcendeu fronteiras

A Comunidade Hindu de Portugal manifestou hoje “o mais profundo pesar” pela morte do Papa Francisco, considerando tratar-se de uma figura marcante cuja liderança espiritual transcendeu fronteiras religiosas, culturais e sociais.

“O Papa Francisco será lembrado como um homem de fé inabalável, humildade genuína e profundo compromisso com os mais vulneráveis. Foi um defensor incansável da paz, da justiça social, da ecologia integral e do diálogo entre religiões”, afirmou a Comunidade Hindu, em comunicado enviado à agência Lusa.

“A sua voz foi, ao longo dos anos, um farol de esperança num mundo tantas vezes marcado pela divisão e pela indiferença”, acrescenta-se no documento.

A comunidade recordou ainda, “com gratidão”, a visita do Papa a Lisboa por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em 2023, ao referir que foi um “momento histórico” em que Francisco se reuniu com representantes de diferentes tradições religiosas.

“A Comunidade Hindu de Portugal teve a honra de estar presente nesse encontro inter-religioso, testemunhando pessoalmente o seu apelo à fraternidade universal, ao respeito mútuo e à construção de pontes entre povos e crenças”, lê-se no texto.

“Enquanto comunidade espiritual, sentimos uma profunda afinidade com os valores que o Papa Francisco defendeu ao longo da sua vida: a Ahimsa (não-violência), a Karuna (compaixão), o Seva (serviço desinteressado) e o Sarva Dharma Sambhava (respeito por todas as religiões)”, exemplifica a comunidade.

Estes princípios, acrescenta, fazem parte do “coração do Sanātana Dharma”, o caminho eterno que orienta os valores universais do Hinduísmo e promove a harmonia, a verdade e a unidade na diversidade.

“Neste momento de luto e reflexão, unimo-nos à Igreja Católica e a todos os fiéis no tributo à vida e ao legado de um verdadeiro mensageiro da paz. Que a sua alma alcance a libertação espiritual e que o seu exemplo continue a inspirar a humanidade”, escreveram os líderes da Comunidade Hindu.

Bispo de Coimbra diz que Francisco deixou “desafios muito grandes e documentos fabulosos”

O bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, considerou hoje que o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, foi o Papa necessário para os tempos que se vêm atravessando, tendo deixado “desafios muito grandes e documentos fabulosos”.

“Foi exatamente o Papa para o nosso tempo, porque teve clarividência e iluminação do espírito para reconhecer a situação da Igreja, para reconhecer a situação do mundo. E, à luz do Evangelho, da tradição e da reflexão, propôs os caminhos que a Igreja deve percorrer”, destacou.

Em declarações à agência Lusa, Virgílio Antunes contou que “a morte do Santo Padre está carregada de uma emoção muito forte”.

“Foi o Papa com quem tive a graça e a possibilidade de contactar de uma forma mais próxima e mais direta, não só pelas suas visitas a Portugal, mas depois pelas minhas deslocações, de vez em quando, a Roma e, sobretudo, durante a realização do último sínodo”, apontou.

A proximidade e a convivência quase diária nas duas sessões da Assembleia Sinodal em que participou proporcionaram-lhe “uma ligação mais pessoal do que com os outros pontífices”, com os quais teve a oportunidade de conviver.

“Neste caso, há aqui uma emoção mais forte por este motivo. Depois, o Papa Francisco é, a todos os títulos, um grande Papa da Igreja do nosso tempo, que nos deixa caminhos para percorrer, que nos deixa desafios muito grandes e documentos fabulosos”, indicou.

De acordo com a página de Internet da Diocese de Coimbra, na quarta-feira, às 21:30, terá lugar na Sé Nova de Coimbra uma missa em oração pelo Papa Francisco.

Lusa

Europa não é o centro da Igreja, diz cardeal António Marto sobre futuro Conclave

O cardeal António Marto disse que não esperava ser tão cedo cardeal eleitor no Conclave para escolher o sucessor do Papa Francisco, que hoje morreu, e salientou que a Europa não é o centro da Igreja.

“Enquanto cardeal eleitor não esperava ser tão cedo”, afirmou à agência Lusa António Marto, acrescentando que também pode ser eleito, mas nem o pretende, nem tem esperanças de que tal suceda.

Em 2018, António Marto, à data bispo da Diocese de Leiria-Fátima, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires (Argentina), em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

António Marto disse que vai para Roma “o mais breve possível”.

“Só estou à espera que seja anunciado o dia do funeral, porque vou para o funeral e depois tenho de lá ficar para as chamadas congregações gerais, onde se vai dialogar sobre o estado da Igreja e o perfil de um novo Papa”, explicou, adiantando que depois também ficará para a posse do novo Papa.

Questionado como deve ser o próximo líder da Igreja Católica, o cardeal considerou que “tem de continuar estes processos que o Papa Francisco iniciou e lançou, e que agora quer sequência também”.

À pergunta se depois de um papa do “fim do mundo” será escolhido um papa europeu, o cardeal frisou que “a Europa hoje não é o centro do mundo, nem o centro da Igreja”, consideração que tem de ser tomada.

“Este Papa deixou-nos o exemplo para prestar atenção às periferias e fez coisas que só um Papa da América Latina foi capaz de fazer. Um Papa europeu acho que não era capaz de ter feito o que ele fez. Foi um Papa que vinha com liberdade, liberdade, uma liberdade de espírito”, assinalou.

Por outro lado, tinha uma “consciência muito aguda sobre o discernimento da situação da Igreja e do que a Igreja precisava para realizar a sua missão no mundo de hoje e neste tempo de hoje, sem nostalgia do passado”, realçou.

“Portanto, é neste tempo e neste mundo que a Igreja tem de exercer a sua missão, e ninguém escolhe o tempo e o mundo em que quer viver”, adiantou, acrescentando: “Eu acredito no Espírito Santo. Já nestes últimos papas tem vindo sempre um com o carisma próprio para o tempo em que vive. E acho que o próximo será também”, afirmou.

António Marto é um dos quatro cardeais eleitores portugueses no conclave que vai escolher o sucessor de Francisco, juntamente com Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça.

Lusa

António Marto: "Francisco teve as palavras mais urgentes em defesa dos migrantes"

O cardeal António Marto realçou o estilo de proximidade a todos e de compaixão por todos do Papa, que hoje morreu, e recordou que Francisco teve “as palavras mais pungentes e urgentes para a defesa dos migrantes”.

“Foi um estilo de proximidade a todos, de ternura, usou a linguagem da ternura, e de compaixão para com todos e, por isso, tocava o coração de todos. Com o seu estilo, deixou-nos a imagem de Igreja e deixou uma mensagem para a humanidade”, afirmou à agência Lusa António Marto, bispo emérito da Diocese de Leiria-Fátima.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

O cardeal recordou que Francisco chamava à Igreja “hospital de campanha”, sempre pronta “a acolher, em primeiro lugar, os feridos e a ajudar a curar as feridas”.

“Naturalmente, que se trata sobretudo de feridas morais, espirituais, psicológicas de que o mundo hoje está cheio e tanto precisa deste cuidado”, declarou, para destacar que o Papa deixou também “esta cultura do cuidado de uns pelos outros, sobretudo pelos mais vulneráveis”.

Para o cardeal, Francisco, “para a humanidade, foi um Papa atento e com uma mensagem sempre muito própria, muito adaptada aos problemas emergentes”.

Neste particular, referiu, por exemplo, a questão ambiental com a encíclica “Laudato Si’’, sobre o cuidado da casa comum, ou os apelos à paz.

“Para sair da guerra e da divisão entre as pessoas e os povos, apontava o caminho da fraternidade universal e da amizade social. É belíssimo, porque é a base espiritual da coesão social”, assinalou.

Já no que diz respeito ao fluxo migratório, o cardeal reconheceu que Francisco “teve, de facto, as palavras mais pungentes e urgentes para a defesa dos migrantes que perdiam a sua vida no mar, que saíam das suas terras onde viviam na miséria, ou na fome, ou na guerra, à procura de melhor qualidade de vida, de melhores condições de vida”.

“Era um Papa, de facto, atento aos problemas de hoje e abriu perspetivas de humanidade”, disse António Marto, sustentando que o Papa, “mesmo hoje, no meio de um mundo tão dividido, tão polarizado, tão fragmentado, era a única voz que tinha autoridade moral e audiência entre todos, mesmo nas confissões religiosas diferentes”.

António Marto admitiu ainda ter recebido a notícia da morte do Papa Francisco “com um sentimento profundo de consternação e comoção”.

“Perdemos um pai, um pastor amado por todo o povo de Deus e amado, penso eu, pela grande parte, a grande maioria da humanidade de hoje”, notou, para sublinhar o “reconhecimento e gratidão por tudo aquilo” que ele legou.

António Marto, que vai participar no Conclave para eleger o sucessor de Francisco, lembrou ainda que o Papa, como disse em Fátima, em 2017, deixou uma Igreja de “portas abertas”, tendo por ocasião da Jornada Mundial da Juventude defendido “uma Igreja onde têm lugar todos, todos, todos”.

“Será uma expressão inesquecível, penso eu, não só para a geração presente, mas para o futuro também”, sustentou.

Recuando a 2017, ao centenário dos acontecimentos de Fátima e à canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, em 2017, o então bispo de Leiria-Fátima lembrou que “um momento muito comovente foi na procissão do adeus, em que ele também tinha um lenço na mão e acenava” e as lágrimas brilhavam-lhe nos olhos.

Lusa

Comissão Justiça e Paz destaca "autenticidade evangélica" de Francisco

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) destacou hoje o testemunho de “autenticidade evangélica” do Papa Francisco, “visível até aos últimos momentos dessa vida, mesmo para além da doença e fragilidade que o atingiram”.

O Papa Francisco morreu hoje, no Vaticano, aos 88 anos.

Em comunicado, a CNJP, organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), liderado pelo juiz Pedro Vaz Patto, apela a que “não sejam esquecidas, num contexto internacional que delas parece afastar-se cada vez mais”, as mensagens de Francisco “em prol da justiça e da paz, da fraternidade universal, do amor preferencial para com os pobres e descartados, da promoção da vida humana e do cuidado da casa comum”.

Lusa

Papa pede em testamento para ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore com a inscrição de Franciscus

O Vaticano publicou na sua página oficial o testamento do Papa Francisco, escrito em 20222, no qual pede para ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, na nave lateral entre a Capela Paolina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza.

O túmulo deve ser enterrado e o Papa pediu que seja simples, sem qualquer decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus.

Quanto às despesas do seu funeral terão de ser cobertas pela quantia do benfeitor que providenciou em vida, tendo dado as devidas instruções ao monsenhor Rolandas Makrickas, comissário Extraordinário do Capítulo Libérico.

O texto do testamento concluiu da seguinte forma: "Que o Senhor dê a merecida recompensa àqueles que me amaram e continuarão a rezar por mim. O sofrimento que se tornou presente na última parte da minha vida, ofereci ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos."

Bispo de Vila Real fala num homem que lutou “incansavelmente” pela paz

O bispo de Vila Real disse que o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, lutou “incansavelmente pela paz e pela dignidade humana”, tendo sido o seu pontificado uma “bênção para a Igreja”.

“É uma notícia que nos enche de tristeza porque perdemos um grande pastor, um pai na fé, um irmão e uma pessoa de profunda humanidade”, afirmou António Azevedo, em comunicado.

Para o bispo, o mundo perde também “um profeta e um homem de Deus que, incansavelmente, lutou pela paz e pela dignidade humana”.

E acrescentou: “Apagou-se uma vida que brilhou como um clarão e nos iluminou com intensidade no meio de um mundo cheio de sombras”.

Na opinião de António Azevedo, a Igreja vê partir um Papa que imprimiu uma forte marca de renovação e a conduziu para um estilo mais próximo e fraterno.

O ministério do Papa Francisco foi “uma bênção para a Igreja”, ressalvou.

O bispo de Vila Real, que vai realizar na quarta-feira na Sé Catedral de Vila Real uma missa de sufrágio pelo Papa Francisco, pelas 18:00, recomenda que, no dia e hora do seu funeral, se toquem os sinos nas igrejas da diocese e seja guardado um tempo de silêncio e oração.

Lusa

Marcelo recorda o legado de Francisco: "Simples, aberto, carinhoso e pletórico de vida"

Na comunicação que fez ao país, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, relembrou a memória do Papa Francisco, que "não era um qualquer chefe de Estado amigo de Portugal", classificando o pontífice como "simples, aberto, carinhoso e pletórico de vida".

Numa declaração de pouco mais de cinco minutos, Marcelo passou em revista as visitas a Portugal, relembrando que, numa delas, em 2017, o Papa canonizou os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, dois dos videntes das aparições de Fátima. E depois recordou também o papel do papa na Jornada Mundial da Juventude, que foi um "momento inesquecível da presença portuguesa no mundo".

"Guardarei, guardaremos a humildade do pároco nunca rendido às vestes do bispo, do cardeal, do papa", disse o Presidente da República.

A fechar, Marcelo deixou um agradecimento: "Em nome de todos, crentes e não crentes, agradeço a Francisco o carinho que devotou a Portugal, mas sobretudo a sua presença. A sua luta é de todos e de cada qual, hoje, amanhã e sempre."

Marcelo Rebelo de Sousa recorda o Papa Francisco.
Marcelo Rebelo de Sousa recorda o Papa Francisco.FOTO: ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Presidente da Fundação JMJ 2023 agradece "exemplo de coragem e fé" de Francisco

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e bispo auxiliar de Lisboa, Alexandre Palma, agradeceu hoje o “exemplo de força, coragem e fé” que o Papa Francisco deixou a toda a Igreja.

Numa nota sobre a morte do Papa Francisco, ocorrida hoje aos 88 anos, no Vaticano, o bispo que sucedeu ao cardeal Américo Aguiar à frente da Fundação JMJ Lisboa 2023, recordou a presença do pontífice em Portugal para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e “a importância da mensagem de esperança, alegria e paz deixada, naquela que foi a última” JMJ do seu pontificado.

“Obrigado, Papa Francisco! Na JMJ, em Portugal e em Lisboa, fizeste-te peregrino connosco, convocaste-nos para a urgência de transformar o mundo em Casa Comum, comprometeste-nos a construir a Igreja como caminho para todos, (…) semeaste com todos os jovens uma semente de Esperança”, escreveu Alexandre Palma na mensagem enviada à agência Lusa.

Lusa

Donald Trump anuncia a presença no funeral do Papa Francisco

O presidente norte-americano Donald Trump anunciou hoje que irá marcar presença no funeral do Papa Francisco, cuja data ainda não é conhecida.

"Melania e eu vamos ao funeral do Papa Francisco, em Roma", escreveu o presidente dos Estados Unidos na rede social Truth Social.

Marcelo Rebelo de Sousa e Carlos Moedas na missa na Sé de Lisboa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, marcam presença esta noite na missa em homenagem ao Papa Francisco na Sé de Lisboa.

A cerimónia é presidida por Rui Valério, Patriarca de Lisboa.

San Lorenzo vai dar nome de Papa Francisco ao novo estádio

O clube do qual o Papa Francisco era adepto, o Club Atlético San Lorenzo de Almagro, vai dar ao seu novo estádio do nome do Pontífice que morreu esta manhã no Vaticano.

Numa carta enviada ao jornal desportivo espanhol Marca, Marcelo Moretti, presidente do clube argentino, revelou que em setembro de 2024, durante uma audiência com o Papa, pediu permissão a Jorge Bergoglio para batizar o novo estádio que que será construído no bairro de Boedo com o nome de "Papa Francisco". 

"Ele aceitou esse pedido com grande emoção", revelou Moretti, garantindo que no dia em que o recinto for inaugurado vai exibir a camisola autografada naquela ocasião pelo Papa no salão central para que os adeptos a possam ver.

Messi faz homenagem ao Papa que tornou "o mundo num lugar melhor"

O futebolista argentino Lionel Messi publicou uma mensagem na rede social Instagram na qual considerou o Papa Francisco "diferente", agradecendo-lhe por ter tornado "o mundo num lugar melhor".

PR e MNE assistiram a missa de homenagem na Sé de Lisboa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, estiveram presentes na missa em honra do Papa Francisco na Sé de Lisboa. 

Em representação do Governo, Paulo Rangel não quis prestar declarações à entrada da Sé, sublinhando apenas que era "uma celebração religiosa e que esse caráter devia ser respeitado". Marcelo, que já tinha falado ao país às 20:00, também não prestou declarações. 

Várias figuras marcaram presença na missa que foi convocada para as 21:00, como foi o caso do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, os dirigentes do CDS, Telmo Correia e o deputado Paulo Núncio que, juntamente com Paulo Rangel e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, assistiram na primeira fila à eucaristia.

À Sé de Lisboa dirigiram-se centenas de fiéis que quiseram despedir-se do Papa Francisco, com algumas pessoas a ter que assistir à missa de pé devido à grande afluência. 

O Patriarcado de Lisboa disponibilizou no exterior um ecrã para os fiéis que quisessem assistir à eucaristia.

Lusa

Carlos Moedas quer mudar nome do Parque Tejo para Parque Papa Francisco

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse hoje que vai levar à reunião de Câmara uma proposta para alterar o nome do Parque Tejo para Parque Papa Francisco.

À entrada da Sé de Lisboa, antes do início de uma missa de homenagem ao Papa Francisco, Carlos Moedas destacou o legado do Papa e a sua passagem pela cidade de Lisboa durante as Jornadas Mundiais da Juventude em 2023. Por isso, o autarca quer que o parque tenha o nome do Papa “para honrar a sua memória".

"Aqueles seis dias, de certa forma, não deixaram Lisboa na mesma, deixaram uma Lisboa de esperança, com os jovens, com aquilo que eram as preocupações deste Papa”, afirmou.

O patriarca de Lisboa, Rui Valério, confessou logo de seguida acolher bem esta iniciativa do presidente da Câmara de Lisboa, afirmando que esper

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