Mistério na Indonésia. Espanhola disse que ia à praia e desapareceu sem deixar rasto
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Mistério na Indonésia. Espanhola disse que ia à praia e desapareceu sem deixar rasto

María Matilde Muñoz Cazorla, de 72 anos, chegou à ilha de Lombok a 12 de junho e desde 2 de julho que não mais foi vista, nem responde às mensagens de WhatsApp. Polícia indonésia abriu investigação.
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A polícia indonésia está a investigar o desaparecimento María Matilde Muñoz Cazorla, uma cidadã espanhola de 72 anos, que chegou à ilha de Lombok em junho, mas que não é vista desde o início de julho, não havendo qualquer registo das autoridades relativo à sua saída do país do país.

Yasmara Harahap, chefe da polícia de Lombok Ocidental, que está na condução da investigação, revelou sexta-feira, 15 de agosto, que foi iniciada uma investigação na quarta-feira, após ter recebido uma notificação do Departamento de Relações Internacionais da Polícia Nacional da Indonésia, em coordenação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.

A mulher, natural da cidade galega de Ferrol, mas que reside em Maiorca, chegou à ilha em junho, onde tinha um quarto reservado até 20 de julho no Hotel Bumi Aditya, na costa oeste de Senggigi. No entanto, os funcionários da unidade hoteleira tenham visto a hóspede pela última vez a 2 de julho, de acordo com a polícia indonésia.

"Revistamos outros hotéis e vilas na região", disse Yasmara Harahap, mas até ao momento não há qualquer pista sobre seu paradeiro. "Se ela tivesse regressado a Espanha, havia um registo, mas não há, o que significa que ela ainda está na Indonésia", acrescentou.

O alerta foi dado pela sua amiga Olga Marín Calonge a 28 de julho na esquadra de Sant Feliu de Guixols, em Girona, Espanha, tendo afirmado que María não não respondia às suas mensagens de WhatsApp desde 7 de julho, nem elas apareciam como vistas. Por isso mesmo, acredita que "o desaparecimento não foi voluntário".

María Muñoz Cazorla, solteira e sem filhos, costuma viajar pela Ásia e deslocava-se frequentemente à Indonésia, nomeadamente a Lombok, ilha turística vizinha de Bali, sendo que mesmo em viagem era muito ativa na comunicação com seu grupo de amigos próximos.

O último contato com seu círculo próximo foi "no final de junho", de acordo com outra amiga, Marta Ventura, em declarações à agência espanhola EFE.

Nurmala Hayati, funcionária do Hotel Bumi Aditya, disse à EFE que María Muñoz fez o check-in a 12 de junho e "prolongou sua estadia" a 2 de julho até ao dia 20 o mesmo mês, tendo pagado adiantado e dito que "iria à praia". "Nunca mais a vi depois disso", afirmou.

"No dia 5 de julho, a equipa do hotel me informou que ela não não tinha voltado desde 2 de julho. Enviei-lhe uma mensagem de WhatsApp, mas ela não recebeu e só no dia 6 de julho respondeu, dizendo que estava no Laos", explicou Hayati.

Marta Ventura disse à EFE o hotel também a informou que a amiga "estava no Laos", algo que ninguém acredita até porque a agência que processou o visto de María Matilde Muñoz Cazorla diz que ela "não saiu do país".

"As informações da Imigração indicam que ela não saiu do país. O seu visto ainda está ativo e expira em novembro", disse à EFE o fundador da agência Aer Visa Lombok, Sudiaji Gare.

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