Reviravolta: em vez de demitir Michael Waltz, Trump nomeia-o embaixador dos EUA na ONU
O presidente dos EUA, Donald Trump, afastou Michael Waltz do cargo de conselheiro de Segurança Nacional, mas nomeou-o embaixador nas Nações Unidas. O secretário de Estado, Marco Rubio, acumulará essa função com a de conselheiro interino.
O anúncio foi feito por Trump, na Truth Social, quando se esperava que demitisse simplesmente Waltz.
"Tenho o prazer de anunciar que irei nomear Mike Waltz para ser o próximo embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas. Desde o seu tempo de uniforme no campo de batalha, no Congresso e como meu Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz trabalhou arduamente para colocar os interesses da nossa nação em primeiro lugar. Sei que fará o mesmo no seu novo cargo", indicou Trump.
O até agora conselheiro de Segurança Nacional caiu em desgraça depois de ter adicionado, por erro, um jornalista da revista The Atlantic a uma conversa no Signal onde o secretário da Defesa, Pete Hegseth, discutia os planos para um ataque contra os rebeldes Houthis no Iémen.
Trump defendeu em várias ocasiões Waltz, dizendo que ele tinha "aprendido a lição" e que era "um bom homem".
A primeira escolha de Trump para as Nações Unidas tinha sido a congressista Elise Stefanik, eleita por Nova Iorque, que tinha ainda que ser aprovada pelo Senado - Waltz também terá que ser. Mas, há um mês, o presidente pediu-lhe para retirar o nome, querendo proteger a maioria (mínima) republicana no Congresso.
Entretanto, Marco Rubio acumulará o cargo de secretário de Estado com o de conselheiro de Segurança Nacional interino.
Quando se falava na demissão de Waltz, um dos nomes que se falava para o substituir no cargo de conselheiro era o de Steve Witkoff. Apesar de oficialmente ser o enviado-especial de Trump para o Médio Oriente, na prática é também o homem que o presidente norte-americano tem enviado para negociar com o líder russo, Vladimir Putin, sobre a paz na Ucrânia.