Estudantes da universidade mais antiga de Sydney, na Austrália, que se manifestam em defesa do povo palestiniano e, outros, em defesa de Israel, envolveram-se esta sexta-feira em desacatos, de acordo com a imprensa..A Associated Press conta que vários estudantes montaram acampamentos em universidades nas principais cidades australianas que nas últimas duas semanas têm protestado contra a ofensiva de Israel em Gaza e exigido que as Universidades cortem todos os laços académicos com Israel, nomeadamente parcerias de investigação com fabricantes de armas..Também hoje, decorreu na Universidade de Sydney, a mais antiga da Austrália, um contraprotesto de apoio a Israel..De acordo com a Australian Broadcasting Corporation, registaram-se confrontos entre os grupos, tendo os apoiantes de ambos os lados recuado devido à forte presença de segurança..Já de acordo com a agência espanhola EFE, os protestos pró-palestina contra a ação militar de Israel em Gaza espalharam-se, na quinta-feira à noite, a mais universidades francesas..Em Paris, algumas instalações do Instituto de Estudos Políticos foram ocupadas por várias dezenas de estudantes após uma votação que se seguiu a uma assembleia, situação que levou a direção da instituição a avisar os funcionários que iria encerrar vários edifícios na rua central Saint Guillaume e a pedir-lhes que fizessem teletrabalho..Seis estudantes anunciaram que iam iniciar uma greve de fome..Em Lyon, no leste da França, o anfiteatro do Instituto de Estudos Políticos da cidade foi ocupado por cerca de uma centena de jovens, ação decidida após votação em assembleia..Depois de um comício eleitoral na vizinha Vénissieux, a presidente do grupo parlamentar do partido de esquerda France Insoumise (LFI), Mathilde Panot, e a advogada franco-palestiniana Rima Hassan, candidata do partido às eleições europeias, deslocaram-se ao centro universitário para expressar o seu apoio aos ocupantes..Somam-se relatos de ocupações na Escola de Jornalismo de Lille, no norte da França, e de uma manifestação prevista para o campus da Universidade de Grenoble, no sudeste..A Secretária de Estado para a Igualdade e Anti-Discriminação, Aurorte Bergé, lamentou hoje que alguns estudantes pró-Palestina façam o gesto de mostrar as mãos pintadas de vermelho, o que alude ao assassinato de dois israelitas em Ramallah (Cisjordânia) em 2000.