Micheál Martin vai ser primeiro-ministro até novembro de 2027.
Micheál Martin vai ser primeiro-ministro até novembro de 2027.EPA/MAXWELL'S / HANDOUT

Martin eleito primeiro-ministro da Irlanda após dia caótico no Parlamento

Líder do Fianna Fáil vai chefiar o governo até novembro de 2027 e depois troca com Simon Harris.
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O Parlamento irlandês elegeu esta quinta-feira Micheál Martin, líder do Fianna Fáil, como primeiro-ministro, cerca de 24 horas depois da sua nomeação ter sido cancelada devido a uma sessão plenária caótica, fruto das exigências de um grupo de deputados que agora fazem parte da coligação governamental.

Nas suas primeiras declarações como chefe do governo, Martin afirmou que se vai “manter aberto a ideias construtivas”. “Ao olhar hoje para a Irlanda, é claro que pode haver um certo grau de cinismo em relação à política e muitas vezes rejeitamos a motivação dos outros, especialmente daqueles de quem discordamos. Eu rejeito isso. (...) Acredito que a política continua a ser uma força para o bem, uma força para uma mudança positiva”, referiu o líder do Fianna Fáil, que viu o seu nome ser aprovado com 95 votos a favor e 76 contra.

Este novo governo, resultado das eleições de 29 de novembro, é formado mais uma vez pela coligação entre o Fianna Fáil e o Fine Gael, do primeiro-ministro cessante Simon Harris. E, como tem sido hábito no acordo entre os dois partidos, Martin, que já liderou o governo entre 2020 e 2022, trocará de posição em novembro de 2027 com Harris, que até lá será vice-primeiro-ministro.

A confirmação de Martin estava agendada para quarta-feira, mas passou para quinta-feira depois de o novo membro da coligação governamental - um grupo de deputados independentes rurais - ter insistido em ter direitos de tempo no Parlamento como executivo e como oposição. O que levou a uma sucessão de intervenções acaloradas no plenário, cujos trabalhos foram suspensos por três vezes pela presidente Verona Murphy, até ao seu cancelamento. Depois de negociações durante a noite, o Sinn Féin, que lidera a oposição, recebeu a garantia de Martin de que os deputados independentes da sua coligação não se apresentarão como membros da oposição.

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