O Presidente Nicolás Maduro disse que a Venezuela está preparada para se defender, depois de o ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pedir uma intervenção internacional para o afastar do poder."A Venezuela tem-se preparado, juntamente com Cuba, com a Nicarágua, com os nossos irmãos mais velhos do mundo, para que, se um dia tivermos de pegar nas armas para defender o direito à paz, o direito à soberania e os direitos históricos da nossa pátria, possamos travar a batalha e voltar a ganhá-la", disse Maduro, no sábado..Consulado da Venezuela em Lisboa alvo de ataque com engenho explosivo.O líder falava em Caracas, no encerramento do Festival Internacional Mundial Antifascista, durante o qual sublinhou que a Venezuela está preparada para "dar a batalha na luta armada e voltar a ganhar"."Não nascemos no dia dos covardes ou dos pusilânimes. Não somos líderes tíbios. Somos a revolução bolivariana do século XXI. Que ninguém se equivoque sobre a Venezuela. Que ninguém se engane connosco. Se for a bem, a bem avançaremos. E se for a mal, os venceremos. Para que respeitem o nosso povo", disse.Num discurso inflamado, Maduro, insistiu que "Álvaro Uribe Vélez, é um triste paramilitar e traficante de droga, assassino e criminoso"."Hoje [sábado] a pedir a intervenção militar na Venezuela, covarde. Vem para a frente das tropas. Álvaro Uribe, espero por ti no campo de batalha, covarde, ruim, fascista, criminoso, narcotraficante. Mostra a cara, não mandes outros, criminoso. Abaixo Uribe, abaixo o fascismo e acima o povo", disse.Maduro disse ainda que "ninguém quer a intervenção militar que Uribe está a pedir. Ninguém quer mais sanções, ninguém quer mais violência", sublinhando que os venezuelanos querem "democracia, liberdade, entendimento, harmonia, reconciliação e reencontro" e que "é isso o que vai haver".O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pediu no sábado uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar Maduro do poder.O pedido ocorreu um dia depois de Maduro tomar posse para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das presidenciais."Pedimos uma intervenção internacional, de preferência apoiada pelas Nações Unidas, para remover estes tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres", disse Uribe num evento político em Cúcuta, nas proximidades da fronteira colombo-venezuelana, citado pela agência de notícias EFE.Com uma bandeira da Venezuela nas mãos, Uribe participou numa "concentração pela liberdade" da Colômbia e da Venezuela e manifestou apoio aos líderes da oposição venezuelana, María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, que disse serem "campeões universais da democracia".O ex-presidente da Colômbia apelou ainda às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela para que "cumpram as suas funções de acordo com a Constituição" venezuelana e "ajudem a desalojar a ditadura".