Reféns continuam sob controlo do Hamas.
Reféns continuam sob controlo do Hamas.EPA/ABIR SULTAN/ Lusa /Arquivo

Médio Oriente: Netanyahu diz estar consternado com vídeos de reféns

A publicação de três vídeos a mostrar dois reféns causou grande comoção em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de chegar o mais rápido possível a um acordo para os libertar.
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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, expressou "profunda consternação" com os últimos vídeos divulgados, pelo Hamas e a aliada Jihad Islâmica, dos reféns israelitas na Faixa de Gaza, de acordo com um comunicado divulgado divulgado este domingo, 03 de agosto.

"O primeiro-ministro expressou profunda consternação com as gravações divulgadas pela organização terrorista Hamas e disse às famílias que os esforços para trazer de volta todos os nossos reféns continuam e continuarão (...) sem descanso", lê-se na nota.

A publicação desde quinta-feira pelo Hamas e pela aliada Jihad Islâmica de três vídeos a mostrar dois reféns causou grande comoção em Israel e reacendeu o debate sobre a necessidade de chegar o mais rápido possível a um acordo para os libertar.

Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se no sábado à noite em Telavive em apoio às famílias e para exigir a libertação dos reféns. Ainda segundo a nota, Netanyahu "teve uma longa conversa" com as "famílias dos reféns Rom Breslevski e Evyatar David", ambos exibidos nos últimos vídeos.

Nas imagens dos dois grupos, os reféns aparecem visivelmente enfraquecidos e magros, numa encenação que visa estabelecer um paralelo com a atual situação humanitária em Gaza, ameaçada de "fome generalizada", de acordo com a ONU.

No vídeo de Evyatar David, apresentado com a frase “Eles comem o que nós comemos”, aparecem imagens de crianças subnutridas em Gaza, alternadas com as de David, que se encontra fechado no que aparenta ser um túnel, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. 

Evyatar David e Rom Braslavski, ambos de 24 anos, foram raptados num festival de música, no ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, que deu início à guerra. "A crueldade do Hamas não tem limites", comentou ainda Netanyahu, ainda de acordo com o gabinete do primeiro-ministro.

"Enquanto o Estado de Israel permite a entrada de ajuda humanitária para os habitantes de Gaza, os militantes do Hamas estão deliberadamente a matar os nossos reféns à fome e a filmá-los de forma cínica e odiosa", afirmou.

Os militantes do Hamas "também estão deliberadamente a matar de fome os habitantes da Faixa de Gaza, impedindo-os de receber ajuda, e a ecoar uma campanha de propaganda enganosa contra Israel", continuou, apelando aos "países do mundo para que se mobilizem para condenar claramente os abusos criminosos nazis da organização terrorista Hamas".

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.219 pessoas do lado israelita, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse realizada a partir de dados oficiais.

As represálias de Israel causaram pelo menos 60.332 mortes na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

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