Manifestação pela libertação de Öcalan.
Manifestação pela libertação de Öcalan.EPA/SALVATORE DI NOLFI

Líder do PKK pede aos militantes para deporem as armas

Abdullah Öcalan fez um apelo histórico para acabar com mais de quatro décadas de conflito com a Turquia.
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O líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), Abdullah Öcalan, a servir pena de prisão perpétua desde 1999, apelou esta quinta-feira aos militantes do grupo para que deponham as armas após mais de 40 anos de insurgência contra o Estado turco.

"Todos os grupos devem depor as armas e o PKK deve dissolver-se", terá dito o septuagenário Öcalan, que cumpre pena por traição na prisão da ilha de Imrali, perto de Istambul. O líder do PKK apelou a uma nova "época de paz" e uma "sociedade democrática".

A declaração de Öcalan foi lida por deputados do Partido Liberdade e Democracia (pró-curdo) num encontro em Istambul.

"Ao longo da história de mais de mil anos, turcos e curdos sempre consideraram necessário permanecer numa aliança, com um aspeto predominantemente voluntário, para manter a sua existência e sobreviver contra potências hegemónicas", escreveu Öcalan.

"Neste clima criado pelo apelo feito por [o líder do Partido do Movimento Nacionalista] Devlet Bahçeli, a vontade demonstrada pelo presidente [turco Recep Tayyip Erdogan] e as abordagens positivas de outros partidos políticos em relação ao chamamento conhecido, apelo a depor as armas e assumo a responsabilidade histórica deste chamamento", concluiu.

Erdogan terá oferecido liberdade condicional a Öcalan se o PKK rejeitasse a violência e se dissolvesse.

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