Corina Machado discursa para os seus apoiantes em Caracas.
Corina Machado discursa para os seus apoiantes em Caracas.EPA/RONALD PENA R.

Líder da oposição da Venezuela detida no dia em que reapareceu em público

Autoridades afetas ao regime de Nicolás Maduro dispararam contra as motas que transportavam Maria Corina Machado, confirmam vários meios de comunicação social da América do Sul.
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A líder opositora na Venezuela, María Corina Machado, foi esta quinta-feira "violentamente intercetada", depois de comparecer numa manifestação para reivindicar a vitória do candidato da oposição nas presidenciais de julho, após mais de quatro meses escondida, denunciou a sua equipa.

"María Corina foi violentamente intercetada quando saía da manifestação em Chacao. Esperamos poder confirmar a sua situação dentro de alguns minutos. Membros do regime dispararam contra as motas que a transportavam", denunciou o Comando Venezuela no seu perfil oficial nas redes sociais.

Autoridades afetas ao regime de Nicolás Maduro dispararam contra as motas que a transportavam, confirmam vários meios de comunicação social da América do Sul.

Corina Machado foi detida precisamente no dia em que reapareceu publicamente num protesto em Chacao, em Caracas, tendo sido cercada por centenas de apoiantes, depois de ter estado 133 dias na clandestinidade, mais concretamente desde 28 de agosto.

Mais de quatro meses depois da sua última aparição pública e na véspera da posse presidencial, que tanto o presidente Nicolás Maduro quanto o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, prometem assumir, Machado havia saído às ruas para reclamar, mais uma vez, a vitória da oposição nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Vestida de branco e agitando uma bandeira venezuelana, Maria Corina Machado chegou ao comício no distrito comercial de Chacao num camião, sob muitos aplausos.

O presidente Nicolás Maduro foi proclamado vencedor das presidenciais de 28 de julho, com 52% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), considerado sob controlo do poder.

Maduro tenciona ser indigitado na sexta-feira para um terceiro mandato presidencial.

O CNE não divulgou as atas eleitorais das assembleias de voto, afirmando ter sido vítima de um ataque informático, um argumento considerado pouco credível por muitos observadores.

A oposição, que divulgou as atas eleitorais fornecidas pelos seus escrutinadores, garante que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, obteve mais de 67% dos votos.

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