Marcelo com Lula no Brasil, em fevereiro de 2025
Marcelo com Lula no Brasil, em fevereiro de 2025 FOTO: António Cotrim / Lusa

Lula quer celebrar 2 de julho como segundo dia da independência do Brasil. Marcelo percebe a ideia

Presidente brasileiro quer assinalar o dia em que as tropas portuguesas foram expulsas da Baía como o Dia Nacional da Consolidação da Independência
Publicado a
Atualizado a

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quarta-feira perceber a ideia do Presidente brasileiro, Lula da Silva, de celebrar o 2 de Julho como Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil.

O Dia da Independência do Brasil comemora-se a 7 de setembro, mas o presidente brasileiro quer assinalar também o dia em que as tropas portuguesas foram expulsas da Baía.

"Eu percebo a ideia", respondeu o chefe de Estado português, questionado pelos jornalistas na Cidadela de Cascais, no distrito de Lisboa.

"A ideia é a seguinte: houve, de facto, a independência, o chamado grito do Ipiranga do príncipe regente D. Pedro, que viria a ser o primeiro imperador do Brasil, e depois houve, de facto, em algumas partes do Brasil resistências nomeadamente de militares portugueses", enquadrou.

O Presidente da República acrescentou que houve "militares portugueses que entenderam que não se justificava seguir o passo do futuro imperador do Brasil" e que a Bahia foi "dos últimos pontos do futuro império brasileiro a aderir à independência".

"E, portanto, eu percebo a ideia. A ideia é dizer que foi o facto de essa rebelião ter sido superada, vencida, que consolidou o passo de D. Pedro dado inicialmente. Corresponde à História", acrescentou. 

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que "de facto, a iniciativa é de D. Pedro, embora com o apoio generalizado de brasileiros e das forças armadas que apoiavam até então o príncipe regente, mas é verdade que houve algum tempo até haver essa consolidação, e que a consolidação é vista como uma espécie de confirmação do que aconteceu no momento da declaração da independência".

Marcelo com Lula no Brasil, em fevereiro de 2025
Brasil será recíproco em eventuais restrições na imigração. "Não haverá deportação em massa", diz ministro

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt