Um casal norte-americano foi esta quarta-feira, 19 de novembro, condenado por duas acusações de homicídio qualificado e duas acusações de abuso infantil, depois de matarem e decapitarem a filha de 13 anos e o filho de 12, em novembro de 2020.Maurice Jewel Taylor, de 39 anos, e Natalie Sumiko Brothwell, de 48, podem apanhar prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional e uma pena consecutiva de seis anos e quatro meses numa prisão estadual, cuja sentença será proferida a 13 de janeiro.Um juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles considerou o casal culpado. “Este foi um ato monstruoso de crueldade que destruiu uma família inteira. Duas crianças inocentes foram brutalmente assassinadas e os seus irmãos mais novos foram deixados a viver um horror inimaginável", afirmou o procurador do condado de Los Angeles, Nathan J. Hochman, em comunicado.Os crimes aconteceram a 29 de novembro de 2020, quando Taylor e Brothwell esfaquearam e decapitaram a filha Maliaka, de 13 anos, e o filho Maurice, de 12, na casa da família em Lancaster, no condado de Los Angeles, estado da Califórnia, de acordo com documentos judiciais.O casal obrigou depois os outros dois filhos, de 8 e 9 anos, a ver os corpos, antes de os confinar aos seus quartos sem comida, segundo a acusação.O alerta para as autoridades foi dado pelos clientes de Maurice Jewel Taylor, um personal trainer, que deixou de responder às mensagens e faltou a uma sessão de treino online, através da aplicação Zoom, durante a pandemia de covid-19.“Eu sabia que eles não estavam fora da cidade. Não tinham dinheiro para viajar”, disse um cliente ao Los Angeles Times em 2020.Os detetives da Divisão de Homicídios do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles, que investigavam a cena do crime, encontraram as crianças decapitadas em quartos separados na sexta-feira seguinte.Taylor foi detido a 4 de dezembro de 2020 e acusado quatro dias depois. Na altura, Brothwell era apenas considerada uma pessoa de interesse, tendo sido detida e acusada somente em setembro de 2021.“O veredicto do júri faz justiça a estas vítimas e envia uma mensagem poderosa: aqueles que cometem atos tão malignos serão responsabilizados na totalidade”, disse Hochman.