Meloni defende que a NATO deve permanecer firme.
Meloni defende que a NATO deve permanecer firme.Andrej ISAKOVIC / AFP

Itália é contra o uso das suas armas em solo russo

Secretário-geral da NATO apela a que os aliados reconsiderem as suas restrições. Washington e Londres já deram luz verde a Kiev nesse sentido.
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A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, reiterou ontem a sua oposição ao uso de armas fornecidas por Roma à Ucrânia em solo russo, depois de o líder da NATO ter sugerido deixar Kiev atacar alvos para além da sua fronteira.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou à The Economist que os aliados da Ucrânia deveriam considerar deixar Kiev usar armas fornecidas pela NATO para atingir alvos na Rússia, em vez de restringir o seu uso ao território ucraniano. “Não sei porque é que Stoltenberg disse tal coisa, penso que temos de ter muito cuidado”, referiu Meloni, acrescentando concordar que “a NATO deve permanecer firme, e não dar o sinal de que está a ceder”.

A Ucrânia tem lançado ataques através da fronteira com a Rússia, especialmente na região de Belgorod, tática que considera uma retaliação justa contra Moscovo. Segundo a The Economist, a Ucrânia até agora tem utilizado drones produzidos internamente para estes ataques. “Chegou a altura de os aliados considerarem se deveriam suspender algumas das restrições que impuseram ao uso de armas que doaram à Ucrânia”, disse Stoltenberg à Economist . “Negar à Ucrânia a possibilidade de usar estas armas contra alvos militares legítimos em território russo torna muito difícil para eles defenderem-se”.

Há duas semanas, o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, parece ter dado luz verde tacitamente a ataques ucranianos com armas ocidentais em território russo. “Não encorajámos nem permitimos ataques fora da Ucrânia, mas, em última análise, a Ucrânia tem de tomar decisões por si própria sobre como vai conduzir esta guerra”, referiu. No início do mês, o líder da diplomacia britânica, David Cameron, já havia dito que Kiev podia usar armas fornecidas por Londres em território russo.

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