Trump reuniu Conselho de Segurança Nacional e pondera intervenção no Irão
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Trump reuniu Conselho de Segurança Nacional e pondera intervenção no Irão

Pelo quinto dia consecutivo, as hostilidades entre Israel e Irão não dão sinais de abrandamento. Acompanhe aqui os principais desenvolvimentos deste conflito no Médio Oriente.
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Hamas alerta para "perigo" de intervenção dos EUA

O movimento islamita palestiniano Hamas alertou para o "perigo" da participação direta dos Estados Unidos nos ataques israelitas ao Irão, responsabilizando Washington e Telavive por uma possível escalada na região.

"As ameaças americanas de intervenção militar contra o Irão estão a levar a região à beira da explosão", afirmou o Hamas em comunicado, no qual expressa "forte condenação" das "ameaças americanas".

"Alertamos para o perigo do envolvimento direto dos EUA", afirmou o movimento palestiniano, que insta "os países árabes e islâmicos a adotarem uma postura unificada e responsável" face aos ataques israelitas.

Trump reuniu Conselho de Segurança Nacional e pondera intervenção

O Presidente norte-americano, Donald Trump, reuniu hoje o seu Conselho de Segurança Nacional para discutir o conflito entre Israel e Irão, anunciou a Casa Branca, enquanto pondera uma intervenção neste país.

A reunião, que decorreu na Sala de Situação da Casa Branca, durou cerca de uma hora e 20 minutos, disse à AP um funcionário da presidência norte-americana que pediu o anonimato.

As autoridades norte-americanas insistem que Washington não está envolvido na ofensiva israelita, salientando que Donald Trump continua a considerar todas as opções possíveis.

Segundo os media norte-americanos, as opções em cima da mesa incluem a utilização de bombas norte-americanas de alta potência, conhecidas como “destruidoras de ‘bunkers’”, contra a instalação nuclear iraniana de Fordo, construída debaixo de uma montanha.

Israel tem nos últimos dias visado vários alvos do programa nuclear iraniano - incluindo instalações e cientistas - mas as suas bombas não conseguem atingir alvos a tão grande profundidade como Fordo.

A cadeia televisiva NBC noticiou, com base em altos responsáveis da administração que falaram anonimamente, que entre as opções consideradas por Trump está um ataque ao Irão.

O New York Times refere que Donald Trump também poderá enviar aviões-tanque para permitir que os aviões de guerra israelitas realizem missões de longo alcance.

Exército israelita coloca norte do país em alerta por lançamento de mísseis

Um novo alerta devido ao lançamento de mísseis iranianos em direção a Israel levou as autoridades deste país a ordenarem à população, sobretudo de cidades do norte, que procure abrigo.

"As sirenes de ataque aéreo soaram em várias regiões de Israel após a identificação de mísseis lançados do Irão em direção ao Estado de Israel", informaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) em comunicado, citado pela AFP.

O Comando da Frente Interna especificou que o alerta, que implica que a população deve procurar abrigo, afetou a maioria das cidades do norte do país.

As IDF emitiram um alerta semelhante pelas 19:46 de Lisboa (21:46 locais), indicando que as defesas antiaéreas estavam em operação.

Este alerta foi desativado cerca de 15 minutos depois.

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas instou hoje os residentes das cidades israelitas de Haifa e Telavive a abandonarem as suas casas, alertando para “operações punitivas" iminentes.

"As operações punitivas serão realizadas em breve", disse Abdolrahim Mousavi num comunicado em vídeo transmitido pela televisão estatal no quinto dia da guerra entre Israel e o Irão, iniciada na madrugada de 13 de junho.

Os ataques iranianos anteriores com mísseis e drones foram lançados até agora apenas para fins de dissuasão, acrescentou.

"Os residentes dos territórios ocupados [Israel], particularmente Telavive e Haifa, são fortemente encorajados a deixar estas áreas para sua própria segurança", declarou Mousavi, que foi recentemente apontado para a chefia das Forças Armadas, em substituição de Mohammad Bagheri, morto no primeiro dia dos ataques israelitas no Irão.

Por seu lado, a Guarda Revolucionária do Irão anunciou ter lançado um ataque contra bases aéreas israelitas, que alegou serem usadas pelos aviões militares que bombardeiam território iraniano.

"Nesta nova onda de ataques, foi realizada uma operação de mísseis em grande escala contra as bases aéreas do Exército do regime sionista, que são as bases de onde os aviões de guerra do regime descolam para o nosso amado país", afirmou a Guarda Revolucionária, a força ideológica do regime.

As Forças de Defesa israelitas anunciaram por seu lado que a força aérea de Israel bombardeou hoje instalações de mísseis no oeste do Irão.

“Há pouco tempo, a força aérea israelita levou a cabo uma série de ataques no oeste do Irão”, disse o comando militar num comunicado, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A mesma fonte disse que “vários locais e dezenas de lançadores de mísseis superfície-superfície foram atingidos”.

Cerca de 1800 feridos e 35 mulheres e 10 crianças mortas no Irão desde sexta-feira

O Governo iraniano indicou que os ataques israelitas iniciados na sexta-feira feriram cerca de 1.800 pessoas e mataram 35 mulheres e 10 crianças, embora não fornecendo um número atualizado de mortos, informou hoje a agência noticiosa Irna.

Trump diz que céus do Irão estão sob “controlo total e completo”

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que os Estados Unidos (EUA) “têm agora o controlo total e completo dos céus do Irão”, após a vaga de bombardeamentos iniciada a 13 de junho pelo Exército israelita.

“Agora, temos o controlo total e completo sobre os céus do Irão. O Irão tinha bons detetores aéreos e outros equipamentos de defesa, e muitos, mas não se comparam aos que são feitos, concebidos e fabricados nos Estados Unidos. Ninguém o faz melhor do que os bons e velhos Estados Unidos”, escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.

Trump sabe do paradeiro do líder supremo iraniano mas afasta matá-lo "por enquanto"

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje saber “onde se esconde” o líder supremo do Irão, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, mas afastou, “por enquanto”, tomar a decisão de matá-lo.

“Sabemos exatamente onde se esconde o chamado ‘líder supremo’. É um alvo fácil, mas lá ele está seguro. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos por enquanto”, afirmou o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma Truth Social.

Trump advertiu que não quer “que sejam disparados mísseis contra civis ou soldados norte-americanos” e destacou que “a paciência está a esgotar-se”.

“Rendição incondicional”, acrescentou, noutra publicação na rede social, o Presidente norte-americano, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.

Trump pode decidir tomar novas medidas contra o Irão, avisa JD Vance

Donald Trump pode decidir tomar novas medidas para colocar ponto final aos esforços de enriquecimento nuclear do Irão, avisou esta terça-feira o vice-presidente JD Vance.

Numa publicação no X, Vance afirma que os últimos 25 anos de "política externa idiota" vão, sem dúvida, deixar os americanos preocupados com os planos de Trump. "Mas acredito que o presidente conquistou alguma confiança nesta questão", acrescentou.

"E tendo visto isto de perto e pessoalmente, posso garantir que ele só está interessado em utilizar as forças armadas americanas para atingir os objetivos do povo americano. O que quer que ele faça, esse é o seu foco", concluiu.

Xi Jinping "profundamente preocupado". Presidente chinês fala pela primeira vez sobre conflito

A China está "profundamente preocupada! com os ataques israelitas ao Irão, afirmou o presidente, Xi Jinping, na sua primeira declaração pública sobre o conflito que eclodiu na sexta-feira.

Xi falava à margem de uma cimeira com outras cinco nações da Ásia Central na capital do Cazaquistão, Astana. E afirmou que a China se opõe a qualquer ação que viole a soberania, a segurança e a integridade territorial de outros países.

"Todas as partes devem trabalhar para diminuir o conflito o mais rápido possível e evitar que a situação piore ainda mais", afirmou Xi, citado pela emissora estatal chinesa CCTV.

Sirenes tocam no centro de Israel

O Irão lançou uma nova vaga de mísseis contra Israel, de acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês). Os alertas foram ouvidos em Telavive e em várias zonas do país.

A Força Aérea Israelita está a trabalhar para interceptar a ameaça, acrescentaram as IDF.

Quatro pessoas ficaram feridas a caminho dos abrigos, informou o Magen David Adom, o serviço de emergência israelita.

Israel diz que vai atacar “alvos estratégicos" em Teerão durante esta terça-feira

A Força Aérea israelita vai atacar esta terça-feira, 17 de junho, “alvos muito significativos, alvos estratégicos, alvos do regime e infraestruturas” em Teerão, de acordo com o jornal Times of Israel. A informação foi revelada pelo ministro da Defesa israelita, Israel Katz, dando conta que as IDF vão emitir um aviso de evacuação.

O governante disse ainda que Israel está "prestes a destruir" mais "de 10 alvos nucleares”.

Xi Jinping admite que a China está “profundamente preocupada”

Presidente chinês, Xi Jinping
Presidente chinês, Xi JinpingEPA/XINHUA / Ju Peng CHINA OUT

Ao quinto dia do conflito, o presidente chinês, Xi Jinping, admitiu esta terça-feira, 17 de junho, que a China está “profundamente preocupada” com a ofensiva militar israelita contra o Irão.

"O lançamento de uma ação militar por Israel contra o Irão provocou uma súbita escalada da tensão no Médio Oriente e a China está profundamente preocupada com esta situação”, disse o presidente chinês, segundo a AFP, que cita a agência de notícias Xinhua.

Xi Jinping disse ainda que a China está contra "qualquer ato que infrinja a soberania, a segurança e a integridade territorial de outros países”.

Agência da ONU acredita que central de enriquecimento de urânio no Irão pode ter sofrido "impactos diretos"

Ataques aéreos israelitas podem ter atingido uma central de enriquecimento de urânio no Irão, em Natanz, informou esta terça-feira, 17 de junho, a Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA, na sigla em inglês).

A agência da ONU referiu que os pavilhões de centrifugação podem ter sofrido "impactos diretos".

"Com base na análise contínua de imagens de satélite de alta resolução recolhidas após os ataques de sexta-feira, a AIEA identificou elementos adicionais que indicam impactos diretos nas salas de enriquecimento subterrâneas em Natanz", disse a Agência Internacional de Energia Atómica, citada pela imprensa internacional.

De acordo com a Associated Press (AP), esta é a primeira vez que a IAEA refere danos causados ​​pelos ataques israelitas nas áreas subterrâneas de Natanz, naquela que é considerada a principal instalação de enriquecimento de urânio no Irão.

Encerramento temporário da embaixada portuguesa em Teerão. Retirados mais sete portugueses do Irão, diz Governo

O Governo português determinou o encerramento temporário da embaixada em Teerão e afirmou que prosseguem as operações de repatriamento no Médio Oriente, tendo sido retirados esta terça-feira, 17 de junho, mais sete portugueses do Irão.

O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, nos Passos Perdidos no parlamento, à margem do debate do XXV Governo Constitucional.

Numa curta declaração, Rangel quis sinalizar que “as operações de repatriamento nos vários locais do Médio Oriente continuam”.

“Mas hoje foi concluída a operação no Irão, embora ainda esteja em curso a sua fase final, saíram mais sete cidadãos portugueses e, na sequência disso, determinei o encerramento temporário da embaixada em Teerão devido à gravidade da situação atual”, anunciou.

Questionado sobre quanto tempo poderá durar este encerramento, o ministro disse não poder ainda prever.

“Queria dar nota de que este encerramento será temporário, haverá um recuo para um outro país em que temos a embaixada e, assim que seja possível, será reaberta a embaixada”, afirmou.

O ministro fez ainda questão de deixar “um agradecimento muito especial” a dois diplomatas: o encarregado de negócios André Oliveira, que estava em férias na sexta-feira e regressou logo no sábado de manhã para conduzir esta operação, e também ao técnico superior, Hélder Lourenço, que estava em missão especial de serviço diplomático.

“Os diplomatas portugueses - já tive essa experiência na Ucrânia, tenho tido no Médio Oriente, tenho tido também em África - em situações muito, muito complicadas, estão sempre presentes, arriscando muitas vezes as suas vidas”, enalteceu.

Lusa

Liderança militar iraniana "em fuga", diz Israel

A liderança militar do Irão está "em fuga", disse esta terça-feira, 17 de junho, um oficial militar israelita à Reuters.

De acordo com a mesma fonte, que prestou declarações sob condição de anonimato, o Irão lançou, até agora, cerca de 400 mísseis balísticos e centenas de drones contra Israel, que tiveram como alvo instalações civis e militares.

O oficial militar israelita afirmou, ainda segundo a Reuters, que Israel pretende evitar uma catástrofe nuclear, referindo que Israel atingiu dezenas de alvos associados ao programa nuclear e ao programa de mísseis balísticos do Irão.

China crítica Donald Trump. "Fazer ameaças" só vai "intensificar" e expandir conflito 

A China apelou à contenção no conflito entre Teerão e Telavive, dirigindo-se "aos países com influência especial sobre Israel, para que assumam as suas responsabilidades, tomem medidas imediatas para diminuir as tensões e evitem que o conflito se expanda”.

As declarações são do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, citado pela AFP, que foi questionado sobre as recentes declarações do presidente dos EUA, referindo que incendiam (ainda mais) o conflito, que já provocou centenas de mortos desde a madrugada de 13 de junho.

Guo Jiakun criticou a posição de Donald Trump ao afirmar que "fazer ameaças" só vai intensificar e expandir o conflito.

Recorde-se que o presidente norte-americano apelou aos habitantes de Teerão para deixarem "imediatamente” a cidade.

Nível de incerteza no conflito entre Israel e Irão é "absoluto", diz Kremlin

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin
Dmitry Peskov, porta-voz do KremlinEPA/VALERIY SHARIFULIN/SPUTNIK/KREMLIN POOL

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou esta terça-feira, 17 de junho, que o nível de incerteza no conflito entre Israel e o Irão é "absoluto".

Na habitual conferência de imprensa, Peskov apelou à contenção e afirmou que Israel não está interessado numa mediação do conflito, tendo em conta o agravamento das hostilidades, o que designou de "escalada galopante", segundo a imprensa internacional.

Israel avisa: Líder supremo do Irão pode ter destino semelhante ao de Saddam Hussein

O ministro da Defesa israelita afirmou esta terça-feira, 17 de junho, que Ayatollah Ali Khamenei pode ter um destino semelhante ao de Saddam Hussein, líder do regime iraquiano que foi capturado e executado em 2006.

"Aviso o ditador iraniano para não continuar a cometer crimes de guerra e a disparar mísseis contra cidadãos israelitas. Ele deve lembrar-se do que aconteceu ao ditador do país vizinho, o Irão, que seguiu este caminho contra o Estado de Israel", afirmou o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, citado pela Reuters, referindo-se ao líder supremo do Irão.

O governante israelita apelou aos residentes de Teerão para abandonarem partes da cidade, conforme as orientações das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).

Trump diz que não entrou em contacto com Irão para conversações. Teerão devia ter assinado acordo, "teria salvo muitas vidas"

O presidente dos EUA afirmou esta terça-feira, 17 de junho, que não estabeleceu contacto com o Irão, com vista a conversações de paz. "De forma alguma", disse Donald Trump na sua rede social Truth Social.

"Se eles querem falar, sabem como me contactar", declarou o presidente norte-americano.

Trump referiu ainda que Teerão deveria ter assinado "o acordo que estava em cima da mesa - teria salvo muitas vidas".

Irão afirma ter destruído alvos "estratégicos" de Israel

Citado pela televisão estatal iraniana, o general Kioumars Heidari, comandante das forças terrestres do exército de Teerão, afirmou que "vários tipos de drones" lançados contra o território israelita "destruíram posições estratégicas do regime sionista em Telavive e Haifa", segundo revela, esta terça-feira, 17 de junho, a AFP.

A afirmação do responsável militar iraniano acontece ao quinto dia do conflito que começou na madrugada de 13 de junho e que já provocou centenas de mortos.

Irão deve "desistir totalmente" das armas nucleares, insiste Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou que o Irão deve "desistir totalmente" das armas nucleares", tendo indicado que quer um verdadeiro fim sobre esta questão do programa nuclear iraniano, segundo a Sky News, que cita notas publicadas por um repórter da CBS News na rede social X.

As declarações do presidente norte-americano terão sido proferidas depois de ter participado na cimeira do G7, no Canadá, na segunda-feira.

Trump terá também dado a entender que Israel não vai abrandar a ofensiva contra o Irão: "Vão descobrir nos próximos dois dias. Vão ficar a saber. Ninguém diminuiu o ritmo até agora", disse.

Vaga de drones irá atingir Israel nas próximas horas, ameaça Irão. Reportadas explosões em Telavive 

No quinto dia do conflito entre Israel e Irão, Teerão fez saber que uma vaga de drones irá atingir território israelita nas próximas horas.

O aviso foi feito por um alto comandante do exército, referindo que os ataques vão intensificar-se durante a manhã desta terça-feira, 17 de junho, segundo a Sky News.

Foram reportadas explosões em Telavive, no centro de Israel, e em Herzilaya, a norte da cidade, de acordo com a emissora britânica.

Israel reivindica a morte de Ali Shadmani, identificado como o “comandante militar mais graduado do Irão”.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram esta terça-feira, 17 de junho, a morte de Ali Shadmani, que identificaram como o “comandante militar mais graduado do Irão”, avançou a Reuters.

O exército israelita, em comunicado citado pela AFP, explicou que, numa "oportunidade súbita durante a noite, a (força aérea israelita) atingiu um centro de comando no coração de Teerão e eliminou Ali Shadmani, o chefe do Estado-Maior em tempo de guerra, o comandante militar mais graduado e a figura mais próxima do líder supremo iraniano Ali Khamenei”.

Ainda de acordo com as IDF, a operação que resultou na morte de Ali Shadmani aconteceu no centro de Teerão, "na sequência de informações precisas".

Trump reuniu Conselho de Segurança Nacional e pondera intervenção no Irão
“Dois terços da população do Irão opõem-se ao regime e nunca apoiarão Khamenei”

Trump diz que regresso antecipado a Washington "é muito maior" que um eventual cessar-fogo

Donald Trump, presidente dos EUA
Donald Trump, presidente dos EUA EPA/JIM LO SCALZO

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta terça-feira, 17 de junho, que o abandono antecipado da reunião do Grupo dos Sete, no Canadá, não tem "nada a ver" com um cessar-fogo entre Israel e o Irão, é "muito maior do que isso".

"O presidente Emmanuel Macron, de França, procura publicidade e disse erradamente que eu deixei a Cimeira do G7, no Canadá, para voltar a Washington para trabalhar num ‘cessar-fogo’ entre Israel e o Irão. Errado!", escreveu Trump na sua rede social Truth Social, pouco depois de embarcar no Air Force One para um voo com destino à capital norte-americana.

"Ele não faz ideia porque é que eu estou agora a caminho de Washington, mas certamente não tem nada a ver com um cessar-fogo. É muito maior do que isso", escreveu Trump. "De propósito ou não, Emmanuel engana-se sempre. Fiquem atentos!", acrescentou o chefe de Estado dos Estados Unidos, que convocou de urgência o Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) em Washington, antes de sair do Canadá.

Trump deu ordens aos membros do NSC para que se reunissem na sala de crise da Casa Branca, onde chegará vindo do Canadá, depois de ter abandonado abruptamente a Cimeira do G7 em Kananaskis (Montanhas Rochosas canadianas), alegadamente por causa do conflito armado entre Israel e o Irão.

O líder norte-americano recusou-se a falar aos jornalistas sobre a reunião. “Tenho de regressar cedo”, disse Trump, que evitou uma pergunta sobre a reunião do NSC.

O porta-voz da Casa Branca, Alex Pfeiffer, escreveu na rede social X na segunda-feira à noite que as forças norte-americanas “estão numa posição defensiva” no Médio Oriente “e isso não mudou”.

“Defenderemos os interesses americanos” na região, acrescentou, quando o conflito entre Israel e o Irão entra na quinta noite consecutiva.

"O que se vê em tempo real é a paz através da força e a América em primeiro lugar. Estamos numa posição defensiva na região, para sermos fortes, em busca de um acordo de paz, e esperamos certamente que seja isso que aconteça", disse, pelo seu lado, o secretário da Defesa Pete Hegseth, entrevistado na Fox News também na segunda-feira.

"E o Presidente (Donald) Trump deixou claro o que está em cima da mesa. A questão é se o Irão vai aceitar", acrescentou o líder do Pentágono.

As declarações sobre a postura “defensiva” das forças americanas surgem numa altura em que os meios de comunicação israelitas sugerem que as forças norte-americanas podem estar diretamente envolvidas em ataques contra o Irão.

Porta-aviões americano Nimitz, que se encontrava no Mar do Sul da China, terá virado para oeste, dirigindo-se para o Médio Oriente

Entretanto, o porta-aviões americano Nimitz, que se encontrava no Mar do Sul da China, virou para oeste e dirige-se para o Médio Oriente, confirmou um funcionário do Pentágono.

Está atualmente a subir o estreito de Malaca, entre a ilha indonésia de Sumatra e a Malásia.

Portais na internet que geolocalizam em tempo real as posições dos aviões em todo o mundo identificaram o movimento de cerca de trinta aviões de abastecimento norte-americanos no domingo à noite, que se descolaram dos Estados Unidos em direção a várias bases militares na Europa.

O presidente dos Estados Unidos apelou através da sua rede social Truth Social para que "toda a gente se retire de Teerão imediatamente".

"O Irão devia ter assinado o ‘acordo’ quando eu lhes disse para assinarem. Que vergonha e que desperdício de vidas humanas. Para simplificar, o IRÃO NÃO PODE TER ARMAS NUCLEARES", escreveu ainda.

Os Estados Unidos já estão a ajudar Israel a intercetar os mísseis iranianos apontados ao seu território.

Lusa

Índia pede aos seus cidadãos para abandonarem Teerão

O Governo indiano emitiu esta terça-feira, 17 de junho, um alerta para que os cidadãos indianos deixem Teerão, e aos que se encontrem em Israel para que permaneçam em lugares seguros dentro do país, devido à escalada do conflito.

Numa série de publicações na rede social X, a missão diplomática indiana elevou o nível de alerta, pedindo aos seus cidadãos para abandonarem a capital iraniana, “se os seus recursos o permitirem”, e que estabeleçam contacto imediato para registarem a localização.

A diretiva constitui uma escalada das medidas de segurança em relação a um aviso mais geral emitido a 13 de junho, em que Nova Deli pedia aos cidadãos indianos para que se mantivessem vigilantes e evitassem deslocações.

A embaixada indiana em Telavive afirmou estar em “contacto regular com as autoridades israelitas” e a tomar “todas as medidas necessárias” para garantir o bem-estar dos cidadãos indianos.

A missão diplomática indiana em Telavive recordou aos seus cidadãos que o país se encontra em estado de “emergência nacional”, com o espaço aéreo encerrado.

As instruções dadas aos indianos em Israel são no sentido de “permanecerem vigilantes, evitarem rigorosamente qualquer movimento desnecessário e aderirem aos protocolos de segurança das autoridades locais”.

Lusa

Líderes do G7 acusam Irão de ser "principal fonte de instabilidade e terrorismo"

Os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a "defender-se", acusaram o Irão de ser a "principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região" e apelaram à "proteção dos civis", segundo uma declaração conjunta.

No mesmo texto, assinado na segunda-feira, 16 de junho, afirmaram que têm "sido consistentemente claros quanto ao facto de o Irão nunca poder ter uma arma nuclear".

"Exortamos a que a resolução da crise no Irão conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza", escreveram ainda os líderes do G7.

De acordo com uma declaração conjunta, os sete países apelaram ainda que "a resolução da crise iraniana conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza".

O grupo reitera o "compromisso com a paz e a estabilidade no Médio Oriente" e é nesse contexto que sublinha, não só que "Israel tem o direito de se defender", como "reitera o apoio à segurança de Israel".

Finalmente, o G7 afirmou que se "mantém vigilante quanto às implicações para os mercados internacionais da energia".

Lusa

Israel anuncia duas vagas de mísseis iranianos esta madrugada

Bom dia,

Acompanhe aqui os principais desenvolvimentos do conflito entre Israel e Irão, que já fez centenas de mortos desde o início das hostilidades, com o exército israelita a informar na madrugada desta terça-feira, 17 de junho, a ocorrência de duas novas vagas de ataques com mísseis do Irão contra o território israelita, sem que os serviços de emergência nacionais tenham registado vítimas.

"As Forças de Defesa de Israel (IDF) identificaram recentemente mísseis lançados do Irão em direção ao território do Estado de Israel. Os sistemas defensivos estão operacionais para intercetar a ameaça", declarou o exército israelita no mesmo comunicado que habitualmente antecede os alarmes no país.

O primeiro aviso foi lançado às 03:30 locais (00:30 TMG) e fez soar os alarmes no centro de Israel e em Telavive, enquanto o segundo, dirigido para o norte do país, foi lançado uma hora depois.

O serviço de emergência israelita, Magen David Adom (MDA), correspondente à Cruz Vermelha, informou que em ambos os casos não se registaram feridos ou vítimas mortais.

DN/Lusa

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Irão quer fim das hostilidades, mas diz preparar o “maior ataque de mísseis” de sempre a Israel
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Israel e Irão sobem tom e intensificam ataques. Netanyahu apela a iranianos para se revoltarem contra o regime

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