O edifício do hospital Al-Ahli, após ter sido alvo de um ataque israelita.
O edifício do hospital Al-Ahli, após ter sido alvo de um ataque israelita.EPA/MOHAMMED SABER

Israel bombardeia hospital na Faixa de Gaza e interceta míssil lançado pelos Houthis

Israelitas ligaram a avisar de ataque, que visava centro de controlo do Hamas, permitindo saída dos doentes.
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Dois mísseis israelitas atingiram este domingo o hospital Al-Ahli, na cidade de Gaza, destruindo o departamento de emergência e danificando outras estruturas. Israel, que ligou a alertar do ataque permitindo que o hospital fosse evacuado, disse que visava um centro de controlo e comando do Hamas nas instalações. Noutro ataque, contra um veículo em Deir al-Balah, no centro do enclave palestiniano, Israel diz que matou o número dois de uma célula de atiradores furtivos do grupo terrorista.

O Hamas negou a presença no hospital (instituição da igreja anglicana), denunciando um novo “crime de guerra” da parte de Israel e pedindo uma investigação internacional. O Ministério de Saúde de Gaza, controlado também pelo Hamas, falou numa “violação flagrante de todas as leis internacionais e da convenção de Genebra que proíbem ataques contra instalações médicas”. O porta-voz do Ministério, Khalil Al-Deqran, citado pela Reuters, alega que “centenas de doentes e pessoas feridas tiveram que ser retiradas a meio da noite e muitos deles estão agora nas ruas sem cuidados médicos, pondo as suas vidas em risco”.

Segundo indicaram fontes médicas à Al Jazeera, pelo menos 37 pessoas foram mortas este domingo na Faixa de Gaza em ataques israelitas. Um dos mortos, segundo Israel, terá sido o vice-líder da célula de atiradores furtivos da área de Deir Al-Balah, Ubayd Allah Na’im al-Hadhud Musa. Os media palestinianos, citados pelo Times of Israel, alegam que sete pessoas morreram nesse ataque.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse que “centenas de milhares de residentes [palestinianos] já foram retirados das zonas de combate” na Faixa de Gaza e parte do enclave é agora área de segurança de Israel. O “objetivo é exercer uma forte pressão sobre o Hamas em prol do regresso ao plano de libertação dos reféns”, referiu, avisando que “quanto mais o Hamas insistir na sua recusa, mais a atividade das IDF [sigla em inglês das Forças de Defesa de Israel] se vai intensificar, à medida que continua a frustrar as suas operações e a destruir a sua infraestrutura”.

Míssil dos Houthis

Entretanto, as sirenes soaram este domingo em Israel, depois de os Houthis terem lançado um míssil desde o Iémen. “Tentativas de interceção foram levadas a cabo e o míssil foi provavelmente intercetado com sucesso”, indicaram as IDF. Os destroços do míssil caíram na área de Hebron, na Cisjordânia ocupada, sem causar ferimentos.

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