Irão contra-atacou com 100 mísseis. Netanyahu apela a povo iraniano para se libertar de regime "maligno"
Uma vítima mortal confirmada em Israel
O Irão voltou a lançar "dezenas de mísseis" em direção a Israel na última hora, disseram as Forças de Defesa israelitas (IDF), acrescentando que "alguns dos mísseis foram intercetados".
De acordo com o exército israelita, "forças de busca e salvamento estão atualmente em vários locais do país onde foram recebidos relatos de projéteis caídos", escreve o jornal israelita Haaretz.
Outro jornal, o Times of Israel, diz que uma mulher que estava em estado crítico acabou mesmo por morrer, adiantanto ainda a contabilização de mais de 60 feridos até agora.
Novos ataques israelitas. Irão reativa sistemas de defesa aérea sobre Teerão
Os sistemas de defesa aérea sobre a capital do Irão, Teerão, foram reativados para conter novos ataques israelitas, informou a imprensa estatal iraniana.
"As defesas de Teerão foram reativadas há poucos minutos (...) para enfrentar os projéteis do regime sionista", informou a agência de notícias oficial, IRNA, enquanto um correspondente da agência France-Presse (AFP) relatou ter ouvido fortes explosões na capital iraniana e ter visto um brilho vermelho no céu.
Também o jornal norte-americano The New York Times reportou testemunhos de residentes em Teerão que, na última hora, ouviram sons de explosões e disparos de mísseis de defesa antiaérea.
Israel diz no Conselho de Segurança da ONU que Irão estava prestes a ter material suficiente para várias bombas nucleares
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, afirmou ao Conselho de Segurança da ONU que os ataques ao Irão foram uma medida necessária para garantir a segurança nacional israelita. Segundo Danon, os serviços de inteligência israelitas tinham informações credíveis de que o Irão estava a poucos dias de produzir material suficiente para várias armas nucleares.
Danon criticou o processo diplomático com Teerão, afirmando que Israel esperou pacientemente enquanto as negociações se arrastavam, mas viu o Irão fazer “falsas concessões” ou rejeitar até as exigências mais básicas. Diante da alegada ameaça iminente, o diplomata classificou a ofensiva israelita como um “ato de preservação nacional”, reforçando que o país agiu por conta própria para conter um perigo existencial.
Diplomata norte-americano na ONU avisa Irão para "consequências terríveis" se cidadãos ou infraestruturas americanas forem atacadas
Numa sessão tensa no Conselho de Segurança das Nações Unidas, McCoy Pitt, representante do Departamento de Estado dos EUA, referiu que Israel justificou os ataques preventivos ao Irão como medidas de autodefesa e que os Estados Unidos foram previamente informados, embora não tenham participado militarmente da operação.
O diplomata norte-americano deixou um aviso direto ao Irão: qualquer ataque contra cidadãos, bases ou infraestruturas dos EUA teria consequências “terríveis”. Ainda assim, Pitt realçou que Washington continuará a dar prioridade a uma solução diplomática, reafirmando o compromisso de impedir que o Irão obtenha armas nucleares ou desestabilize a região do Médio Oriente.
Pitt também apelou à liderança iraniana para que escolha o caminho do diálogo, afirmando que “seria sensato negociar neste momento”.
Representante do Irão nas Nações Unidas diz que ataques israelitas mataram 78 pessoas e acusa EUA de serem "cúmplices"
O representante do Irão na ONU disse esta sexta-feira, em reunião do Conselho de Segurança, que os ataques de Israel no Irão mataram 78 pessoas, incluindo oficiais militares de alta patente, e feriram mais de 320, a maioria civis.
"Este não é apenas um ataque a um país", diz Amir-Saeid Iravani. "É um ataque direto à ordem internacional. Um ataque à Carta das Nações Unidas."
Iravani acusou os EUA de fornecer inteligência e apoio político aos ataques israelitas e avisou que Washington é cúmplice do regime de Telavive.
"Ao auxiliar e possibilitar esses crimes, compartilham total responsabilidade pelas consequências", acrescentou.
Ataque iraniano fez 35 feridos
As autoridades israelitas atualizaram para 35 o número de pessoas feridas pelo contra-ataque iraniano com mísseis balísticos contra Israel.
Uma mulher está em estado crítico, enquanto outras quatro pessoas estão moderadamente feridas. Nove estão em estado leve a moderado, enquanto as demais apenas têm ferimentos ligeiros ou ataques de ansiedade.
Segundo o Times of Israel, a maioria das vítimas foram levadas para os hospitais Beilinson, Sourasky e Sheba, no centro de Israel.
Irão disparou menos de 100 mísseis e maioria falharam o alvo ou foram intercetados, diz Exército israelita
O Irão disparou menos de 100 mísseis contra Israel e a maioria foi intercetada ou falhou os alvos, disse o exército israelita, depois de terminadas, aparentemente, as vagas do contra-ataque iraniano.
"Um número limitado de edifícios foi afetado, alguns deles como resultado de estilhaços das operações de interceção", disse o porta-voz em árabe do exército israelita, Avichay Adraee, numa publicação na rede social X, escreve a Reuters.
Netanyahu apela aos iranianos para se libertarem do regime "maligno e opressor"
O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu pediu ao povo iraniano que enfrente o regime de Teerão e ajude Israel a "abrir caminho para que os iranianos alcancem a sua liberdade".
Num vídeo divulgado na rede social X, Netanyahu diz que o objetivo da operação militar de Israel é "frustrar a ameaça nuclear e de mísseis balísticos do regime islâmico contra nós".
O PM israelita diz que Israel anulou uma "grande parte" do arsenal de mísseis balísticos do Irão e as suas "instalações de enriquecimento de urânio mais significativa".
"Mais está a caminho", acrescentou. "O regime [iraniano] não sabe o que o atingiu, ou o que o atingirá. Nunca esteve tão fraco. Esta é a vossa oportunidade para se levantarem e fazerem com que as vossas vozes sejam ouvidas."
A dirigir-se sempre ao povo iraniano, garantiu: "Como eu disse ontem e muitas vezes antes, a luta de Israel não é contra o povo iraniano. A nossa luta é contra o regime islâmico assassino que vos oprime e empobrece. A nação do Irão e a nação de Israel são amigas desde os dias de Ciro, o Grande. Chegou a hora do povo iraniano se unir em torno da sua bandeira e do seu legado histórico, defendendo a sua liberdade do regime maligno e opressor."
Forças de Defesa israelitas dizem que cidadãos já podem sair dos abrigos
O Exército israelita diz que os civis podem deixar os abrigos antiaéreos, mas devem permanecer perto deles até novo aviso.
Segundo as autoridades israelitas, o Irão disparou cerca de 150 mísseis balísticos contra Israel em duas vagas sucessivas.
De acordo com o Times of Israel, há até agora relatos de nove locais de impacto, com cerca de 15 pessoas feridas, a maioria em condições estáveis.
"Irão ultrapassou todas as linhas vermelhas", diz ministro da Defesa israelita
O Ministro da Defesa israelita, Israel Katz, diz que o Irão cruzou “linhas vermelhas” quando os seus mísseis atingiram áreas civis, na resposta ao ataque de Israel à República Islâmica.
“Continuaremos a defender os cidadãos de Israel e garantiremos que o regime dos ayatollah pague um preço muito alto pelas suas ações hediondas”, acrescentou, citado pelo Times of Israel.
Irão anuncia ter derrubado dois caças israelitas
O Irão afirmou ter "atingido e destruídp com sucesso dois caças F-35", além de um "grande número de pequenos drones", avança a Sky News.
Os iranianos acrescentam que o paradeiro dos dois pilotos "permanece desconhecido e está a ser investigado".
Sete feridos em Telavive
Os serviços de emergência israelitas relataram impactos dos mísseis iranianos em Telavive, com registo de sete feridos, até ao momento. Segundo a polícia, vários prédios foram danificados. As forças armadas israelitas indicam aos civis para permanecer em abrigos antiaéreos enquanto as defesas aéreas trabalham para combater as ameaças dos mísseis iranianos.
O jornal Haaretz dá conta também de 15 feridos no centro de Israel.
Ayatollah Khamenei promete que "o regime sionista não escapará ileso"
Enquanto uma nova vaga de mísseis é lançada contra Israel, o líder supremo do Irão publicou na rede social X que Teerão não permitirá a Israel ataques do tipo "bater e fugir", sem consequências graves.
"O regime sionista (Israel) não sairá ileso das consequências do seu crime", garante Ali Khamenei.
"A nação iraniana deve ter a garantia de que nossa resposta não será leve", acrescenta.
Imagens vídeo da Reuters mostram estragos provocados por mísseis iranianos em Telavive
Mísseis iranianos sobrevoam Jerusalém
A resposta do Irão está em curso
Centenas de mísseis balísticos foram lançados em direção a Israel, informou a agência de notícias estatal iraniana.
Segundo o jornal israelita Haaretz, está em curso uma segunda vaga de mísseis lançados pelo Irão. Os serviços de emergência relatam cinco episódios ativos na área de Telavive, com um ferido registado, acrescenta o jornal.
Também são relatadas explosões noutras cidades, como Jerusalém.
Irão lança contra-ataque. Sirenes soam em Israel. População aconselhada a procurar abrigos
O exército israelita informa que está a intercetar mísseis lançados do Irão em direção a Israel. Os militares avisaram a população para procurar abrigos, enquanto as sirenes vão soando pelo país perante a perspetiva de um contra-ataque iraniano.
A agência Reuters adianta que estão a ser ouvidas explosões em Telavive.
Segundo o jornal israelita Haaretz, mais de 100 mísseis foram lançados desde o Irão rumo a território israelita.
Forças armadas do Irão deixarão Israel "indefeso", diz ayatollah Khamenei
O ayatollah Ali Khamenei, do Irão, disse esta sexta-feira que as forças armadas do país deixarão Israel "indefeso" na resposta ao ataque israelita.
"Israel não sairá ileso, e Teerão não adotará meias medidas na sua resposta", garantiu o líder supremo do país, numa mensagem transmitida pela televisão nacional iraniana.
Putin diz a Netanyahu para regressar à via da diplomacia
O presidente russo, Vladimir Putin, em conversas telefónicas separadas nesta sexta-feira, disse ao presidente do Irão que Moscovo condenou as ações de Israel contra Teerão e disse ao primeiro-ministro israelita que as questões sobre o programa nuclear do Irão só podem ser resolvidas através da diplomacia.
Uma declaração do Kremlin, citada pela Reuters, disse que Putin, na conversa com Benjamin Netanyahu, "destacou a importância de um regresso ao processo de negociações e a resolução de todas as questões relativas ao programa nuclear do Irão estritamente através de meios políticos e diplomáticos".
O Kremlin adiantou que a Rússia permanecerá em contacto próximo com o Irão e Israel.
Israel ataca instalação nuclear iraniana em Ishafan
Israel afirma ter atingido uma instalação nuclear iraniana em Isfahan, mas o Irão não reconhece esse ataque, adianta a Associated Press. A instalação em Isfahan, a cerca de 350 quilómetros a sudeste de Teerão, emprega centenas de cientistas nucleares e também abriga três reatores de investigação chineses e laboratórios associados ao programa atómico do país.
Marcelo lamenta falta de peso geopolítico da Europa que não foi informada sobre ofensiva israelita
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a Europa tem um peso geopolítico reduzido por falta de capacidade militar, e lamentou que os líderes europeus não tenham sido informados previamente da ofensiva israelita.
“O problema é que a Europa precisa de mais peso militar, para poder aumentar o seu peso geopolítico. O Sr. Netanyahu comunicou ao Presidente Trump que ia atacar. Não foi para nenhum dos líderes da Europa”, referiu o chefe de estado à margem de uma visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém.
Marcelo alertou para a necessidade de a União Europeia reforçar a sua capacidade de defesa e segurança, face a um contexto internacional marcado por instabilidade e "decisões unilaterais de potências globais".
“A Europa não pode manifestar muito mais do que preocupação se não tiver poder militar”, afirmou, defendendo um aumento faseado do investimento na área da Defesa, de 2% para 5% do PIB, com o objetivo de garantir maior peso político e estratégico à União.
Novas explosões ouvidas em Teerão
Foram ouvidas várias explosões em Teerão e nas áreas vizinhas, está a noticiar a AFP citando os meios de comunicação estatais iranianos, mais de 12 horas após uma enorme onda de ataques israelitas ao país.
“Houve relatos de explosões no oeste da província de Teerão”, nas cidades de Shahriar e Malard e em redor do bairro de Chitgar, na cidade de Teerão, informou a agência de notícias estatal IRNA.
Já a AP avança que testemunhas civis relataram o que pareciam ser fortes explosões em bairros das regiões leste, oeste e centro da capital, enquanto um jornalista da mesma agência de notícias no norte de Teerão também ouviu uma explosão.
Agência nuclear da ONU reúne-se de urgência na segunda-feira
O Conselho de Governadores da agência nuclear da ONU convocou uma reunião extraordinária para a próxima segunda-feira após o ataque israelita a instalações nucleares iranianas, que começou hoje, disseram fontes diplomáticas em Viena.
A reunião do órgão executivo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) foi proposta pelo Irão, com o apoio da Rússia, segundo fontes consultadas pela agência de notícias espanhola EFE.
Não há indícios de que Israel possa ser sancionado ou condenado pelos seus ataques, uma vez que conta com o apoio de mais de metade dos membros do Conselho.
Por conseguinte, a sessão deverá servir para uma mera troca de declarações e acusações mútuas entre as partes em conflito e aliados.
Na quinta-feira, uma resolução crítica ao Irão por não cumprir as suas obrigações legais ao abrigo do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares foi apoiada por 19 dos 33 países votantes no Conselho.
O Conselho da AIEA, convocado para segunda-feira, participa também hoje numa reunião solicitada com urgência pelo Irão no Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque.
Três ativistas do "Madleen" retidos em Israel após ataques ao Irão
Três dos oito ativistas da Flotilha da Liberdade detidos por Israel continuam em território israelita devido ao “fecho após a declaração de emergência pela escalada entre Israel e o Irão”, denunciou a equipa jurídica.
Os outros cinco ativistas foram deportados na quinta-feira através do aeroporto de Telavive.
“Os advogados não puderam visitar três dos detidos entre os voluntários da Frota da Liberdade — Mark van Rennes (Países Baixos), Pascal Maurieras (França) e Yanis Mhamdi (França) — devido ao atual encerramento [causado] pela escalada entre Israel e o Irão”, relatou o centro jurídico palestiniano que representa os ativistas em Israel, Adalah.
Um advogado do Fundo para os Defensores dos Direitos Humanos (HRDF, na sigla em inglês), em coordenação com o Adalah, conseguiu falar por telefone esta manhã com os detidos, que lhe transmitiram que se encontravam “em condições razoáveis, dadas as circunstâncias atuais”.
A equipa jurídica afirmou estar a analisar opções legais, como a possibilidade de serem libertados sob fiança ou prisão domiciliária, caso as restrições devido ao atual estado de emergência continuem.
Esperava-se que Mark van Rennes deixasse o país entre quinta-feira e hoje, enquanto os dois ativistas franceses, Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, deveriam ser transferidos para o aeroporto hoje à tarde.
Dos 12 ativistas que viajavam a bordo do “Madleen”, um navio da organização Flotilha da Liberdade que pretendia quebrar o bloqueio israelita sobre Gaza e entregar uma quantidade simbólica de ajuda humanitária no enclave palestiniano, quatro (entre eles a ativista sueca Greta Thunberg) aceitaram ser deportados após a interceção do navio pelo exército israelita na madrugada de segunda-feira.
Os restantes ativistas recusaram-se a assinar a deportação voluntária e foram detidos e levados a tribunal para ratificar as ordens de expulsão, uma vez que, segundo a lei israelita, quando uma pessoa recebe ordens de deportação é detida durante 72 horas ou mais antes de ser expulsa do país.
Segundo os advogados, as autoridades de Israel “intercetaram e tomaram posse à força” do navio e “detiveram os voluntários, violando a sua vontade e os seus direitos fundamentais de acordo com o direito internacional”.
O grupo afirma que a interceção do navio ocorreu em águas internacionais, a 102 milhas náuticas da costa de Gaza, algo que Israel ainda não confirmou nem desmentiu.
Trump diz não estar preocupado com uma guerra regional
O presidente dos Estados Unidos disse esta tarde, numa entrevista à Reuters, não estar preocupado com uma guerra regional no Médio Oriente na sequência dos ataques de Israel contra o Irão.
Confirmando o que há havia sido dito anteriormente pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Donald Trump garantiu que os EUA "sabiam tudo" sobre o ataque de Israel ao Irão.
"Tentei poupar o Irão da humilhação e da morte", prosseguiu o líder norte-americano, ressalvando que não é tarde demais para o Irão fechar um acordo com Washington sobre o seu programa nuclear, apesar de não ter a certeza se o encontro agendado para domingo entre as duas partes se realizará.
Na mesma entrevista, Trump referiu ainda que não era claro se o Irão ainda tem um programa nuclear após os ataques de Israel.
Irão defende na ONU o seu direito à legítima defesa
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou numa missiva dirigida ao ao Conselho de Segurança da ONU a solicitar uma reunião de emergência, que irá realizar-se ainda hoje, que Teerão tem direito à legítima defesa, como previsto na Carta das Nações Unidas.
"Este direito é inegociável", refere Araghchi na missiva, obtida pela AP. "Israel lamentará profundamente esta agressão imprudente e o grave erro de cálculo estratégico que cometeu".
O líder da diplomacia de Teerão sublinhou ainda no mesmo documento que os assassinatos selectivos de autoridades e cientistas por parte de Israel foram "claros exemplos de terrorismo de Estado", apelando aos membros do Conselho de Segurança para que tomem "medidas urgentes e concretas para responsabilizar integralmente o regime israelita pelos seus crimes".
Netanyahu diz que EUA foram avisados do ataque. "O que farão agora? Deixo isso para o presidente Trump"
O primeiro-ministro israelita garantiu hoje que Telavive informou os Estados Unidos sobre os seus planos para atacar o Irão antes de os executar.
“Deixo a posição americana para os americanos. Atualizámo-los com antecedência. Eles sabiam do ataque. O que farão agora? Deixo isso para o presidente Trump. Ele toma as suas decisões de forma independente”, afirmou Benjamin Netanyahu numa mensagem de vídeo.
“Não vou falar por ele [Trump]. Fá-lo de forma muito convincente e assertiva. Disse que o Irão não pode ter armas nucleares, não pode ter capacidade de enriquecimento de urânio”, prosseguiu o líder do governo israelita.
No mesmo vídeo, Netanyahu disse esperar "várias vagas de ataques iranianos" em resposta aos ataques israelitas, revelando que que tinha inicialmente planeado um ataque em abril, segundo a AFP.
"Era necessário agir, e estabeleci a data de implementação para o final de abril de 2025", referiu o primeiro-ministro israelita. "Por vários motivos, não resultou."
Conferência da ONU sobre a Palestina adiada
A conferência das Nações Unidas, organizada pela França e pela Arábia Saudita, que iria realizar-se a partir de domingo em Nova Iorque com o objetivo de traçar um roteiro para uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinianos, foi adiada após os ataques israelitas ao Irão, avança a Reuters.
Segundo fontes diplomáticas disseram a esta agência de notícias a conferência foi adiada devido à gravidade dos ataques de Israel contra o Irão, mas também porque, na sequência destes acontecimentos, não conseguiriam comparecer ao evento.
Novo líder da Guarda Revolucionária ameaça "abrir as portas do inferno" contra Israel
O novo comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão, Mohammad Pakpour, ameaçou abrir "as portas do inferno" em retaliação pelos ataques israelitas que mataram o seu antecessor, Hossein Salami.
"Em retribuição ao sangue dos nossos comandantes, cientistas e cidadãos mortos, as portas do inferno abrir-se-ão em breve sobre este regime assassino de crianças", disse Pakpour sobre Israel numa mensagem veiculada pela agência de notícias estatal iraniana IRNA e citada pelo The Guardian.
A Agência Internacional de Energia Atómica garantiu estar “a monitorizar de perto a situação preocupante no Irão” depois dos ataques levados a cabo por Israel. Vejas quais são as instalações nucleares conhecidas do Irão.
Reino Unido, França e Alemanha pedem que todas as partes se abstenham de uma nova escalada
Os líderes do Reino Unido, França e Alemanha falaram hoje por telefone e pediram que todas as partes envolvidas no conflito no Médio Oriente se abstenham de uma nova escalada.
O gabinete do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deu conta desta conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Friedrich Merz.
"Os líderes discutiram as sérias preocupações de longa data sobre o programa nuclear do Irão e apelaram a todas as partes para que se abstenham de uma nova escalada que possa desestabilizar ainda mais a região", referiu um comunicado.
Entretanto, a presidência francesa também anunciou que Macron falou com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sem dar mais detalhes.
Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se sobre o Irão ainda esta sexta-feira
Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se para falar sobre os ataques de Israel ao Irão ainda esta sexta-feira, dizem fontes diplomáticas citadas pela AP.
A Missão do Irão junto da ONU adiantou ter solicitado uma reunião de emergência do Conselho de Segurança após os ataques israelitas.
Numa carta enviada ao organismo, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, defende que Israel "ultrapassou todas as linhas vermelhas e a comunidade intrenacional não deve permitir que estes crimes fiquem impunes", segundo relata a Reuters.
A sessão de emergência deverá realizar-se na tarde desta sexta-feira, informou a missão.
Netanyahu deverá falar com Trump e Putin ainda hoje
O primeiro-ministro israelita deverá conversar com Donald Trump e Vladimir Putin ainda esta sexta-feira.
O primeiro-ministro israelita já falou com os líderes da Alemanha, Índia e França, informou o seu gabinete.
"Os líderes demonstraram compreensão em relação à necessidade de Israel se defender contra a ameaça de aniquilação por parte do Irão", adiantou o gabinete do líder do Governo de Israel em comunicado.
Israel avisou Trump sobre os ataques com antecedência
Israel informou a administração Trump de que ia levar a cabo ataques em grande escala estavam a caminho e esperava que a retaliação iraniana fosse severa, revelaram as autoridades norte-americanas, que falaram sob a condição de anonimato, citadas pela AP.
Essa informação levou os Estados Unidos ordenar a evacuação de alguns funcionários não essenciais da embaixada e a autorizar a saída voluntária de dependentes militares na região.
O enviado especial Steve Witkoff ainda planeia ir a Omã este fim de semana para discutir o programa nuclear do Irão, mas não é claro se os iranianos irão participar nas conversações.
MNE pede máxima contenção e procura garantir proteção de portugueses
Portugal segue “com enorme preocupação” o conflito entre Israel e Irão e pede “máxima contenção”, disse hoje o Governo, que está em contacto com as missões diplomáticas na zona para garantir a proteção dos portugueses.
“Portugal segue com enorme preocupação o agravamento da situação no Médio Oriente. Exorta à máxima contenção, evitando uma perigosa escalada e reabrindo canais diplomáticos”, afirmou, através das redes sociais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Paulo Rangel.
Na mesma publicação, o Governo afirma estar em contacto com as missões diplomáticas portuguesas para “assegurar a proteção dos portugueses na região”.
Exército israelita fala de "operação prolongada" contra o Irão
O porta-voz do exército israelita, Effie Defrin, advertiu hoje que o país deve preparar-se para “uma operação prolongada” sobre os ataques contra o Irão, que disse integrarem “um plano ordenado e gradual” que continua em marcha.
Numa breve declaração virtual, Defrin assinalou que o exército israelita está a monitorizar os movimentos do Irão e garantiu que Teerão se está a preparar para responder novamente a Israel, após o primeiro ataque lançado hoje de manhã com uma centena de drones intercetados pelas forças israelitas.
“Estamos a monitorizar o Irão, a preparar-nos para uma resposta iraniana; sabemos que eles se estão a preparar para responder e disparar contra nós”, disse o porta-voz militar.
Quanto à operação militar, Defrin referiu que as Forças de Defesa de Israel (FDI) “estão a operar de acordo com um plano ordenado e gradual”.
“Atualmente, as FDI continuam o ataque planeado contra os alvos da operação, juntamente com uma defesa sólida do Estado de Israel”, acrescentou.
“Temos objetivos para a guerra e continuaremos a operar de acordo com eles até que sejam alcançados. Repito, temos metas e objetivos bem definidos para esta operação. É uma operação gradual. Não vou partilhar os objetivos operacionais que vamos atacar por razões óbvias”, disse ainda.
O porta-voz militar recomendou aos cidadãos que fiquem atentos aos avisos de segurança e ajam com “calma e responsabilidade”, avisando que “se aproximam dias complexos e difíceis”.
Defrin assegurou que, durante o ataque desta madrugada ao Irão, Israel matou a “elite de segurança” iraniana e eliminou o “arsenal nuclear” daquele país, o que foi feito “graças à identificação precisa e de alta qualidade do Departamento de Inteligência e à execução precisa das forças aéreas”.
Entre os últimos altos cargos militares iranianos cuja morte foi anunciada por Israel está o chefe da Força Aérea da Guarda Revolucionária, Amir Ali Hajizadeh, que Defrin responsabilizou por “repetidos ataques contra cidadãos israelitas e o Estado de Israel”.
“É responsável pelo lançamento de centenas de mísseis em abril e outubro do ano passado” contra Israel, disse o porta-voz militar.
O responsável lembrou que outro dos alvos do ataque israelita desta madrugada, perpetrado por 200 caças, foi a central nuclear iraniana de Natanz, ao mesmo tempo em que era exibido um vídeo com uma simulação dos pisos subterrâneos que supostamente albergam essa central.
“Atacámos a zona subterrânea e atacámos outras infraestruturas vitais do local, que permitem o seu funcionamento contínuo. Durante muitos anos, o regime iraniano tem trabalhado para obter armas nucleares neste local”, explicou Defrin.
MNE iraniano considera o ataque de Israel "uma declaração de guerra"
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou o ataque de Israel na madrugada de hoje "uma declaração de guerra contra a República Islâmica do Irão" por parte do "regime mais terrorista do mundo", que já ultrapassou "todas as linhas vermelhas".
"Estas ações coordenadas equivalem a uma declaração de guerra contra a República Islâmica do Irão e fazem parte de um padrão de comportamento ilegal e desestabilizador por parte de Israel na região, que representa uma grave ameaça à paz e à segurança internacionais", afirmou Abbas Araqchi, em comunicado sobre as ações de Israel.
Araqchi advertiu que o Irão reafirma o seu direito inerente à autodefesa e responderá "com firmeza e de forma proporcional" ao ataque israelita.
O exército israelita atacou hoje de madrugada cerca de 100 alvos no Irão, incluindo altos comandos militares e cientistas nucleares, mas também instalações sensíveis como a principal central de enriquecimento de urânio em Natanz, no meio da controvérsia sobre o programa nuclear iraniano.
Este "ato de agressão ilegal e hostil", segundo Araqchi, "deliberadamente e de forma imprudente, agrava uma crise que viola de forma flagrante a Carta das Nações Unidas e as normas mais fundamentais do direito internacional".
Iranianos pedem vingança nas ruas após ataques israelitas
Cidadãos iranianos saíram hoje para as ruas da capital Teerão e de outras cidades, pedindo vingança contra Israel, após os ataques israelitas a instalações nucleares e militares e a morte de vários oficiais e cientistas.
Abbas Ahmadi, de 52 anos, mostrava-se hoje de manhã muito zangado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmando não ser possível "deixar este ‘sacana’” continuar.
Caso contrário, acrescentou, “vamos acabar como Gaza”, devastada por mais de 20 meses de guerra.
“O Irão tem de o destruir, tem de fazer alguma coisa”, apelou este funcionário, que seguia de carro numa rua da capital, citado numa reportagem da agência de notícias France Presse.
A maior parte das ruas de Teerão estavam praticamente desertas hoje de manhã, com a maioria das lojas fechadas devido ao feriado para assinalar o festival xiita de al-Ghadir.
No centro da capital, onde se situam muitos edifícios oficiais, os iranianos manifestavam-se nas ruas contra o "inimigo declarado" e o "aliado norte-americano".
“Morte a Israel, morte à América”, gritavam, brandindo bandeiras iranianas e exibindo retratos do líder supremo, o Ayatollah Ali Khamenei, que está no poder desde 1989 e é quem toma as decisões em última instância.
Segundo a televisão estatal iraniana, estão a decorrer manifestações semelhantes noutras cidades e várias estações de serviço registam longas filas de espera, um fenómeno que não é invulgar no Irão em tempos de tensão.
No bairro rico de Nobonyad, a norte de Teerão, dois edifícios residenciais fortemente danificados, com chamas ainda a sair da estrutura, testemunham a violência dos ataques israelitas.
As equipas de salvamento trabalham nos escombros na zona, isolada por um grande dispositivo de segurança que mantém afastados os curiosos que se reuniram nas proximidades.
“Quanto tempo mais vamos viver com medo?”, pergunta Ahmad Moadi, um reformado de 62 anos.
“Como iraniano, penso que tem de haver uma resposta esmagadora, uma resposta contundente”, disse.
Há décadas, desde a revolução islâmica no Irão, em 1979, que os dois países são inimigos declarados.
Em 2024, as tensões atingiram o auge quando o Irão e Israel se revezaram em ataques ao território um do outro, tendo como pano de fundo a guerra em Gaza.
O Irão prende regularmente indivíduos acusados de serem espiões e, no passado, acusou Israel de ser responsável por assassínios e sabotagens relacionadas com o seu programa nuclear.
Pelo menos seis cientistas envolvidos no programa nuclear iraniano foram mortos nos ataques israelitas da madrugada de hoje contra a capital iraniana e outras regiões do país, que atingiu também parte da cúpula militar do Irão, matando um número indeterminado de altos cargos militares e civis.
"Mataram tantos professores universitários e investigadores e depois vão negociar?", lamentou Moadi, referindo-se aos israelitas, que o Governo acusa de estarem a soldo dos Estados Unidos.
Washington iniciou as negociações com Teerão sobre o seu programa nuclear em abril.
Israel acusa o Irão de querer construir uma bomba atómica e considera-o uma ameaça existencial. Teerão, que nega veementemente ter tais ambições militares, afirma que está a desenvolver o nuclear para fins civis, nomeadamente para fins energéticos.
A ofensiva israelita ocorre no momento em que o Irão e os Estados Unidos se preparavam para uma sexta ronda de negociações sobre o nuclear no domingo, sendo incerto se a agenda se mantém.
Washington exige o desmantelamento total das atividades nucleares do Irão, uma exigência "não negociável" para Teerão.
"Querem privar-nos da nossa capacidade nuclear, o que é inaceitável", afirma Ahmad Razaghi, 56 anos, em sintonia com a posição oficial.
Para Farnoush Rezaï, uma enfermeira, de 45 anos, os ataques israelitas de hoje foram o último ato de um país que está perto do "seu último suspiro", repetindo uma convicção de décadas dos dirigentes iranianos de que Israel desaparecerá.
"Se Deus quiser, pelo menos um pouco de paz sairá daqui", disse Rezaï.
Lusa
Presidente do Irão promete "resposta poderosa e legítima" contra "ação estúpida" de Israel
O Presidente iraniano condenou hoje o “ataque selvagem e criminoso” de Israel, que lançou vários bombardeamentos contra o país, e prometeu “uma resposta poderosa e legítima” de Teerão que fará com que “o inimigo se arrependa desta ação estúpida”.
“Fomos testemunhas de um ataque selvagem e criminoso do regime sionista contra Teerão e outras cidades do país durante esta noite, que custou a vida a civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, bem como a comandantes militares e cientistas nucleares”, afirmou Masoud Pezeshkian, sem que as autoridades tenham dado, até ao momento, um balanço oficial das vítimas.
“Este ato bárbaro, que viola completamente todos os compromissos internacionais, revela a natureza criminosa do regime sionista, cuja existência se baseia na ocupação, na agressão e no assassinato de crianças”, disse Pezeshkian.
Para o Presidente iraniano, estes bombardeamentos “demonstram ao mundo a verdade que o Irão defende há anos sobre a agressão e os crimes serem inerentes à natureza do regime sionista”.
Salientou que “o povo e os funcionários iranianos não permanecerão em silêncio perante estes crimes” e acrescentou que “a resposta poderosa e legítima do Irão fará com que o inimigo se arrependa desta ação estúpida”, de acordo com um comunicado publicado pelo seu gabinete na página oficial da Presidência na internet.
“Assim como a República Islâmica sempre envidou os máximos esforços para manter a paz na região e no mundo e demonstrou a sua disposição para o diálogo a fim de garantir ao mundo os seus esforços em busca da paz, ela agirá decididamente para responder à agressão e defender a integridade territorial da nação”, destacou.
Por isso, pediu “ao orgulhoso povo do Irão” que “mantenha a unidade e a coesão” e que “não dê ouvidos a rumores e informações falsas, parte de uma guerra psicológica do inimigo”, ao mesmo tempo em que destacou que o Governo iraniano “continuará a servir a nação com total empenho”.
“O dia a dia continuará sem alterações”, prometeu.
“Hoje, a nação iraniana precisa mais do que nunca de se manter unida com confiança, solidariedade e consenso. Com a ajuda de Deus Todo-Poderoso e um espírito nobre, responderá com sabedoria, firmeza e determinação ao crime brutal do regime ocupante, atualmente a entidade mais odiada pelo povo iraniano”, concluiu.
Irão alvo de nova onda de ataques israelitas
O Irão sofreu hoje uma nova onda de ataques israelitas em vários pontos do seu território, incluindo a principal central nuclear do país, em Natanz, informaram os meios de comunicação iranianos, enquanto Teerão promete vingar-se.
“Novos ataques contra as instalações nucleares de Natanz, Tabriz e Shiraz”, informou o meio de comunicação social Iran Nuances, que publicou imagens de um edifício em chamas que parecia ser a central de urânio.
A principal central de enriquecimento de urânio iraniana, Natanz, já tinha sido atacada na madrugada, conforme confirmado pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
Outros meios de comunicação social informaram sobre bombardeamentos contra a cidade de Tabriz, no noroeste do Irão, cidade que abriga a base militar aérea de Fakouri.
Um incêndio deflagrou no aeroporto de Tabriz, no noroeste do Irão, segundo os meios de comunicação locais.
A agência de notícias Mehr publicou um vídeo mostrando chamas e fumo a sair do aeroporto de Tabriz, na província do Azerbaijão Oriental, com a legenda: “Aeroporto de Tabriz neste momento”.
As autoridades iranianas não confirmaram estes novos ataques, que ocorrem depois de Israel ter atacado hoje de madrugada uma centena de alvos em solo iraniano, matando um número indeterminado de altos cargos militares e civis.
Papa Leão XIV diz que é essencial pacificar a região
O Papa Leão XIV recebeu hoje o Presidente libanês, Joseph Aoun, e ambos concordaram que a pacificação no Médio Oriente é cada vez mais essencial, após o ataque de Israel ao programa nuclear do Irão.
Leão XIV recebeu em audiência Aoun, que se encontrou posteriormente com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.
De acordo com um comunicado do Vaticano, nessas conversações "foi manifestada a esperança de que o Líbano, através do processo de estabilização e reforma, experimente uma nova fase de harmonia política e recuperação económica, o que lhe permitirá fortalecer os ideais de coexistência entre as religiões e de promoção do desenvolvimento que o caracterizam”.
Sobre a situação no Médio Oriente, e perante uma escalada de tensão entre Israel e Irão, Leão XIV e Aoun concordaram na “necessidade necessária e essencial de promover a pacificação” daquela região, segundo o mesmo comunicado.
ONU diz que fundação apoiada pelos EUA e Israel é "um fracasso"
A ONU classificou hoje como “um fracasso” do ponto de vista humanitário o trabalho da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, que distribui alimentos no enclave em condições muitas vezes caóticas.
“Penso que é justo dizer que é um fracasso do ponto de vista dos princípios humanitários. Não estão a fazer o que uma operação humanitária deve fazer, ou seja, prestar ajuda às pessoas onde elas se encontram”, afirmou Jens Laerke, porta-voz da agência de coordenação da ajuda humanitária das Nações Unidas (OCHA), em Genebra.
A distribuição de alimentos e produtos básicos na Faixa de Gaza, sujeita a um bloqueio por Israel e devastada por mais de 20 meses de guerra, tornou-se cada vez mais difícil e perigosa no território palestiniano, ameaçado pela fome, segundo a ONU.
As agências da ONU e as principais organizações não-governamentais, nomeadamente internacionais, que trabalham na Faixa de Gaza, recusam-se a colaborar com a fundação, uma organização criada recentemente nada e com um funcionamento opaco.
As organizações consideram que a GHF militariza a ajuda e não a distribui equitativamente no enclave palestiniano, entre outras críticas.
Hezbollah condena ataques de Israel que ameaçam incendiar a região
O movimento libanês Hezbollah condenou hoje os ataques aéreos mortais israelitas sobre o Irão, que visaram alvos militares e nucleares, classificando-os como uma “agressão brutal” que, segundo o grupo pró-iraniano, “ameaça incendiar toda a região”.
Israel “está a lançar-se em aventuras que podem inflamar todo o Médio Oriente”, alertou o Hezbollah, em comunicado.
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano — país recentemente marcado por meses de tensão e confrontos entre o Hezbollah e o exército israelita — indicou que estão em curso contactos diplomáticos com vista a “poupar o Líbano a eventuais repercussões” na sequência da ofensiva israelita.
Exército israelita confirma danos na maior central de urânio do Irão
O exército israelita disse hoje que a maior central de urânio do Irão, localizada em Natanz, sofreu danos significativos e confirmou ataques contras outras infraestruturas e ‘stocks’ de mísseis balísticos.
“Durante a noite, caças da Força Aérea israelita […] atacaram a central de enriquecimento de urânio do regime iraniano. Esta é a maior central do Irão”, indicou, em comunicado.
O ataque causou danos na área subterrânea da central, onde se encontram centrifugadoras e material elétrico.
Foram ainda atacadas outras “infraestruturas críticas”, que permitem o funcionamento da central.
Trump insiste em acordo nuclear e avisa Irão para ataques ainda mais brutais
O Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou hoje a instar o Irão a chegar a um acordo nuclear com os Estados Unidos, advertindo que Israel planeia ataques “ainda mais brutais”, mas que é possível travar “este massacre”.
“Dei ao Irão várias oportunidades para chegar a um acordo. Disse-lhes, com toda a firmeza, para ‘simplesmente o fazerem’, mas por mais que tentassem, por mais perto que chegassem, simplesmente não conseguiam concretizar”, escreveu hoje Donald Trump na sua rede social, Truth Social, após o ataque da madrugada de hoje de Israel contra o Irão.
Na mesma publicação, o líder norte-americano disse que avisou Teerão de que “seria muito pior do que qualquer coisa que eles conhecessem, antecipassem ou tivessem ouvido falar, que os Estados Unidos fabricam o melhor e mais letal equipamento militar do mundo, de longe, e que Israel tem muito desse equipamento, com muito mais por vir — e eles sabem como usá-lo”.
“Já houve muita morte e destruição, mas ainda há tempo para pôr fim a este massacre, com os próximos ataques já planeados a serem ainda mais brutais”, defendeu.
Segundo Trump, “certos iranianos de linha-dura falaram com coragem, mas não sabiam o que estava prestes a acontecer”.
“Todos eles estão mortos agora e a situação só vai piorar”, insistiu.
O Irão, acrescentou, “deve fazer um acordo, antes que não reste nada, e salvar o que outrora foi conhecido como o Império Iraniano”.
“Chega de morte, chega de destruição, façam isso, antes que seja tarde demais”, defendeu ainda Donald Trump.
Irão prepara medidas para que Israel se arrependa do ataque
A administração do Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, garantiu que o Irão já está a tomar “medidas defensivas, políticas e legais” para fazer com que Israel “se arrependa” do ataque de hoje de madrugada contra o país persa.
“A partir deste momento, o Governo da República Islâmica do Irão começou a tomar as medidas defensivas, políticas e legais necessárias para que o ilegítimo Israel se arrependa e negará aos israelitas um momento de descanso”, afirmou a administração de Pezeshkian, num comunicado citado pela agência oficial iraniana, IRNA.
“O final desta história será escrito pelo Irão”, refere o comunicado, que defende o direito de Teerão de se defender.
Liga Árabe pede contenção para evitar que situação se descontrole
A Liga Árabe, formada por 22 países árabes, apelou hoje para a contenção de uma escalada da tensão após o ataque de Israel ao Irão na madrugada de hoje e para se “evitar que a situação fique fora de controlo”.
“A Secretaria-Geral da Liga Árabe condena os ataques israelitas contra o território iraniano e afirma que constituem uma violação flagrante do Direito internacional”, afirmou a entidade pan-árabe, com sede no Cairo, num comunicado.
Além disso, exigiu “uma intervenção decisiva e imediata da comunidade internacional para deter esses ataques, que ameaçam abalar a região”, além de sublinhar “a necessidade de conter a escalada e evitar que a situação fique fora de controlo”.
Costa pede contenção e diplomacia após ataques de Israel ao Irão
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, apelou hoje à contenção e à diplomacia após os ataques de Israel ao Irão, situação com a qual está “profundamente preocupado”.
“Estou profundamente preocupado com os últimos acontecimentos no Médio Oriente”, referiu Costa, numa mensagem divulgada nas redes sociais, na qual apelou “à contenção e à diplomacia”.
O ex-primeiro-ministro apelou ainda a que seja evitada “uma nova e perigosa escalada, que desestabilizaria toda a região” do Médio Oriente.
Rússia condena escalada de tensões
O porta-voz do Kremlin afirmou que "a Rússia está preocupada e condena a forte escalada de tensões" no Médio Oriente.
Dmitry Peskov disse que o Vladimir Putin tem recebido relatórios sobre a situação dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Rússia e do Serviço de Informações Estrangeiras.
Peskov afirmou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo emitirá um comunicado sobre a situação ainda esta sexta-feira.
Irão nomeia substitutos para dois líderes militares mortos nos ataques
O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, já nomeou os substitutos para os dois líderes militares mortos durante os ataques israelitas.
A estação televisiva estatal noticiou que foram escolhidos o general Abdolrahim Mousavi, que era o principal comandante do exército, como novo chefe das Forças Armadas, em substituição do general Mohammad Bagheri; e Mohammad Pakpour para liderar a Guarda Revolucionária paramilitar, substituindo o general Hossein Salami.
A Guarda Revolucionária do Irão, criada após a Revolução Islâmica de 1979, é um dos principais centros de poder dentro da teocracia do país.
Von der Leyen fala em “notícias alarmantes”
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou hoje como “notícias profundamente alarmantes” as relativas aos bombardeamentos israelitas a dezenas de alvos militares e nucleares iranianos no Irão e apelou à “máxima contenção” das partes.
“As notícias que nos chegam do Médio Oriente são profundamente alarmantes. A Europa apela a todas as partes para que deem provas da máxima contenção, reduzam imediatamente a escalada e se abstenham de retaliações”, escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X.
“Uma resolução diplomática é agora mais urgente do que nunca, a bem da estabilidade da região e da segurança mundial”, adiantou a líder do executivo comunitário.
Trump afirma-se pronto para se defender e proteger Israel
Os Estados Unidos afirmaram hoje que o Irão não pode ter uma bomba nuclear, como justificação para o ataque lançado esta madrugada por Israel contra Teerão, e avisaram que estão preparados para se defender e defender Israel de retaliações.
“O Irão não pode ter a bomba nuclear e nós esperamos voltar à mesa das negociações. Veremos”, declarou o presidente norte-americano Donald Trump após os ataques, citado pela Fox News.
Trump sublinhou ainda que “os Estados Unidos estão preparados para se defender e defender Israel caso o Irão responda”.
As declarações do presidente dos Estados Unidos surgem em contracorrente com a restante comunidade internacional que já reagiu e cujos dirigentes têm condenado a ação de Israel e apelado à contenção, ao diálogo e à desescalada da tensão no Médio Oriente.
Chefe da diplomacia da UE classifica situação como perigosa
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, disse hoje que a situação no Médio Oriente é perigosa, após um ataque de Israel ao Irão.
“A situação no Médio Oriente é perigosa”, referiu a alta Representante para a Política Externa da UE, numa mensagem divulgada nas redes sociais e na qual apela “a todas as partes para que deem provas de contenção e evitem uma nova escalada” conflitual.
“A diplomacia continua a ser o melhor caminho a seguir e estou pronta a apoiar todos os esforços diplomáticos no sentido de desanuviar a situação”, acrescentou Kallas.
Leia a análise de Leonídio Paulo Ferreira
Ataque ao programa nuclear iraniano era uma hipótese há pelo menos uma década e tem precedentes. Israelitas em 1981 destruíram reator iraquiano e em 2007 um sírio. Irão dizia objetivo ser uso civil.
Bolsas europeias em queda com conflito a fazer disparar preço do petróleo
As principais bolsas europeias começaram hoje a sessão com quedas superiores a 1%, após o ataque de Israel a instalações nucleares do Irão, que promete retaliações, o que está a provocar fortes aumentos no preço do petróleo.
Cerca das 09:00 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a perder 0,73% para 545,83 pontos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt perdiam 0,55%, 0,70% e 1,05%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão desciam 1,39% e 1,36%.
A bolsa de Lisboa aprofundava a tendência negativa da abertura e, pelas 09:15, o principal índice, o PSI, caía 0,79% para 7.468,18 pontos.
O euro, depois de na quinta-feira ter sido negociado acima de 1,16 dólares, desvalorizava-se hoje 0,40%, para 1,154 dólares.
Os investidores estarão atentos nesta sessão para saber se, após o ataque de Israel às instalações nucleares e balísticas do Irão, a reunião marcada para domingo entre os EUA e o Irão sobre o programa nuclear iraniano se mantém.
A forte tensão geopolítica levou o petróleo a subidas superiores a 5%.
O Brent, referência na Europa, subia 5,09% e o preço do barril estava em 72,89 dólares, enquanto o West Texas Intermediate, referência nos EUA, aumentava 5,22% para 71,59 dólares.
O ouro, um ativo refúgio em tempos de incerteza, subia 0,97%, com o preço da onça em 3.418,1 dólares.
Na Ásia, o principal indicador da Bolsa de Tóquio, o Nikkei, caiu hoje 0,89% em resposta à escalada bélica entre Israel e o Irão, enquanto o índice de referência da Bolsa de Xangai perdeu 0,75%, e o de Shenzhen caiu 1,1%. O Hang Seng, a poucos minutos do fecho, perdia 0,81%.
Wall Street fechou na quinta-feira em alta, impulsionada por dados de inflação melhores do que o esperado e pelos resultados trimestrais da empresa de tecnologia Oracle, que dispararam 13%.
O Dow Jones Industrials subiu 0,24%, o seletivo S&P 500 avançou 0,38% e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,24%.
No mercado de dívida, a taxa de juros da obrigação alemã a 10 anos caía para 2,468%.
A ‘bitcoin’, a criptomoeda mais conhecida e utilizada no mercado, caía 1,13% para 104.816 dólares.
A nível macro, hoje o destaque será o inquérito preliminar de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, nos EUA, que pode melhorar devido aos recentes avanços nas negociações comerciais com a China, principalmente.
No que diz respeito à Europa, em Espanha os dados da inflação de maio foram revistos para 2%, uma décima acima do avançado há duas semanas e duas décimas abaixo do valor de abril, enquanto a inflação dos alimentos subiu cinco décimas, para 2,5%. Em França, o IPC interanual caiu uma décima em maio, para 0,7%.
NATO apela a desescalada após ataques israelitas ao Irão
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, defendeu hoje que é “crucial trabalhar para uma desescalada” da tensão no Médio Oriente, após os ataques aéreos lançados por Israel contra múltiplos alvos militares e nucleares no Irão.
“Trata-se claramente de uma situação que evolui rapidamente e de uma ação unilateral por parte de Israel”, afirmou Mark Rutte durante um encontro com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.
“É agora crucial que muitos aliados, incluindo os Estados Unidos, trabalhem neste momento para reduzir a escalada”, acrescentou.
Também a comunidade internacional já começou a reagir aos ataques lançados por Israel, apelando à contenção e ao recurso à via diplomática para evitar uma escalada do conflito no Médio Oriente.
“A França apela a todas as partes para que mostrem contenção e evitem qualquer escalada suscetível de comprometer a estabilidade regional”, declarou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, através da rede social X.
O responsável francês reiterou ainda “as profundas preocupações” do seu país relativamente ao programa nuclear iraniano, considerando “essencial que todas as vias diplomáticas sejam mobilizadas para reduzir as tensões”.
Da Alemanha, chegou igualmente a mesma mensagem, num apelo a que as duas partes possam evitar a escalada.
Também a China expressou a sua “profunda preocupação” com as possíveis consequências do ataque israelita e instou as partes envolvidas a evitar uma intensificação do conflito.
“A China acompanha de perto os ataques de Israel contra o Irão e está profundamente preocupada com as possíveis consequências graves destas ações”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa conferência de imprensa em Pequim.
O representante chinês frisou que Pequim se opõe “a qualquer ação que viole a soberania, a segurança ou a integridade territorial do Irão”, bem como a todas as medidas que “agravem as tensões e ampliem o conflito”.
Por sua vez, a Turquia exortou Israel a cessar de imediato as suas “ações agressivas” contra o Irão, informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, reiterando preocupações com a escalada do conflito na região.
A tensão crescente devido aos ataques israelitas levou já a companhia aérea Qatar Airways a cancelar todos os voos com destino ao Irão e ao Iraque, assim como a Air France, neste caso para Israel.
“Devido à situação atual na região, a Qatar Airways suspendeu temporariamente os seus voos para o Irão e o Iraque”, informou a transportadora nacional do Qatar em comunicado.
Israel diz que Irão produzia em segredo componentes para bomba nuclear
O exército de Israel, que bombardeou hoje instalações onde se encontravam altos funcionários iranianos e cientistas nucleares, afirmou que o Irão trabalhava num plano secreto para desenvolver "todos os componentes" de uma arma nuclear.
"O regime iraniano está a seguir um plano secreto de avanço tecnológico em todos os aspetos do desenvolvimento de uma arma nuclear. No âmbito deste plano, cientistas nucleares de alto nível no Irão têm estado a trabalhar em segredo para desenvolver todos os componentes necessários para uma arma nuclear", disse o exército, em comunicado.
Ainda de acordo com os militares israelitas, o Irão trabalhava para produzir "milhares de quilos" de urânio enriquecido, bem como compostos de enriquecimento descentralizados e fortificados "em instalações subterrâneas", para enriquecer urânio com o objetivo de obter uma arma nuclear "num curto espaço de tempo".
Nos últimos meses, afirmou o exército, este programa acelerou significativamente.
"Esta é uma prova clara de que o regime iraniano está a operar para obter uma arma nuclear. O Estado de Israel não tem outra escolha", acrescenta-se no comunicado para justificar os ataques.
Irão lançou 100 drones em direção a território israelita
O exército de Israel anunciou hoje que o Irão lançou mais de 100 drones contra território israelita e que "todos os sistemas de defesa estão a funcionar para eliminar as ameaças".
Numa breve conferência de imprensa virtual, o porta-voz do exército, Effie Defrin, admitiu que se avizinham "horas difíceis" face à resposta do Irão a que mataram altos funcionários militares e nucleares iranianos.
Defrin informou que 200 aviões de combate participaram no ataque lançado esta manhã contra o Irão, atingindo mais de cem pontos no país com 330 tipos diferentes de munições.
O porta-voz disse que entre os alvos estavam o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, general Mohammad Hossein Bagueri, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, e o líder da base aérea de Khatam ol-Anbiya, general Gholam Ali Rashid.
A imprensa oficial iraniana já confirmou a morte tanto dos três dirigentes militares como de pelo menos seis cientistas nucleares.
"Abdolhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Amirhossein Feqhi, Motalleblizadeh, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi são os cientistas nucleares martirizados" no ataque israelita, informou a agência de notícias Tasnim.
Ataque israelita não fez subir radiação em central nuclear do Irão
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse que, apesar dos ataques israelitas à central de enriquecimento nuclear de Natanz, no centro do país, "os níveis de radiação não aumentaram".
Horas antes, a AIEA tinha confirmado que a central de Natanz foi atingida por bombardeamentos israelitas contra alvos militares e nucleares no Irão.
"A AIEA está a monitorizar de perto a situação preocupante no Irão. A Agência confirma que a central de Natanz está entre os alvos atingidos", escreveu a agência na rede social X, numa mensagem assinada pelo diretor-geral, Rafael Grossi.
A agência acrescentou que "as autoridades iranianas informaram a AIEA de que a central nuclear de Bushehr não foi atacada".
Esta central, em funcionamento desde 2011, está localizada no sul do Irão.
China pede a cidadãos em Israel “extrema vigilância” após ataques ao Irão
A China apelou hoje aos seus cidadãos em Israel para que mantenham a calma e reforcem a vigilância, na sequência do ataque conduzido por Israel contra o Irão, ao qual o exército iraniano prometeu responder.
Num comunicado divulgado pela embaixada chinesa em Telavive, as autoridades apelaram aos seus nacionais para que “acompanhem de perto a evolução da situação, mantenham a calma, estejam extremamente vigilantes e se preparem para se proteger de diversos tipos de ataques, nomeadamente mísseis e veículos aéreos não tripulados [‘drones’]”.
A embaixada aconselhou ainda os cidadãos chineses a “evitarem sair de casa, exceto em caso de absoluta necessidade, e a manterem-se afastados de instalações militares e instituições sensíveis”.
Guterres pede a Israel e Irão "máxima contenção"
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, instou Israel e o Irão a "exercerem a máxima contenção" após os bombardeamentos israelitas lançados hoje contra alvos militares e nucleares iranianos.
Num comunicado, Farhan Haq, porta-voz do líder da ONU, condenou, de um modo geral, "qualquer escalada militar no Médio Oriente".
O documento indicou que Guterres estava "particularmente preocupado" com os ataques israelitas às instalações nucleares iranianas, numa altura em que estavam marcadas negociações entre os Estados Unidos e o Irão.
Guterres recordou que os Estados-membros da ONU têm "a obrigação de agir em conformidade com a Carta da ONU e o direito internacional" e apelou a Irão e Israel para que "evitem a todo o custo mergulhar num conflito mais profundo, uma situação que a região mal pode suportar".
Israel fala de "campanha histórica sem precedentes" contra Irão
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel disse hoje que o país está a meio de "uma campanha histórica sem precedentes" contra o Irão, após bombardear dezenas de alvos militares e nucleares iranianos.
"Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos. Iniciámos esta operação porque chegou o momento: estamos num ponto sem retorno. Não podemos dar-nos ao luxo de esperar", disse Eyal Zamir, numa declaração em vídeo.
Rubio diz que Israel alega que atacar Irão era "necessário para a sua defesa"
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos (EUA), Marco Rubio, afirmou que Israel disse a Washington que atacar o Irão era "necessário para a sua defesa".
Rubio alertou na quinta-feira o Irão para não "atingir interesses norte-americanos" em retaliação.
"Não estamos envolvidos em ataques contra o Irão e a nossa principal prioridade é proteger as forças norte-americanas na região", disse Rubio, citado num comunicado.
O exército israelita anunciou hoje que tinha concluído a primeira fase de ataques que atingiram instalações militares e nucleares iranianas em todo o país.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, vai liderar uma reunião do Conselho de Segurança Nacional ainda hoje, anunciou a Casa Branca, após os ataques israelitas.
"Israel disse-nos que acredita que esta ação é necessária para a sua defesa", acrescentou Rubio, sem apoiar explicitamente os ataques que descreveu como unilaterais do aliado próximo dos EUA.
"O Presidente Trump e a sua administração tomaram todas as medidas necessárias para proteger as nossas forças e mantêm-se em contacto próximo com os nossos parceiros regionais", disse.
Trump tinha garantido na quinta-feira que se mantinha totalmente comprometido com uma solução diplomática para a questão nuclear iraniana, pedindo a Israel que não atacasse o Irão.
"Todo o meu Governo foi instruído para negociar com o Irão", disse, acrescentando que estava "muito perto de um bom acordo" sobre a questão nuclear iraniana.
Ataque israelita terá matado líder da Guarda Revolucionária
A televisão estatal do Irão avançou hoje que Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária iraniana, um poderoso grupo paramilitar, poderá ter morrido nos ataques israelitas contra Teerão.
Um responsável da segurança de Israel disse que também o chefe do Estado-Maior iraniano poderá ter sido morto na sequência da ofensiva.
"É provável que o chefe do Estado-Maior iraniano [general Mohammed Bagheri] e os principais especialistas nucleares tenham sido eliminados nos ataques iniciais", notou, num comunicado, o dirigente, que não quis ser identificado.
Israel ataca alvos nucleares e militares no Irão
Israel atacou alvos nucleares e militares no Irão durante a madrugada desta sexta-feira, 13 de junho.
Por volta das 03:30 (01:00 em Lisboa), ouviram-se fortes explosões no centro de Teerão. Pouco depois, soaram alarmes antiaéreos em todo o território de Israel, enquanto o Ministério da Defesa israelita anunciava o lançamento de um "ataque preventivo" contra o Irão e que os alarmes se destinavam a mobilizar a população israelita para o caso de um ataque de retaliação.
A televisão estatal iraniana anunciou a morte do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, general Mohammad Hossein Bagueri, depois de a imprensa do Irão já ter avançado a morte do comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação aérea "vai continuar durante os dias que forem necessários", com o objetivo de interromper o programa de enriquecimento nuclear do Irão.
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel disse que o país está a meio de "uma campanha histórica sem precedentes" contra o Irão. "Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos", disse Eyal Zamir.
O exército afirmou que o Irão trabalhava num plano secreto para desenvolver "todos os componentes" de uma arma nuclear.
A Agência Internacional da Energia Atómica confirmou que a central nuclear iraniana de Natanz foi atingida pelos bombardeamentos israelitas mas garantiu que "os níveis de radiação não aumentaram".