Israel acusou esta quarta-feira, 24, o grupo radical palestiniano Hamas de violar o cessar-fogo, depois de um engenho explosivo ter ferido um soldado israelita durante uma operação em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, prometendo “responder em conformidade"."A recusa pública e contínua [do Hamas] em desarmar-se constitui uma violação flagrante e hoje, mais uma vez, as suas intenções violentas e violações foram confirmadas com a detonação de um engenho explosivo improvisado que feriu um oficial das Forças de Defesa de Israel", indica um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu."Israel responderá em conformidade", adverte Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelita.O Governo reitera que o Hamas deve cumprir os acordos assinados no âmbito da trégua, que "incluem a sua retirada do Governo em Gaza, a desmilitarização do enclave e um processo de desradicalização".O exército israelita informou esta quarta-feira, em comunicado, que um engenho explosivo foi detonado contra um veículo blindado durante uma operação "para limpar a área de Rafah de infraestruturas terroristas", causando "ferimentos ligeiros" a um soldado que foi transportado para um hospital.Os militares também identificaram hoje um responsável financeiro do braço armado do Hamas que foi morto há duas semanas numa operação das suas forças na Faixa de Gaza.Abdel Hay Zaqout foi morto a 13 de dezembro num ataque aéreo "enquanto estava no seu veículo ao lado de Raed Saad", durante "uma operação conjunta das Forças de Defesa de Israel e do Shin Bet [serviços secretos internos] ", disse Avichay Adraee, porta-voz do exército israelita.Segundo o comunicado publicado no X por Avichay Adraee, Raed Saad foi "um dos arquitetos" do ataque mortal do Hamas a 07 de outubro de 2023, em Israel, e Abdel Hay Zaqout "foi responsável pela recolha e transferência de dezenas de milhões de dólares para o braço armado do Hamas para garantir a continuidade da luta contra Israel” ao longo do último ano.Uma frágil trégua está em vigor na Faixa de Gaza desde 10 de outubro, com Israel e o Hamas a acusarem-se mutuamente de violações, após dois anos de uma guerra devastadora no território palestiniano, que causou mais de 70 mil mortos, segundo números do Ministério da Saúde local, sob o controlo do Hamas, que são considerados fiáveis pela Organização das Nações Unidas.A 07 de outubro de 2023, o ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita matou mais de 1.200 israelitas..Israel anuncia ter matado dirigente do Hamas considerado um dos "arquitetos” do massacre de 7 de outubro