Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria
Viktor Orbán, primeiro-ministro da HungriaEPA/Szilard Koszticsak HUNGARY OUT

Hungria vai deixar de aplicar regras de asilo da UE

Ministro dos Assuntos Europeus húngaro afirma que país "está empenhado em avançar com decisões concretas para proteger as fronteiras e diminuir" a imigração irregular, que o executivo da Hungria diz ser uma "ameaça à segurança nacional".
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O Governo da Hungria anunciou esta segunda-feira que vai deixar de aplicar a legislação da União Europeia (UE) em matéria de asilo, depois de os Países Baixos terem anunciado em setembro que também deixariam de o fazer.

De acordo com uma carta endereçada à Comissão Europeia, divulgada na rede social X (antigo Twitter) pelo ministro dos Assuntos Europeus húngaro, Bóka János, o país "está empenhado em avançar com decisões concretas para proteger as fronteiras e diminuir" a imigração irregular, que o executivo da Hungria diz ser uma "ameaça à segurança nacional", ainda que não apresente dados.

"A Hungria acredita que restabelecer um controlo nacional mais apertado sobre a imigração é hoje a única opção para alcançar o objetivo de a conter com eficácia", acrescentou o governante, na missiva endereçada à comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson.

"Por isso, a Hungria vai pedir para sair da política da UE de asilo e migrações", sustentou o ministro dos Assuntos Europeus, alegando que essa decisão se prende com qualquer alteração futura à legislação.

"Em simultâneo, a Hungria continua empenhada com o Espaço Schengen que infelizmente se tornou fragmentado na sequência de controlos fronteiriços internos introduzidos", referiu Bóka János, culpabilizando os imigrantes que atravessam as fronteiras dos 27 irregularmente -- ainda que não haja evidências para a afirmação feita.

Em 18 de setembro, o Governo dos Países Baixos anunciou que também ia deixar de aplicar a legislação que confere proteção a requerentes de asilo.

A Hungria, liderada pelo Governo populista de Viktor Orbán, faz da campanha contra a imigração uma bandeira nacional e aponta ameaças à segurança do país.

O Govenro húngaro detém este semestre a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.

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