Homem mata pelo menos quatro pessoas em Nova Iorque antes de ser encontrado morto
EPA/LLOYD MITCHELL

Homem mata pelo menos quatro pessoas em Nova Iorque antes de ser encontrado morto

Agressor atacou um grande edifício de escritórios que abriga as instalações da liga de futebol americano NFL, da gigante financeira Blackstone e da empresa de consultoria e auditoria KPMG.
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Um homem armado matou, na segunda-feira, quatro pessoas, incluindo um polícia, num arranha-céus no centro de Nova Iorque, antes de, aparentemente, se suicidar, declarou o presidente da câmara da cidade.

"Perdemos quatro vidas num novo ato de violência sem sentido", lamentou Eric Adams numa conferência de imprensa, no final da noite (esta madrugada em Lisboa), sem contar com o atirador, que se terá suicidado.

Uma outra pessoa encontra-se em estado crítico, referiram as autoridades, sem mencionar um possível motivo para o ataque.

Os serviços de emergência foram chamados por volta das 18:00 (22:00 de segunda-feira em Lisboa) para uma ocorrência no bairro nova-iorquino Midtown Manhattan.

As câmaras de vigilância filmaram um homem a sair de um carro preto, armado com uma espingarda de assalto M-4. O suspeito entrou no edifício e começou a disparar contra o agente da polícia, antes de "alvejar quem estava no átrio", relatou a chefe da polícia de Nova Iorque, Jessica Tisch.

De acordo com a responsável, o agressor tinha visivelmente decidido atacar o 345 Park Avenue, um grande edifício de escritórios que abriga as instalações da Liga Profissional de Futebol Americano (NFL), da gigante financeira Blackstone e da empresa de consultoria e auditoria KPMG.

Tisch disse acreditar que o suspeito, natural de Las Vegas e com histórico de problemas psiquiátricos, agiu sozinho.

Vários meios de comunicação, incluindo a CNN e o New York Post, publicaram uma fotografia de um homem de bigode a caminhar sozinho na rua com uma espingarda na mão direita, com óculos escuros e um casaco escuro.

Muito rapidamente, após o ataque, centenas de polícias, alguns com coletes à prova de bala, e várias ambulâncias chegaram ao local, observou um jornalista da agência France-Presse.

Com mais armas de fogo em circulação do que habitantes, os Estados Unidos apresentam a taxa de mortalidade por arma de fogo mais elevada de todos os países desenvolvidos.

Os ataques a tiro são um flagelo recorrente, que sucessivos governos federais e estaduais não conseguiram até agora conter, com o direito privado ao uso e porte de arma jogado como trunfo político recorrentemente.

Em 2024, mais de 16.000 pessoas, sem contar os suicídios, foram mortas por armas de fogo, de acordo com a ONG Gun Violence Archive.

Em dezembro, Brian Thompson, o chefe da maior seguradora de saúde do país, a UnitedHealthcare, foi assassinado na rua no mesmo bairro em que ocorreu o incidente desta segunda-feira.

Luigi Mangione, um jovem engenheiro informático, foi detido e acusado no âmbito desse caso. Em abril, Mangione declarou-se inocente de homicídio perante um tribunal federal de Manhattan.

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