Hamas reúne-se com fações da "resistência palestiniana" para discutir cessar-fogo

Hamas reúne-se com fações da "resistência palestiniana" para discutir cessar-fogo

A direção do Hamas reuniu-se com outros líderes das fações da "resistência palestiniana" para discutir a proposta de cessar-fogo do grupo a Israel, que será negociada na próxima semana em Doha. Já são 38.098 mortos no território da Palestina desde o início da guerra, há quase nove meses.
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A direção do Hamas reuniu-se na noite desta sexta-feira com outros líderes das fações da "resistência palestiniana" para discutir a proposta de cessar-fogo do grupo a Israel, que será negociada na próxima semana em Doha, capital do Catar.

"No âmbito do trabalho nacional conjunto e da comunicação contínua face à agressão sionista e à firmeza heroica do nosso povo, uma delegação de dirigentes do Hamas reuniu-se com o secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziyad Nakhala, e com o secretário-geral adjunto da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Jamil Mezher", avançou o Hamas num comunicado divulgado nos seus canais oficiais.

O comunicado não especifica o local da reunião nem quais os dirigentes do Hamas que nela participaram. O grupo afirmou ter analisado "as ideias pormenorizadas trocadas com os mediadores e sublinharam que os objetivos da resistência são pôr termo à agressão contra o nosso povo, retirar as forças de ocupação, prestar socorro ao nosso povo e a reconstrução, bem como um acordo justo de troca de prisioneiros".

O líder do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, apresentou aos mediadores uma nova proposta de acordo na quarta-feira à noite, e o chefe da Mossad, David Barnea, que dirige a equipa de negociação israelita, fez na sexta-feira uma viagem relâmpago para receber a proposta e reunir-se com o primeiro-ministro do Qatar, o principal mediador.

Após a viagem, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu deu instruções à sua equipa de negociação para regressar a Doha na próxima semana e retomar as negociações para um acordo de tréguas na Faixa de Gaza, embora tenha admitido que ainda existem "lacunas" nas posições das duas partes.

O Hamas mantém como exigência fundamental que qualquer pacto culmine com a cessação definitiva das hostilidades e a saída das tropas israelitas, enquanto Netanyahu insiste que a guerra só terminará quando Israel tiver concluído a destruição das capacidades militares e governativas dos islamitas e conseguido o regresso de todos os reféns, vivos e mortos.

O Ministério da Saúde do Governo do Hamas, que administra a Faixa de Gaza, fez este sábado um novo balanço de 38.098 mortos no território palestiniano desde o início da guerra com Israel, há quase nove meses.

Pelo menos 87 pessoas foram mortas nas últimas 48 horas, indicou o ministério em comunicado, acrescentando que 87.705 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro do ano passado.

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