Hamas acusa Israel de violar o cessar-fogo ao bloquear o regresso dos palestinianos a Gaza
FOTO: HAITHAM IMAD/EPA

Hamas acusa Israel de violar o cessar-fogo ao bloquear o regresso dos palestinianos a Gaza

Estado israelita acusa o movimento palestiniano de falhar na libertação de uma das reféns, a civil Arbel Yehoud. O porta-voz da agência de defesa civil de Gaza confirma que há "dezenas de milhares de deslocados à espera" para regressar ao norte da Faixa de Gaza.
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O Hamas acusou Israel de violar o cessar-fogo ao impedir que dezenas de milhares de palestinianos regressem às suas casas no norte de Gaza. Já Israel reclama a imediata libertação de uma refém, a civil Arbel Yehoud, que deveria ter sido libertada no sábado, e assume que não abrirá o corredor Netzarim – que divide as metades norte e sul da Faixa de Gaza – até que esteja seja libertada.

A notícia é avançada pelo jornal britânico The Guardian, que cita um comunicado do Hamas, no qual o grupo palestiniano "responsabiliza" o Estado israelita pelo "atraso na implementação do acordo", dizendo que "a ocupação está paralisada sob o pretexto da prisioneira Arbel Yehoud, apesar de o movimento informar os mediadores de que está viva e fornecer todas as garantias necessárias para a sua libertação”.

Hamas acusa Israel de violar o cessar-fogo ao bloquear o regresso dos palestinianos a Gaza
Libertadas pelo Hamas as quatro mulheres militares israelitas. Israel também cumpre acordo e solta 200 prisioneiros palestinianos (com vídeos)

O Hamas libertou quatro mulheres soldados israelitas no sábado, mas Israel, que soltou cerca de 200 prisioneiros palestinianos, alega que Arbel Yehoud deveria ter sido também libertada e acusa o Hamas de não fornecer detalhes sobre as condições dos reféns que serão libertados nas próximas semanas.

Segundo o porta-voz da agência de defesa civil de Gaza, Mahmud Bassal, à agência de notícias Agence France-Presse (AFP), "há dezenas de milhares de deslocados à espera perto do Corredor Netzarim para regressar ao norte da Faixa de Gaza”.  

No sábado, cerca de 70 dos prisioneiros foram libertados no Egito, onde chegaram através da fronteira de Rafah com a Faixa de Gaza.

Em Ramallah, uma multidão de milhares aplaudiu e fez sinais de vitória quando chegaram os autocarros com a mais de uma centena de prisioneiros de aparência magra, trajando fatos de macaco cinzentos, que rapidamente foram levados em ombros.

A maioria dos palestinianos vê os detidos por Israel como prisioneiros políticos que se sacrificaram na luta pela soberania da Palestina.

A maioria dos prisioneiros libertados no sábado cumpria penas de prisão perpétua após serem condenados por ataques que envolveram a morte de israelitas.

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