EUA aliviam sanções à Rússia permitindo transações ligadas à cimeira Trump-Putin

Zelensky esteve em Berlim para um encontro em que participaram outros líderes europeus e que antecede a reunião entre os líderes da Rússia e EUA no Alasca.
Na cimeira de 2018, em Helsínquia, Trump e Putin reuniram-se a sós, apenas na presença de tradutores.
Na cimeira de 2018, em Helsínquia, Trump e Putin reuniram-se a sós, apenas na presença de tradutores.Kremlin

Presidente finlandês diz que Trump não está otimista sobre cimeira com Putin

O Presidente finlandês afirmou hoje que Donald Trump não está muito otimista em relação à cimeira de sexta-feira, no Alasca, com Vladimir Putin, para tentar chegar a um cessar-fogo na Ucrânia.

O chefe de Estado norte-americano "não se mostrou muito otimista nem excessivamente esperançoso de que esta reunião vá dar resultados. Disse que em dois minutos vai saber se [Vladimir] Putin tem como objetivo a paz", disse Alexander Stubb, numa conferência de imprensa horas depois de participar numa reunião virtual com Trump, o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e vários líderes europeus.

Stubb acrescentou que Donald Trump vai à reunião no Alasca para convencer o Presidente russo, Vladimir Putin, a aceitar um cessar-fogo, apesar de estar "um pouco cético" sobre se conseguirá, embora não tenha intenção de discutir com o líder russo a possível anexação de territórios ucranianos por Moscovo.

Se Trump não conseguir que Putin aceite um cessar-fogo, Stubb disse ser "muito provável que haja uma nova onda de sanções" de Washington, que podiam afetar diretamente a Rússia ou países terceiros que compram petróleo ou armamento russo.

Por outro lado, se for alcançado um acordo de cessar-fogo, o líder norte-americano está disposto a organizar imediatamente uma nova reunião, para a qual desta vez também seria convidado Zelensky, acrescentou.

O chefe de Estado da Finlândia salientou que Trump se comprometeu a realizar uma nova videoconferência com os mesmos participantes da reunião desta tarde, logo após o fim da cimeira com Putin, para explicar o resultado da mesma.

Além de Trump, Stubb e Zelensky, participaram na videoconferência os líderes de França, Itália, Reino Unido e Polónia, bem como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Esta reunião virtual deixou clara a sintonia existente entre todos os participantes sobre vários princípios básicos para avançar rumo à paz, entre eles que a Ucrânia deve estar presente nas negociações, tem de decidir se aceita um possível acordo e precisa de garantias de segurança às quais a Rússia não pode se opor, de acordo com Stubb.

EUA aliviam sanções à Rússia permitindo transações ligadas à cimeira Trump-Putin

O Departamento do Tesouro norte-americano aliviou hoje temporariamente as sanções à Rússia, autorizando transações financeiras necessárias para a cimeira no Alasca entre o Presidente Donald Trump e o homólogo Vladimir Putin.

O Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro indicou que esta autorização, a dois dias da cimeira de sexta-feira, será válida até à meia-noite do dia 20 de agosto.

Esta autorização, sublinha o OFAC, "não autoriza o desbloqueio ou a libertação de qualquer propriedade bloqueada ou imobilizada" ou quaisquer outras transações proibidas por qualquer outra ordem executiva, exceto quando temporariamente autorizadas.

Aliados querem mais sanções à Rússia se não houver acordo de cessar-fogo no Alasca

Os aliados da Ucrânia da chamada Coligação de Voluntários, liderada por França, Reino Unido e Alemanha, querem sanções à Rússia reforçadas se o Presidente Putin rejeitar sexta-feira um cessar-fogo na cimeira do Alasca com o homólogo norte-americano, Donald Trump.

Hoje reunidos por videoconferência, também com a participação do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, os países da Coligação de Voluntários sublinharam que estão prontos para desempenhar um “papel ativo” na prestação de garantias de segurança à Ucrânia para uma futura paz, em particular através do destacamento do que designam como “força de tranquilização” quando as hostilidades cessarem.

“Não poderão ser impostas quaisquer restrições às Forças Armadas ucranianas e à sua cooperação com países terceiros. A Rússia não deve poder vetar o caminho da Ucrânia em direção à União Europeia (UE) e à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental)”, afirmaram, numa declaração assinada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, na qualidade de copresidentes do grupo.

Em todo o caso, os líderes desta coligação saudaram o caminho aberto por Donald Trump, que tentará na sexta-feira obter um cessar-fogo, embora sublinhando ao mesmo tempo que o caminho para a paz, que deve ser “justa e duradoura”, não pode ser decidido sem a Ucrânia.

“É necessário manter uma abordagem que combine diplomacia ativa, apoio à Ucrânia e pressão sobre a Rússia. Uma solução diplomática tem de proteger os interesses vitais da Ucrânia e da Europa em matéria de segurança”, sustentaram.

Umas negociações verdadeiramente construtivas só podem ter lugar no contexto de um cessar-fogo ou de um abrandamento significativo das hostilidades, afirmaram, defendendo também o princípio de que “as fronteiras internacionais não devem ser alteradas pela força”.

A declaração foi elaborada na última das videoconferências dos líderes hoje realizadas, antes da reunião de sexta-feira no Alasca entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e Donald Trump, na qual não participarão nem a Ucrânia nem representantes europeus.

Alemanha financiará pacote de 427 milhões de euros em ajuda militar procedente dos EUA

A Alemanha financiará um pacote de 500 milhões de dólares (427 milhões de euros) em equipamento militar e munições procedentes dos Estados Unidos para a Ucrânia, no âmbito de uma nova iniciativa da NATO, informou hoje a organização.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, saudou a decisão como uma “clara demonstração do firme compromisso da Alemanha com a defesa da Ucrânia”, afirmando que o novo pacote ajudará o país invadido a defender-se da agressão russa.

“A Alemanha é o maior contribuinte com ajuda militar à Ucrânia, e o anúncio de hoje sublinha o seu empenho em ajudar o povo ucraniano a defender a sua liberdade e soberania”, afirmou Rutte num comunicado divulgado após uma reunião em Berlim do chanceler alemão, Friedrich Merz, com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Montenegro pede cessar-fogo e paz “justa e duradoura” rapidamente

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, pediu hoje que se chegue a um cessar-fogo e a uma “paz justa e duradoura na Ucrânia” o mais rapidamente possível e frisou que a União Europeia e os Estados Unidos estão unidos e determinados.

“Unidade e determinação – foi este o espírito da Coligação e desta com os Estados Unidos da América (EUA) na reunião que tivemos esta tarde. Juntos temos de conseguir, o mais rapidamente possível, o cessar-fogo e uma paz justa e duradoura na Ucrânia”, lê-se numa publicação de Luís Montenegro na rede social X (antigo Twitter).

A publicação é acompanhada de uma imagem na qual se vê Luís Montenegro a participar na reunião virtual que se realizou esta tarde com os líderes da Ucrânia, União Europeia (UE), NATO, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Polónia e o próprio Presidente norte-americano, Donald Trump.

Trump ameaça Rússia com “consequências muito sérias” se não puser fim à guerra

O Presidente norte-americano disse hoje que pretende reunir-se “rapidamente” com os homólogos russo e ucraniano, logo após a cimeira de sexta-feira com Vladimir Putin no Alasca, mas ameaçou Moscovo com “consequências muito sérias” se não puser fim à guerra.

Numa conferência de imprensa em Washington, em que deu conta das conversações hoje mantidas com vários líderes europeus e com o chefe de Estado ucraniano, Donald Trump sublinhou o desejo de se reunir com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky “quase imediatamente depois” da cimeira de Anchorage.

“Algumas coisas grandiosas podem ser alcançadas na primeira reunião, será uma reunião muito importante, mas tem de se preparar o terreno para uma segunda reunião", disse Trump, indicando ainda que teve uma “conversa muito positiva” com os vários líderes europeus e com os representantes da União Europeia e da NATO.

Starmer fala de “verdadeira” hipótese de cessar-fogo graças a Trump

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, referiu hoje uma “verdadeira” hipótese de alcançar um cessar-fogo na Ucrânia graças ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que se reunirá na sexta-feira com o homólogo russo, Vladimir Putin, para conversações no Alasca.

“Durante os três anos e alguns meses que este conflito durou, nunca estivemos perto de uma verdadeira solução para chegar a um cessar-fogo. E agora temos essa oportunidade, graças ao trabalho do Presidente” norte-americano, afirmou Starmer, numa videochamada com os aliados europeus do Reino Unido.

UE e NATO "em coordenação" com EUA para tentar alcançar paz

A União Europeia (UE) e a Aliança Atlântica consideraram hoje que houve uma boa discussão sobre o processo de paz na Ucrânia e disseram que estão "em coordenação" com Washington, a dois dias da reunião entre Trump e Putin.

"Tivemos uma boa conversa com o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) [Donald Trump], o Presidente [da Ucrânia, Volodymyr] Zelensky e outros líderes europeus", escreveu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nas redes sociais, acrescentando que todos estão "em coordenação próxima".

Já o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, disse que aprecia a "liderança de Donald Trump" e que há "coordenação entre os países aliados" para acabar com a invasão russa.

Cimeira Trump-Putin realiza-se em base militar do Alasca

A cimeira de sexta-feira entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, vai realizar-se na base militar de Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no Alasca, anunciou hoje a Casa Branca (presidência).

O anúncio sobre o local da reunião bilateral para discutir as tréguas na Ucrânia confirmou a informação divulgada inicialmente pelo jornal The Washington Post, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

O enclave militar localizada no norte de Anchorage é considerada o único local no Alasca que cumpre os requisitos de segurança para uma reunião da magnitude da que vai ocorrer na sexta-feira.

Zelensky espera que reunião entre Trump e Putin leve a um cessar-fogo

Em Berlim, durante a conferência conjunta com o chanceler alemão, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky disse esperar que a reunião de sexta-feira no Alasca entre o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, leve a um cessar-fogo na guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

"Falámos sobre a reunião no Alasca e esperamos que haja um cessar-fogo", disse Zelensky, após a videoconferência que teve com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e Trump, diálogo que ocorreu depois de líderes europeus também terem participado numa reunião virtual.

"Eu disse ao presidente dos EUA e a todos os nossos colegas europeus que Putin está a fazer bluff", revelou Zelensky, referindo que Putin "está a tentar pressionar em toda a frente ucraniana" antes da reunião com Trump. "A Rússia está a tentar mostrar que pode ocupar toda a Ucrânia", afirmou.

"Putin está a fazer bluff quando diz que não se importa com as sanções e que elas não estão a funcionar. Na realidade, as sanções são muito eficazes e estão prejudicar a economia militar russa", sublinhou Zelensky, garantindo ainda que "Putin não quer a paz, pois ele quer ocupar a Ucrânia".

O líder ucraniano pede sanções americanas e europeias, que diz sere cruciais para "interromper a guerra de Putin".

"Ucrânia está disposta a discutir questões territoriais", revela Merz

Após reunião com Donald Trump, por videoconferência, o chanceler alemão revelou que "a Ucrânia está disposta a discutir questões territoriais", realçando que os interesses de segurança europeus e ucranianos devem ser defendidos no Alasca, durante a reunião entre o presidente dos EUA e seu homólogo russo, Vladimir Putin. "Deixámos isso claro a Trump", disse Merz.

"Queremos que as negociações ocorram na ordem certa; primeiro deve haver um cessar-fogo. Em seguida, os elementos essenciais devem ser acordados num acordo-quadro", acrescentou o chanceler alemão.

Chanceler alemão diz que "há esperança de que possa haver paz na Ucrânia"

O chanceler alemão, Friedrich Merz, admitiu esta quarta-feira, 13 de agosto, que "há esperança de que possa haver paz na Ucrânia", após videoconferência com o presidente dos EUA, Donald Trump, que vai reunir-se com o líder russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, no Alasca.

Em conferência conjunta com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o chanceler alemão afirmou que "a estratégia baseia-se em apoiar a Ucrânia e pressionar a Rússia".

Merz disse que Trump "partilha em grande parte" a posição europeia face à guerra na Ucrânia e revelou que a conversa com o presidente norte-americano foi "muito boa e construtiva".

O chanceler alemão defendeu que o cessar-fogo é o primeiro passo para uma paz duradora num conflito que dura há mais de três anos.

Objetivo de Trump para a reunião com Putin é "obter um cessar-fogo na Ucrânia", diz Macron

Após a reunião, por videoconferência, entre líderes europeus e Donald Trump, o presidente francês, Emmanuel Macron falou aos jornalistas sobre quais os objetivos do seu homólogo norte-americano para a reunião com Vladimir Putin, agendada para esta sexta-feira, no Alasca.

O presidente dos EUA disse aos líderes europeus que "queria obter um cessar-fogo na Ucrânia durante a reunião" com o presidente russo, disse Macron, citado pela imprensa internacional.

Zelensky: "É preciso exercer pressão sobre a Rússia em prol de uma paz justa"

Antes de se deslocar a Berlim, onde irá participar numa reunião, por videoconferência, com o seu homólogo norte-americano, o presidente ucraniano apelou aos aliados para exercerem pressão sobre a Rússia e para não se deixarem enganar por Moscovo.

"Esta guerra tem de acabar. É preciso exercer pressão sobre a Rússia em prol de uma paz justa. A experiência da Ucrânia e dos nossos parceiros deve ser usada para evitar o engano por parte da Rússia", declarou Volodymyr Zelensky numa mensagem publicada nas redes sociais.

O presidente ucraniano considera que, "atualmente, não há sinais de que os russos estejam a preparar-se para acabar com a guerra". "Os nossos esforços coordenados e ações conjuntas – da Ucrânia, dos Estados Unidos, da Europa e de todos os países que buscam a paz – podem definitivamente obrigar a Rússia a fazer a paz", afirmou.

Zelensky chega a Berlim para participar numa videoconferência com o presidente dos EUA

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou esta quarta-feira, 13 de agosto, a Berlim para participar numa videoconferência com Donald Trump, antes do encontro do presidente norte-americano com Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia, marcada para sexta-feira no Alasca.

Zelensky e líderes europeus, entre os quais a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, procuram convencer Donald Trump a defender os interesses da Ucrânia na cimeira bilateral agendada para sexta-feira no Estado norte-americano do Alasca.

Trump considerou "muito respeitosa" a deslocação do homólogo russo aos Estados Unidos na sexta-feira.

Trata-se da segunda cimeira entre os dois líderes, depois do encontro de Helsínquia, em 2018, durante o primeiro mandato de Donald Trump como chefe de Estado.

O presidente norte-americano já afirmou ter uma "relação muito boa" com Putin, que descreveu como "inteligente", embora já tenha também descrito o presidente russo como "louco" durante recentes ataques russos contra a Ucrânia.

Vladimir Putin elogiou a "sinceridade" de Trump no desejo de estabelecer a paz na Ucrânia.

Desde que regressou ao poder, em janeiro, o presidente norte-americano reaproximou-se de Moscovo e do líder russo, ostracizado por vários países desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. 

Entretanto, Zelensky apelou aos aliados da Ucrânia para pressionarem a Rússia e contrariarem qualquer engano russo. “Precisamos de pressionar a Rússia para obter uma paz justa”, afirmou Zelensky numa mensagem nas redes sociais, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

“Devemos usar a experiência da Ucrânia e dos nossos parceiros para evitar qualquer engano por parte da Rússia”, acrescentou Zelensky.

Trump descreve líderes europeus como "pessoas maravilhosas"

Donald Trump descreveu entretanto os líderes europeus com quem vai conversar esta quarta-feira sobre a Ucrânia como “pessoas maravilhosas”.

“Vou falar com os líderes europeus daqui a pouco. São pessoas maravilhosas que querem chegar a um acordo”, escreveu Trump nas redes sociais, dois dias antes do encontro com Vladimir Putin.

Rússia desvaloriza contactos europeus com Trump 

A Rússia já veio entretanto desvalorizar as consultas dos líderes europeus com Donald Trump para tentar convencer o presidente dos Estados Unidos a defender os interesses da Ucrânia durante a reunião com o homólogo russo, Vladimir Putin.

“Consideramos que as consultas solicitadas pelos europeus são uma ação política e praticamente insignificantes”, disse o vice-diretor da informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Alexei Fadeyev, citado pela agência de notícia France-Presse (AFP).

Alexei Fadeyev acusou a UE de sabotar os esforços da Rússia e dos Estados Unidos para resolver a crise na Ucrânia, invadida por tropas russas em fevereiro de 2022.

“Verbalmente, os europeus apoiam os esforços diplomáticos de Washington e Moscovo para resolver a crise ucraniana, mas na realidade a União Europeia está a sabotá-los”, afirmou, sem precisar.

Segundo Fadeyev, a reunião do Alasca “deverá permitir que os líderes se concentrem na resolução de todos os problemas acumulados, começando pela crise ucraniana e terminando nos obstáculos que impedem o normal funcionamento do diálogo bilateral”.

Quanto a uma possível “troca de territórios” com a Ucrânia no âmbito das negociações de paz, Fadeyev afirmou que “a estrutura territorial da Federação Russa está consagrada na Constituição”, numa clara recusa de Moscovo em discutir a questão.

“Por isso, os objetivos da delegação russa nas negociações no Alasca serão ditados exclusivamente pelos interesses nacionais”, afirmou, também citado pela agência espanhola EFE.

Fadeyev anunciou ainda que o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, vai participar no encontro entre Putin e Trump no Alasca.

“Sim, posso confirmar a participação de Lavrov neste evento, que está previsto realizar-se no Alasca na próxima sexta-feira”, afirmou, remetendo a agenda da cimeira para a Presidência russa, segundo a agência noticiosa estatal TASS.

Lusa

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