O ministro do Interior, Alassane Seidou, anunciou, através de um vídeo no Facebook, a reposição da ordem no Benim.
O ministro do Interior, Alassane Seidou, anunciou, através de um vídeo no Facebook, a reposição da ordem no Benim.Governo do Benim

Golpe de Estado falhado no Benim leva à detenção de treze militares

O grupo de revoltosos invadiram a sede da rádio e televisão do país, anunciando a dissolução do Governo. Mas a ação saiu frustrada, com a Guarda Republicana repor a ordem.
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Pelo menos 13 militares foram detidos este domingo, 7 de dezembro, na cidade de Cotonou, no Benim, após uma tentativa de golpe de Estado frustrada, de acordo com fontes do Exército.

“Todos os detidos são militares, incluindo um que já tinha sido expulso do serviço”, indicou uma fonte militar à AFP.

Entre eles estão responsáveis pela operação, embora o tenente-coronel Pascal Tigri, apontado como líder, e outro membro tenham conseguido fugir.

O grupo tinha invadido a sede da Rádio e Televisão do Benim (RTB) na madrugada deste domingo, anunciando a destituição do presidente, Patrice Talon. Um grupo de soldados surgiu este domingo na televisão estatal do Benim a anunciar a dissolução do Governo num aparente golpe de Estado. O grupo, que se autointitulou Comité Militar para a Refundação, anunciou a remoção do presidente e de todas as instituições estatais.

A ação foi rapidamente neutralizada pela Guarda Republicana, que retomou o controlo do edifício e repôs a ordem.

O Governo do país anunciaria depois ter abortado uma tentativa de golpe de Estado, num vídeo publicado na rede social Facebook. “Na madrugada de hoje [domingo], um pequeno grupo de soldados iniciou uma revolta com o objetivo de desestabilizar o Estado e as suas instituições”, acrescentou o ministro do Interior, Alassane Seidou. “Diante dessa situação, as Forças Armadas do Benim e a sua liderança, fiéis ao seu juramento, permaneceram comprometidas com a República”, frisou.

O candidato escolhido pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era dado como favorito e o candidato da oposição Renaud Agbodjo tinha sido rejeitado pela comissão eleitoral por não ter apoios suficientes.

No mês passado, o país alargou os mandatos presidenciais de cinco para sete anos, mantendo um limite máximo de dois mandatos.

Este é o mais recente golpe militar na África Ocidental, depois de, na semana passada, um grupo de militares tomar o poder na Guiné-Bissau, destituindo o presidente Umaro Sissoco Embaló, suspendendo os resultados das eleições de 23 de novembro e empossando o general Horta Inta-A como presidente de transição por um ano.

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