Funeral de príncipe Filipe. Família real não vai usar uniformes militares "para evitar envergonhar Harry"

O duque de Sussex perdeu os títulos militares quando deixou de ser membro sénior da família real.
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No funeral do duque de Edimburgo, marcado para sábado (17 de abril), os membros seniores da família real não vão usar uniformes militares. Uma quebra na tradição "para evitar envergonhar" o príncipe Harry, noticiam esta quinta-feira vários meios de comunicação britânicos.

Quando decidiu deixar de ser um membro sénior da família real, o duque de Sussex perdeu todos os títulos militares. O príncipe Harry seria assim a único homem da família real a não usar o uniforme militar, embora tenha feito duas missões no Afeganistão. O protocolo estabelece que deve usar um traje civil, podendo, no entanto, usar as suas medalhas, como conta o The Guardian.

A questão do uniforme militar também poderia suscitar divergências em relação ao príncipe André. O duque de York, que serviu na guerra das Malvinas, está afastado das funções reais, na sequência da polémica amizade com Jeffrey Epstein, empresário norte-americano acusado de tráfico sexual.

Terá sido a rainha Isabel II, segundo o The Sun, a resolver a situação, sendo sua vontade que, para evitar constrangimentos, todos os membros da família optem pelo traje civil no funeral do príncipe Filipe, que morreu na passada sexta-feira (9 de abril), aos 99 anos.

De acordo com o Daily Telegraph, ocorreram "discussões intensas" no seio da família real sobre a questão dos uniformes dos príncipes André e Harry.

O jornal indica que a decisão, em última instância, cabe à rainha, enquanto o The Sun cita fontes dando conta que Isabel II "interveio pessoalmente" para sugerir a regra do vestuário civil.

A decisão fará com que a família real se apresente numa frente unida, pelo menos na indumentária, enquanto o funeral terá um forte elemento militar devido ao passado do príncipe Filipe como comandante da Marinha Real Britânica.

É no funeral do avô, o duque de Edimburgo, que o príncipe Harry será visto pela primeira vez em público com a família real desde que ele e a mulher, Meghan Markle, deram uma polémica entrevista a Oprah Winfrey, realizada no mês passado, em que fizeram várias críticas, incluindo acusações de racismo a membros não identificados da família real britânica.

O funeral do príncipe Filipe realiza-se no sábado, na capela de São Jorge, no castelo de Windsor, uma cerimónia que irá contar com 30 pessoas, seguindo as restrições do Governo britânico no âmbito da pandemia de covid-19.

A cerimónia, de caráter privado, será transmitida pela televisão e em todo o Reino Unido será guardado um minuto de silêncio, no início do funeral, que terá honras reais e não de Estado, cumprindo um pedido em vida do príncipe Filipe, marido da Rainha Isabel II.

O duque de Edimburgo participou ativamente na preparação do seu funeral, incluindo no projeto de modificação do veículo, um jipe, que transportará o seu caixão, que será seguido pela família real.

"Embora os arranjos cerimoniais sejam reduzidos, a ocasião celebrará e reconhecerá a vida do duque e dos seus mais de 70 anos de serviço à Rainha, ao Reino Unido e à comunidade", disse um porta-voz do palácio.

O palácio de Buckingham pediu às pessoas para não se deslocarem até Windsor, sugerindo que aqueles que quiserem prestar homenagem o façam em casa, vendo a cerimónia pela televisão.

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