Funcionário de bomba de gasolina assassinado por exigir máscara
O funcionário de uma estação de serviço na Alemanha foi morto depois de ter pedido a um cliente para colocar a máscara facial. O crime, que se acredita ser o primeiro naquele país relacionado com as restrições anticovid, aconteceu no sábado na cidade de Idar-Oberstein, e está a provocar uma onda de choque.
O empregado da caixa, um estudante de 20 anos, terá pedido ao cliente para colocar a máscara no interior do estabelecimento, como a lei obriga na Alemanha, e, após uma breve discussão, o homem saiu.
Cerca de hora e meia depois, o cliente voltou, desta vez com a máscara colocada. Pediu cerveja e retirou a máscara. Iniciou-se então nova discussão. O cliente puxou então de uma arma e disparou na cabeça do funcionário, segundo o procurador Kai Fuhrmann disse à comunicação social esta segunda-feira.
Depois, o suspeito, um homem alemão de 49 anos, saiu do estabelecimento e dirigiu-se a uma esquadra, onde confessou o crime. De acordo com o procurador, disse às autoridades que se sentiu "encurralado" pelas medidas anticovid, que considera uma "violação cada vez maior" dos seus direitos e que não viu outra saída.
A cidade de Idar-Oberstein está em choque. O presidente, Frank Fruehauf, considerou a morte do jovem um "ato terrível e insondável", e os moradores têm vindo a colocar flores e velas no exterior da estação de serviço.,
Por outro lado, segundo o jornal Tagesspiegel, grupos da extrema direita no Telegram, têm aplaudido o assassinato. "Lá vamos nós", terá escrito um utilizador, enquanto outros reagiam com emojis com o polegar para cima.
A Alemanha foi palco de vários protestos de manifestantes antimáscara durante a pandemia, alguns deles atraindo dezenas de milhares de pessoas. O movimento Querdenker emergiu como a voz mais forte contra as restrições e regulamentações do governo para enfrentar o coronavírus. As suas manifestações juntaram mihares de pessoas, incluindo céticos das vacinas, neonazis e membros do partido de extrema direita, AfD.
Este assassinato ocorre poucos dias antes de os alemães irem às urnas, a 26 de setembro, para eleger um sucessor de Angela Merkel, que se despede da política após 16 anos.