Feijóo ataca Sánchez: “Espanha não tem Governo”
Um “embaraço”. Foi desta forma que o líder do Partido Popular espanhol, Alberto Núñez Feijóo, descreveu o ano de 2024. “Para o presidente [do Governo, Pedro Sánchez] uma coleção de escândalos sem precedentes à sua volta a nível político e familiar. E para os espanhóis, uma perda de tempo e de dinheiro investido contra os seus interesses”, resumiu no seu balanço do ano.
“Espanha não tem Governo”, defendeu Feijóo, explicando que “não tem um Governo interessado nos problemas dos espanhóis, não tem um Governo capaz de aprovar leis sem desmantelar o Estado, não tem um Governo preocupado com outra coisa senão a sua própria sobrevivência”.
E criticou o “triunfalismo económico” que Sánchez expressou quando fez, ele próprio, o balanço do ano, no início da semana. “As famílias não têm uma perceção errada da economia, é o Governo que tem uma perceção errada da realidade”, insistiu.
Feijóo teme que 2025 não seja diferente, já que “vai decorrer entre os tribunais” - numa referência aos vários processos que envolvem membros do Governo e familiares de Sánchez - e “Waterloo”, onde vive o líder independentista Carles Puigdemont. “Quem aceita deixar-se fotografar com uma pessoa que devia prender é o senhor Sánchez”, afirmou o líder do PP na conferência de imprensa, depois de o primeiro-ministro ter admitido encontrar-se com o dirigente do Junts per Catalunya ainda antes de os tribunais se pronunciarem sobre a amnistia (negociada para permitir a sua investidura).
Feijóo, que foi acusado por Sánchez de se aproximar ele próprio ao Junts, rejeita isso e fala apenas numa “coincidência de votações” com o partido de Puigdemont “sem renunciar” às suas propostas.
susana.f.salvador@dn.pt