Facebook remove página principal do exército de Myanmar
O Facebook removeu este domingo da sua plataforma a página principal do exército de Myanmar (antiga Birmânia) por não cumprir os requisitos de não incitação à violência, indicou um porta-voz da rede social.
"De acordo com as nossas políticas globais, eliminámos a página Tatmadaw True News por repetidas violações dos nossos padrões, que proíbem o incitamento à violência", precisou um porta-voz do Facebook numa declaração enviada à agência Efe, referindo-se à página principal do exército birmanês nesta plataforma.
Relacionados
Esta decisão da empresa liderada Mark Zuckerberg surge um dia depois de as forças de segurança terem disparado sobre manifestantes que protestavam contra a junta militar na segunda maior cidade do país, matando duas pessoas. Após esta carga policial em Mandalay, os protestos alargaram-se este ifim-de-semana a todo o país.
Na sexta-feira, os birmaneses receberam a notícia da morte de Mya Thwate Thwate Khaing, uma jovem de 20 anos, baleada na cabeça no dia 09 deste mês durante um protesto, tornando-se a primeira vítima mortal desde o golpe de Estado em 01 de fevereiro.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Cerca de um milhar de pessoas concentrou-se hoje em frente ao hospital onde a jovem faleceu, com as autoridades a criarem um forte dispositivo de segurança e a negarem a entrada aos familiares mais próximos.
Segundo a Associated Press, nem os avós, que viajaram cinco horas, puderam ver a neta, cujo funeral foi acompanhado por um logo cortejo de populares.
O golpe militar, no dia 1 de fevereiro, atingiu a frágil democracia da Birmânia, depois da vitória do partido de Aung Sang Suu Kyi nas eleições de novembro de 2020.