Os serviços de emergência respondem aos estragos causados pelo ataque russo na zona de Kiev.
Os serviços de emergência respondem aos estragos causados pelo ataque russo na zona de Kiev.EPA/SECURITY SERVICE OF UKRAINE HANDOUT

EUA garantem reforço de apoio a Kiev até janeiro

Rússia atacou a capital ucraniana com mísseis, o que não acontecia desde agosto, não havendo registo de vítimas mortais.
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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, garantiu esta quarta-feira que a administração de Joe Biden pretende reforçar o seu apoio militar à Ucrânia até ao final do mandato, a 20 de janeiro. Uma declaração de apoio feita no dia em que a Rússia voltou a atacar Kiev com mísseis, o que não acontecia desde agosto. Os Estados Unidos “vão continuar a reforçar tudo o que estão a fazer pela Ucrânia para garantir que esta possa defender-se eficazmente contra esta agressão russa”, declarou Blinken na sede da NATO, em Bruxelas. 

O líder da diplomacia norte-americana defendeu ainda uma “resposta firme” à entrada de tropas da Coreia do Norte ao lado dos russos na guerra contra a Ucrânia, destacando também a necessidade de serem reforçadas as parcerias com países da região do Pacífico, face à Coreia do Norte. Informações dos serviços de inteligência dos EUA, da Coreia do Sul e da Ucrânia apontam para que mais de 12 mil norte-coreanos estejam a ser enviados para combate.  

Na mesma linha, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, advertiu que a entrada da Coreia do Norte no conflito representa “uma ameaça suplementar”, tanto para os Estados Unidos, como para o Japão e a Coreia do Sul, dado que Moscovo fornece armas a Pyongyang em troca de apoio militar. “Há que fazer mais para garantir que a Ucrânia pode continuar a combater e repelir a ameaça russa”, salientou o neerlandês.

Os Estados Unidos abriram esta quarta-feira uma nova base de defesa área no norte da Polónia, perto da costa do Báltico, o que para o presidente polaco, Andrzej Duda, mostra que o país, vizinho da Ucrânia e membro da NATO, está seguro. 

A diplomacia russa alertou esta quarta-feira que a eventual autorização do Ocidente à Ucrânia para atacar alvos em território russo com mísseis de longo alcance terá uma resposta “imediata e destrutiva”. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, afirmou ainda que Moscovo considerará uma eventual autorização ocidental - pedida pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky - como o “envolvimento dos países da NATO num conflito direto com a Rússia”, algo que “irá mudar a essência do conflito e a sua natureza, com todas as consequências que daí advêm”. 

Na segunda-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, discutiram a entrega de mísseis de longo alcance a Kiev, numa tentativa de persuadir Joe Biden a dar a sua autorização antes de deixar a Casa Branca. 

Kiev acordou esta manhã com um ataque de mísseis russos, o primeiro desde agosto, obrigando idosos e crianças a abrigarem-se em estações do metro, segundo as autoridades ucranianas, que dizem ter intecetado quatro mísseis e 37 drones. Não foram registadas vítimas ou grandes danos resultantes deste ataque.

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