Pequim alegou esta quarta-feira (13 de agosto) ter “expulsado” um contratorpedeiro norte-americano da zona onde, dois dias antes, dois navios chineses (um da Guarda Costeira e outro militar) chocaram quando perseguiam uma embarcação das Filipinas. Os EUA alegam que a ação do USS Higgins decorreu ao abrigo da lei internacional. Um verdadeiro jogo de batalha naval, até ao momento sem tiros, nas águas disputadas do Mar do Sul da China junto ao atol de Scarborough O Comando Sul da China, que exerce o controlo militar sobre a região, alegou que o contratorpedeiro entrou “sem autorização do Governo chinês” nas águas do atol - cuja soberania Pequim, Manila e até Taipé disputam. “A ação dos EUA violou gravemente a soberania e a segurança da China e prejudicou gravemente a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China”, indicou, prometendo manter “alerta máximo em todos os momentos”.Em resposta a uma pergunta da Reuters, os responsáveis da Sétima Frota dos EUA rejeitaram a versão chinesa dos acontecimentos, alegando que o USS Higgins tinha “reivindicado direitos e liberdades de navegação” junto do atol “consistentes com o direito internacional”. Em 2016, um tribunal rejeitou as pretensões chinesas ao território, com base em mapas antigos, mas Pequim não reconhece a decisão. Tudo isto aconteceu depois de, na segunda-feira (11 de agosto), dois navios chineses terem chocado. O acidente ocorreu quando um navio militar estaria a perseguir uma embarcação da Guarda Costeira das Filipinas, que estava numa missão de abastecimentos aos pescadores filipinos que pescam nas águas junto do atol. Estas missões são muitas vezes “bloqueadas” pelos navios chineses.No vídeo divulgado pela Guarda Costeira das Filipinas, vê-se como um dos seus navios está a ser perseguido por outro da Guarda Costeira da China. De repente, um navio militar chinês cruza-se no caminho, tendo ambos colidido. O navio chinês ficou com danos na proa. Pequim disse que tomou as “medidas necessárias” para expulsar as embarcações filipinas daquela área.