EUA atingem recorde mundial com mais de um milhão de casos num dia

Num dia, 1,06 milhões de pessoas testaram positivo ao novo coronavírus, um valor que ainda não tinha sido reportado por nenhum país do mundo.
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Os EUA registaram, na segunda-feira, mais de um milhão de casos de covid-19 em apenas 24 horas, segundo os dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, o que estabelece um recorde mundial de infeções diárias.

Num dia, 1,06 milhões de pessoas testaram positivo ao novo coronavírus, um valor que ainda não tinha sido reportado por nenhum país do mundo. É quase o dobro do recorde anterior de 590 mil casos, registado há quatro dias nos EUA, indica o jornal The Guardian.

O balanço da Universidade Johns Hopkins indica ainda que ontem foram confirmadas mais 1688 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2 nos EUA.

Os dados mostram um aumento exponencial de novos casos de covid-19, impulsionados pela variante Ómicron que continua a propagar-se pelo país.

Os Estados Unidos também lideram o mundo no número médio diário de novas mortes, sendo responsável por uma em cada cinco mortes registadas a cada dia.

O epidemiologista Anthony Fauci, o principal conselheiro da Casa Branca, afirmou que os EUA estão a enfrentar "um aumento quase vertical" de casos, referindo que o pico de novas infeções deverá ocorrer dentro de algumas semanas.

Desde o início da pandemia, os Estados Unidos já contabilizaram 56 280 742 casos de infeção e 830 349 mortes relacionadas com a covid-19.

O forte aumento de contágios, que se verifica sobretudo em Nova Iorque, está a levar muitas empresas a regressar ao teletrabalho, que tinham abandonado em 2021 ou esperavam fazê-lo em 2022.

A capital económica dos EUA, que foi um dos epicentros da pandemia na primeira vaga em março de 2020, regista agora níveis recorde de contágios (85 mil no sábado) e um aumento evidente das hospitalizações (9500 hoje).

Perante esta situação, boa parte das empresas privadas ordenaram aos seus funcionários para passarem a trabalhar à distância, pelo menos durante esta primeira semana depois das festividades do final de ano.

Já a multinacional norte-americana de café Starbucks transmitiu na segunda-feira aos seus trabalhadores nos EUA a exigência de estarem totalmente vacinados contra a covid-19 até 9 de fevereiro, podendo ser alvo de testagem semanal em caso contrário.

Com sede na cidade Seattle (estado de Washington), a gigante do café disse que estava a agir com base na Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA, na sigla em inglês), que emitiu a obrigatoriedade de vacina ou teste para empresas com mais de 100 trabalhadores em novembro passado.

A exigência, que enfrentou vários processos judiciais, foi mantida em dezembro por um painel de três juízes do Tribunal da Relação dos Estados Unidos. O Supremo deve considerar o requisito na sexta-feira.

A Starbucks está a exigir que os seus 228 000 trabalhadores em território norte-americano revelem o seu estado de inoculação até 10 de janeiro.

"Eu reconheço que os parceiros têm um vasto espetro de opiniões sobre as vacinas, assim como o resto do país. A minha responsabilidade, e de cada líder, é fazer tudo o pudermos para ajudar a mantê-lo seguro e criar o ambiente de trabalho mais seguro possível", indicou o diretor de operações da Starbucks, John Culver, numa carta enviada aos trabalhadores no final de dezembro.

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