A polícia britânica confirmou este domingo, 2 de novembro, que um homem de 32 anos, natural de Peterborough, é agora o único suspeito do ataque com faca ocorrido num comboio na noite de sábado e do qual resultaram 11 pessoas feridas, incluindo um funcionário ferroviário que tentou travar o agressor e está em estado crítico.Inicialmente, as autoridades tinham detido dois homens: um cidadão britânico negro de 32 anos e outro, de 35 anos, de ascendência caribenha. No entanto, o segundo foi libertado sem acusações.“Foi-nos comunicado de boa fé, por testemunhas no local, que esse segundo homem estaria envolvido no ataque. No entanto, após investigação, confirmámos que não teve qualquer participação”, explicou a polícia em comunicado.O suspeito principal foi detido sob suspeita de tentativa de homicídio e permanece sob custódia. Segundo as autoridades, embarcou no comboio na estação de Peterborough antes do ataque.Um dos elementos da equipa de investigação, o vice-chefe da polícia Stuart Cundy, afirmou que “detetives especializados estão a analisar o passado do suspeito e os acontecimentos que antecederam o ataque”. Uma faca foi apreendida no local.O funcionário que salvou vidasDas 11 pessoas feridas (inicialmente as autoridades avançaram a existência de dez feridos), cinco já receberam alta hospitalar. Uma das vítimas, um funcionário da empresa ferroviária LNER que tentou intervir durante o ataque, continua internada em estado crítico.“Após revermos as imagens de videovigilância do comboio, podemos dizer que as ações deste membro da equipa foram verdadeiramente heróicas e, sem dúvida, salvaram vidas”, destacou Cundy.A investigação prossegue, com as autoridades a tentar compreender as motivações do agressor. Entretanto, multiplicam-se as mensagens de apoio ao funcionário ferido, visto como um herói por colegas e passageiros."Nada sugere" ser ataque terroristaPara já, não há nada que sugira que o ataque com faca ocorrido num comboio em Inglaterra tenha sido um ato terrorista. A afirmação foi feita na manhã deste domingo pelo superintendente John Loveless, da polícia britânica, durante uma breve conferência de imprensa.O responsável policial acrescentou ainda que “nesta fase inicial, não seria apropriado especular sobre a causa deste incidente”. Segundo indicou, os comboios deverão retomar a circulação ainda este domingo, sob uma “forte presença policial nas estações e nos comboios ao longo do dia, em toda a rede de transportes”.Duas pessoas foram detidas ainda na noite de sábado, após os ataques, mas uma delas foi entretanto ilibada de suspeitas. O secretário da Defesa britânico, John Healey, classificou o ataque como “isolado”, mas alertou para uma “nova era de ameaças”. Já a secretária dos Transportes, Heidi Alexander, realçou que os passageiros irão notar uma “presença policial reforçada” nas estações e nos comboios ao longo deste domingo, “para tranquilizar o público”.Os crimes aconteceram num comboio que fazia o trajeto entre Doncaster e a estação de King's Cross, em Londres. O ataque deu-se ao início da noite, pouco antes das 20 horas locais, quando a Polícia de Transportes Britânica foi chamada devido a relatos de um esfaqueamento múltiplo a bordo do comboio das 18h25.O comboio foi parado junto à estação de Huntingdon, em Cambridgeshire, no leste de Inglaterra, após a mobilização imediata de dezenas de agentes da Polícia dos Transportes Britânica (BTP) e de equipas de emergência. O ataque ocorreu num comboio da LNER (London North Eastern Railway). .Dez pessoas hospitalizadas, nove em estado muito grave, após ataque num comboio em Inglaterra. Há dois detidos.Polícia alemã abate mulher que atacou pessoas com uma faca em Munique