Epidemiologistas espanhóis defendem medidas urgentes para reduzir contágios

A incidência acumulada em Espanha já atingiu os 609 casos por 100 000 habitantes. Os epidemiologistas insistem que, embora continuem a reduzir o número de hospitalizações e mortes, as vacinas "são insuficientes para controlar a circulação do vírus". É preciso manter as máscaras, o distanciamento social, a higiene das mãos e evitar grandes ajuntamentos de pessoas.
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A Sociedade Espanhola de Epidemiologia (SEE) alertou esta terça-feira para a necessidade de serem adotadas "medidas urgentes" para reduzir o impacto das sucessivas vagas de covid-19 e exortou a população "a não baixar a guarda".

Com o aumento da incidência acumulada, que segunda-feira alcançou os 609 casos por 100 000 habitantes nos últimos 14 dias, e a alguns dias do início das férias do Natal, esta associação lança um novo aviso para sensibilizar a população de que a vacinação por si só não é suficiente para controlar a pandemia e deve ser acompanhada por medidas de prevenção não-farmacológicas.

A tomada de posição é feita um dia antes de uma teleconferência para tentar coordenar eventuais decisões de luta contra a pandemia entre o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e os presidentes de todas as comunidades autónomas, entidades que têm autonomia em questões de saúde.

Os peritos insistem que a vacinação deve ser acompanhada de medidas preventivas tais como máscaras, distanciamento social, higiene das mãos, ventilação dos espaços fechados e evitar grandes ajuntamentos de pessoas.

A SEE também insiste que, embora as vacinas continuem a fazer o seu trabalho - reduzindo o número de hospitalizações e mortes e diminuindo a transmissão -, "são insuficientes para controlar a circulação do vírus".

Outra das preocupações tem a ver com a estratégia global de vacinação, que é enormemente desigual e gera grandes disparidades entre países, sendo importante apoiar a imunização nos países menos desenvolvidos.

A Sociedade Espanhola de Epidemiologia também salienta a "necessidade imperativa" de desenvolver uma nova estrutura de Saúde Pública que inclua, entre outras prioridades, o redimensionamento do pessoal profissional, tanto a nível regional como nacional, e a implementação de sistemas de informação e canais de coordenação sólidos.

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