Enteado do príncipe herdeiro da Noruega acusado de violação e agressão violenta
A polícia de Oslo acusou esta sexta-feira, 27 de junho, Marius Borg Hoiby, enteado do príncipe herdeiro da Noruega, de 23 crimes, incluindo três de violação e sete casos de agressão violenta, na sequência de uma investigação alargada que envolveu um número "com dois dígitos" de alegadas vítimas.
"Não posso entrar em mais pormenores sobre o número de vítimas no caso, para além de confirmar que se trata de um número com dois dígitos", afirmou o procurador da polícia de Oslo, Andreas Kruszewski, numa conferência de imprensa, confirmando que a investigação foi concluída e que foram apresentadas acusações.
Hoiby, de 28 anos, é o filho mais velho de Mette-Marit, que era mãe solteira quando casou com o príncipe herdeiro, Haakon, em 2001.
Em 2024, foi detido em várias vezes, por suspeita de violação e agressão física, tendo a investigação ficado concluída agora. As provas foram recolhidas a partir de mensagens de texto, depoimentos de testemunhas e buscas policiais.
Foi acusado de três violações, sete casos de outras agressões violentas, vandalismo, ameaças, cinco violações de ordens de restrição, um caso de desrespeito a um polícia e cinco infrações de trânsito. Algumas das denúncias remontam já a 2014.
Em agosto, admitiu atos de violência e vandalismo no apartamento de uma namorada, na capital norueguesa, alegando estar sob o efeito de cocaína. Foi então revelado os seus problemas com abuso de substâncias.
Hoiby cooperou com as autoridades durante a investigação - alegadamente terá sido sujeito a 14 interrogatórios nos últimos meses - e "está a levar as acusações muito a sério", segundo informou o advogado de defesa, Petar Sekulic, num email enviado à agência norte-americana AP.
O filho mais velho de Mette-Marit "não reconhece qualquer irregularidade na maioria dos casos - especialmente nos casos relacionados com abuso sexual e violência". Uma das advogadas de defesa disse à televisão norueguesa que as alegadas violações "começaram com sexo consensual".
A família real norueguesa disse que não fará comentários enquanto o caso estiver a ser tratado pelos "procedimentos normais", de acordo com informações dos media locais.