Encontrados destroços de navio francês que naufragou em 1856
Andrew Donn / Atlantic Wreck Salvage / AFP

Encontrados destroços de navio francês que naufragou em 1856

Considerado o mais moderno daquela época, o navio regressava a França depois de ter concluído a sua viagem inaugural a Nova Iorque quando ocorreu o desastre, que fez 114 mortos.
Publicado a
Atualizado a

Uma equipa de mergulho dos Estados Unidos encontrou os destroços do navio francês Le Lyonnais, que naufragou no Atlântico em 1856, depois de colidir com um veleiro norte-americano.

Considerado o mais moderno daquela época, o navio regressava a França depois de ter concluído a sua viagem inaugural a Nova Iorque quando ocorreu o desastre, que fez 114 mortos.

Jennifer Sellitti, porta-voz da empresa Atlantic Wreck Salvage, disse à AFP que os destroços foram encontrados no mês passado, após mais de vinte anos de buscas, e estão a 320 quilómetros de New Bedford, no Massachusetts.

As medições de um cilindro do motor foram fundamentais para identificar o navio.

"Com certeza, não está com o mesmo aspeto que tinha antes", descreveu Sellitti, atribuindo o desgaste às condições "brutais" do Atlântico.

O Le Lyonnais foi construído em 1855, encomendado pela empresa Compagnie Franco-Américaine para transportar passageiros e correio através do Atlântico. "Foi a primeira tentativa da França para ter uma linha de passageiros bem-sucedida", numa altura em que se iniciava a transição da vela para o vapor, afirmou Sellitti.

A colisão ocorreu na noite de 2 de novembro de 1856, quando o Lyonnais, com 132 passageiros e tripulantes a bordo, a maioria franceses, embateu no Adriatic, um veleiro norte-americano que se dirigia para a Geórgia.

Jonathan Durham, capitão do Adriatic, que foi posteriormente detido e julgado em França, relatou ao The New York Times que o Lyonnais "mudou subitamente de rumo, o que tornou a colisão inevitável".

O Adriatic sofreu grandes danos, mas conseguiu chegar a Gloucester, Massachusetts, dois dias depois.

Já o navio francês ficou gravemente danificado, com um buraco na linha de flutuação e outro provavelmente junto às suas carvoarias, disse Sellitti. Afundou vários dias depois, e apenas algumas pessoas sobreviveram.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt