O Egito e o Qatar, mediadores da guerra na Faixa de Gaza, pediram este domingo, dia 9 de novembro, a definição do mandato e dos poderes da Força Internacional de Estabilização no enclave palestiniano, atualmente em discussão em Nova Iorque.O pedido dos mediadores, que inclui também os Estados Unidos, foi feito durante uma chamada telefónica entre o chefe da diplomacia egípcia, Badr Abdelaty, e o homólogo catari, Mohamed bin Abdelrahmán, para abordar a situação do cessar-fogo em Gaza, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito.“A conversa abordou as consultas em curso em Nova Iorque sobre o envio da Força Internacional de Estabilização. Ambos os ministros destacaram a necessidade de definir o seu mandato e poderes de forma a apoiar os esforços de recuperação e reconstrução precoce”, indicou a nota.No início da semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou que os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas receberam e estavam a discutir a proposta inicial dos Estados Unidos sobre Gaza, que inclui um projeto de resolução para o estabelecimento desta força internacional.Segundo o portal norte-americano ‘Axios’ e o israelita ‘Ynet’, o mandato da força internacional de segurança em Gaza será de pelo menos dois anos.O documento, rotulado como “sensível, mas não confidencial”, daria aos Estados Unidos e a outros países um amplo mandato para governar Gaza e garantir a segurança até fins de 2027, com a possibilidade de prorrogações posteriores, de acordo com ambos os meios de comunicação.Por outro lado, ambos os ministros confirmaram a continuidade da “plena coordenação e consultas” entre o Cairo e Doha para consolidar o cessar-fogo em Gaza, bem como a implementação do chamado “plano de paz” do Presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim à guerra.O acordo assinado por Israel e pelo grupo islamista palestiniano Hamas estabelece que a trégua abrange toda a Faixa de Gaza e que o exército israelita deve retirar-se até uma fronteira imaginária e mal sinalizada denominada “linha amarela”, mas isso não significa que o cessar-fogo não se aplique para além dela.Os soldados israelitas mataram mais de 240 pessoas desde o início da trégua em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do enclave, liderado pelo Hamas. .Lagarde: acordo UE-EUA e cessar-fogo em Gaza ajudaram a reduzir ameaças à economia da Zona Euro